Características clínicas e epidemiológicas de idosos com hanseníase atendidos em um Hospital de Ensino no Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v18i3.2505Abstract
Objetivo: Descrever o perfil clínico e epidemiológico dos casos de hanseníase em idosos atendidos em um Hospital de Ensino em São Luís/MA. Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo realizado por meio da ficha de notificação e dados de prontuário. Foram analisados 100 prontuários de idosos do Programa de Controle da Hanseníase (PCH) de um hospital de ensino. Os dados foram coletados por meio de formulário semiestruturado contendo variáveis socioeconômicas e clínicas. Resultados: No período de 2005-2010 foram notificados 632 casos de hanseníase, dos quais 100 foram em idosos, correspondendo a 15,8% dos casos. A maioria dos idosos era do sexo feminino (53,0%), na faixa etária de 60-69 anos (61,0%), cor parda (26,0%) e procedente da capital (79,0%). Quanto aos aspectos clínicos, 40,0% eram da forma dimorfa e 61,0% classificados como multibacilar. Todos os idosos aderiram ao esquema terapêutico com poliquimioterapia e 71,0% apresentaram cura. O grau de incapacidade I foi predominante (40,0%) no início, entretanto observou-se que a maioria dos pacientes apresentou algum grau de incapacidade. Apresentaram reação 17,0%, sendo mais frequente a do tipo I. Conclusão: Os idosos foram diagnosticados de forma tardia, pela forma clínica e frequência de algum grau de incapacidade.
Palavras-chave: epidemiologia, hanseníase, idoso, perfil de saúde.
References
Araújo KMFA, Lana FCF, Paz LFA, Chaves AEP, Medeiros SM. HansenÃase: a visibilidade da doença no idoso. In: Anais Congresso Internacional de Envelhecimento Humano (CIEH); 2015 [citado 2018 Jul 08];2(1):1-7. DisponÃvel em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/cieh/trabalhos/TRABALHO_EV040_MD2_SA2_ID1797_26072015140049.pdf
Penna MLF, Oliveira MLW, Carmo EH, Penna GO, Temporão JG. Influência do aumento do acesso à atenção básica no comportamento da taxa de detecção de hansenÃase de 1980 a 2006. Rev Soc Bras Med Trop 2008;41(suppl.2):6-10. https://doi.org/10.1590/S0037-86822008000700003
Pelarigo JGT, Prado RBR, Nardi SMT, Quaggio CMP, Camargo LHS, Marciano LHSC. DeclÃnio cognitivo, independência funcional e sintomas depressivos em idosos com hansenÃase. Hansen Int 2014;39(1):30-39.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Envelhecimento ativo: uma polÃtica de saúde. BrasÃlia (DF): Organização Pan-Americana de Saúde [Internet]. 2014 [citado 2018 Jun 28]. DisponÃvel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf
Veras R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Rev. Saúde Pública 2009;43(3):548-54. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000025
World Health Organization (WHO). Weekly Epidemiological Record 2016;91(35):441–60. DisponÃvel em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/249601/1/WER9135.pdf?ua=1
Ministério da Saúde (BR). Sistema de Informação de Agravos Notificáveis/SINAN. Registro ativo: número e percentual. Casos novos de hansenÃase: número, coeficiente e percentual, faixa etária, classificação operacional, sexo, grau de incapacidade, contatos examinados, por estados e regiões. BrasÃlia: SINAN; 2015. [citado 2017 Feb 08]. DisponÃvel em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/julho/07/tabela-geral-2015.pdf
Chaves AEP, Araújo KMF, Nunes MLA, Chaves TV, Araújo LC. HansenÃase em idosos no Brasil no ano de 2012. In: Congresso Internacional de Envelhecimento Humano (CIEH); Campina Grande. 2013. In: Anais... DisponÃvel em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/cieh/trabalhos/TRABALHO_EV040_MD2_SA2_ID1797_26072015140049.pdf
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico - HansenÃase. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2018. [citado 2018 Mai 23]. DisponÃvel em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/31/2018-004-Hanseniase-publicacao.pdf
Aquino DM, Caldas AJ, Silva AA, Costa JM. Perfil dos pacientes com hansenÃase em área hiperendêmica da Amazônia do Maranhão, Brasil. Rev Soc Bras Med Trop 2003;36(1):57-64. https://doi.org/10.1590/S0037-86822003000100009
Oliveira AZD. HansenÃase em idosos no Distrito Federal, Brasil no perÃodo de 2003 a 2010. 2011. 105 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação Strictu Sensu em Gerontologia, Universidade Católica de BrasÃlia, 2011. [citado 2018 Mai 11]. DisponÃvel em: https://bdtd.ucb.br:8443/jspui/bitstream/123456789/1141/1/Aline%20Zulte% 20de%20Oliveira.pdf.
Viana LS, Aguiar MIF, Aquino DMC. Perfil socioepidemiológico e clÃnico de idosos afetados por hansenÃase: contribuições para a enfermagem. J Res.: Fundam Care Online 2016;8(2):4435-46. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2016.v8i2.4435-4446
Ministério da Saúde (BR). Sistema nacional de vigilância em saúde: relatório de situação: Maranhão. 5 ed. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2011.
Souza MN, Silva GB, Henriques MERM. Significado de ser idoso/doente de hansenÃase. Rev Eletr Enferm 2005;7(3):327-32. DisponÃvel em: http://www.fen.ufg.br/revista/revista7_3/original_10.htm
Lana FCF, Amaral EP, Lanza FM, Saldanha ANSL. Distribuição da hansenÃase segundo sexo no MunicÃpio de Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil. Hansen Int 2003;28(2):131-7.
Veloso APM, Vilela DHL, Alves ISG, Cadengue JPN, Santana VR. Análise dos casos de hansenÃase em idosos do estado de Alagoas, série histórica de 10 anos. In: Congresso Internacional de Envelhecimento Humano (CIEH) 2015;2(1):1-5.
Duarte CM, Souza SR, Matos HJ, Oliveira MLW. Aspectos epidemiológicos da hansenÃase: uma abordagem espacial. Cad Saúde Pública 2012;28(6):1143-55. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2012000600013
Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica. IBGE. Censo Demográfico de 2010. DisponÃvel em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indic_socio saude/2009/default.shtm
Gomes CCDG, Pontes MAA, Gonçalves HS, Penna GO. Perfil clÃnico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com hansenÃase em um centro de referência na região nordeste do Brasil. An Bras Dermatol 2005;80(Supl 3):S283-8. https://doi.org/10.1590/S0365-05962005001000004
Gomes FC, Oliveira TC de, Araújo JER, Felix LG, Araujo KMFA. Conhecimento do usuário da atenção primária à saúde acerca da hansenÃase. Rev Enferm UFPE on line 2014;8(supl. 2):3669-76. https://doi.org/10.5205/reuol.4597-37683-1-ED.0810supl201413
Brito KKG, Aguiar ESS, Diniz IV, Silva MA Soares. Caracterização da hansenÃase na população idosa da ParaÃba. In: Anais do 4th International Congress of Human Aging; 2015 [citado 2017 Feb 08];2(1):1-9. DisponÃvel em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/cieh/trabalhos/TRABALHO_EV040_MD2_SA2_ID674_14072015170733.pdf
Cunha CM, Cavalieri FA, Oliveira MLW, Matos HJ. Os indicadores da hansenÃase e as estratégias de eliminação da doença em municÃpio endêmico do Estado do Rio de Janeiro. Cad Saúde Pública 2007;23(5):1187-97. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007000500020
Silva SF, Griep RH. Reação hansênica em pacientes portadores de hansenÃase em centros de saúde da Ãrea de Planejamento 3.2. do MunicÃpio do Rio de Janeiro. Hansen Int 2007;32(2):155-62.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças TransmissÃveis. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da HansenÃase como problema de saúde pública: manual técnico-operacional. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2016. [citado 2018 Jul 4]. DisponÃvel em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf /2016/fevereiro/04/diretrizes-eliminacao-hanseniase-4fev16-web.pdf
Goulart IMB, Dias CM, Oliveira ACS, Silva AA, Alves RR, Quaresmin CR, et al. Grau de incapacidade: indicador de prevalência oculta e qualidade do programa de controle da hansenÃase em um Centro de Saúde-Escola no municÃpio de Uberlândia/MG. Hansen Int 2002;27(1):5-13.
Oliveira FFLD, Macedo LC. Perfil epidemiológico dos portadores de hansenÃase em um municÃpio da região centro-oeste do Paraná. Rev Saúde Biol 2012;7(1):45-51.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Situação epidemiológica da hansenÃase no Brasil. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2008.
Ministério da Saúde (BR). Sistema nacional de vigilância em saúde: relatório de situação: Maranhão. 5 ed. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2011.