Perfil social-profissional de enfermeiros e médicos da Atenção Primária í Saúde de uma microrregião geográfica
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v18i4.2756Abstract
Resumo
Introdução: Profissionais de saúde de nível superior são protagonistas das ações pactuadas na Atenção Primária í Saúde, imprimindo e determinando diferentes direções no processo de trabalho em saúde. Enfermeiros e médicos, atuando em equipe, são atores centrais no processo de trabalho em saúde em nível primário. Objetivo: Identificar o perfil social-profissional de enfermeiros e médicos da Atenção Primária í Saúde de uma microrregião geográfica no estado de Minas Gerais, considerando a sua atuação no pré-natal de baixo risco. Métodos: Estudo transversal, quantitativo e de caráter censitário, realizado com 135 enfermeiros e médicos que atuam na Atenção Primária í Saúde da microrregião geográfica. Os dados foram coletados por entrevista estruturada. Medidas de frequência absoluta e relativa foram utilizadas para descrição da população. O teste qui-quadrado de Pearson foi utilizado para verificar a diferença no perfil sócio profissional entre os profissionais. Considerou-se nível de significância de p < 0,05. Resultados: Participaram do estudo 74 enfermeiros (54,8%) e 61 médicos (45,2%). Os profissionais de saúde investigados foram predominantemente jovens, mulheres, pós-graduados, com pouco tempo de experiência profissional e de atuação na unidade de trabalho. Conclusão: Os enfermeiros e médicos possuem perfil social-profissional semelhante, com diferença principalmente na instituição de graduação (pública e privada).
Palavras-chave: atenção primária í saúde, saúde da família, pessoal de saúde.
References
Fertonani HP, Pires DEP, Biff D, Scherer, MDA. Modelo assistencial em saúde: conceitos e desafios para a atenção básica brasileira. Ciênc Saúde Coletiva 2015;20(6):1869-78. https://doi.org/10.1590/1413-81232015206.13272014
Damaceno AN, Bandeira D, Hodali N, Weiller TH. Acesso de primeiro contato na atenção primária à saúde: revisão integrativa. Rev APS 2016;19(1):122-38. https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/15624
Silva SA, Baitelo TC, Fracoll LA. Avaliação da Atenção Primária à Saúde: a visão de usuários e profissionais sobre a Estratégia de Saúde da FamÃlia. Rev Latinoam Enferm 2015;23(5):979-87. https://doi.org/10.1590/0104-1169.0489.2639
Göttems LBD, Pires MRQM. Para Além da Atenção Básica: reorganização do SUS por meio da interseção do setor polÃtico com o econômico. Saúde Soc 2009;18(2):189-98. https://doi.org/10.1590/s0104-12902009000200003
Pinto LF, Giovanella L. Do programa à Estratégia de Saúde da FamÃlia: expansão do acesso e redução das internações por condições sensÃveis à atenção básica. Ciênc Saúde Coletiva 2018;23(6):1903-13. https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.05592018
Barros NF, Spadacio C, Costa MV. Trabalho interprofissional e as práticas integrativas e complementares no contexto da Atenção Primária à Saúde: potenciais e desafios. Saúde Debate 2018;42(1):163-73. https://doi.org/10.1590/0103-11042018s111
Nora CRD, Zobolib ELCP, Vieira M. Problemas éticos vivenciados por enfermeiros na atenção primária à saúde: revisão integrativa da literatura. Rev Gaúcha Enferm 2015;36(1):112-21. http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2015.01.48809
Vendruscolo C, Trindade LL, Rodrigues OCC, Adamy EK, Bum MLB. Introdutório para equipes de saúde da famÃlia: contribuições para o fortalecimento da atenção básica. Rev Enferm UFPE on line 2016; 10(9):3393-400. https://doi.org/10.5205/reuol.9571-83638-1-SM1009201627
Galavote HS, Zandonade E, Garcia ACP, Freitas PSS, Seidl H, Contarato PC et al. O trabalho do enfermeiro na atenção primária à saúde. Esc Anna Nery 2016;20(1):90-98. https://doi.org/10.5935/1414-8145.20160013
Santos FAPS, Enders BC, Santos VEP, Dantas DNA, Miranda LSMV. Integralidade e atenção obstétrica no Sistema Único de Saúde (SUS): reflexão à luz da teoria da complexidade de Edgar Morin. Esc Anna Nery 2016;20(4):e20160094. https://doi.org/10.5935/1414-8145.20160094
Muniz F, Rocha F, Ramos A, Nunes SF. Assistência de enfermagem no pré-natal de baixo risco na atenção primária. J Manag Prim Health Care 2018;9:e3. https://doi.org/10.14295/jmphc.v9i0.433
Tomasi E, Fernandes PAA, Fischer T, Siqueira FCV, Silveira DS, Thumé E et al. Qualidade da atenção pré-natal na rede básica de saúde do Brasil: indicadores e desigualdades sociais. Cad Saúde Pública 2017;33(3):e00195815. https://doi.org/10.1590/0102-311x00195815
Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica. IBGE. Censo Demográfico 2010. [citado 2016 Out 9]. DisponÃvel em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=317130&search=minas-gerais|vicosa|infograficos:-informacoes-completas
Morosini MVGC, Fonseca AF, Lima LD. PolÃtica Nacional de Atenção Básica 2017: retrocessos e riscos para o Sistema Único de Saúde. Saúde Debate 2018;42(116):11-24. https://doi.org/10.1590/0103-1104201811601
Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres/ Ministério da Saúde, Instituto SÃrio-Libanês de Ensino e Pesquisa – BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2016. DisponÃvel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf
Ricci SS. Enfermagem materno-neonatal e saúde da mulher. Traduzido por: Azevedo MF. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2015.
Moreira IJB, Horta JA, Duro LN, Borges DT, Cristofari AB, Chaves J et al. Perfil sociodemográfico, ocupacional e avaliação das condições de saúde mental dos trabalhadores da Estratégia Saúde da FamÃlia em um municÃpio do Rio Grande do Sul, RS. Rev Bras Med Fam Comunidade 2016;11(38):1-12. https://doi.org/10.5712/rbmfc11(38)967
Moreira MCN, Gomes R, Ribeiro CR. E agora o homem vem?! Estratégias de atenção à saúde dos homens. Cad Saúde Pública 2016;32(4):e00060015. https://doi.org/10.1590/0102-311X00060015
Faria MGA, Acioli S, Gallasch CH. Perfil de enfermeiros fluminenses da estratégia de saúde da famÃlia participantes de um curso de especialização. Enferm Foco 2016;7(1):52-5. https://doi.org/10.21675/2357-707X.2016.v7.n1.667
Mendes CLA. Perfil do profissional médico na Estratégia de Saúde da FamÃlia no municÃpio do Rio de Janeiro: um modelo em transição [Tese]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; 2015.
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas de Recursos Humanos em Saúde. Perfil da Enfermagem do Brasil – Relatório Final; 2015. DisponÃvel em: http://www.cofen.gov.br/perfilenfermagem/pdfs/relatoriofinal.pdf
Lima EFA, Sousa AI, Primo CC, Leite FMC, Souza MHN, Maciel EL. Perfil socioprofissional de trabalhadores de equipes saúde da famÃlia. Revista Enferm UERJ 2016;24(1):e9405. https://doi.org/10.12957/reuerj.2016.9405
Lombardi MR, Campos VP. A enfermagem no Brasil e os contornos de gênero, raça/cor e classe social na formação do campo profissional. Revista da ABET 2018;17(1):28-46. https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41162
Oliveira MCM, Lima TL, Baluta VH. A formação do profissional enfermeiro, no contexto das reformas de ensino no Brasil. Revista Grifos 2014;36(37):161-86. https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/grifos/article/view/2784/1766
Scherer MDA, Oliveira CI, Carvalho WMES, Costa MP. Cursos de especialização em Saúde da FamÃlia: o que muda no trabalho com a formação? Revista Interfaces 2016;20(58):691-702. https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0020
Sousa MST, Brandão IR, Feijão JR. A percepção dos enfermeiros sobre educação permanente em saúde no contexto da estratégia saúde da famÃlia de sobral (CE). Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia 2015;2(7):1-6. https://doi.org/10.16891/2317.434X.143
Brasil. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Passo a passos das ações do Departamento de Atenção Básica; 2015. DisponÃvel em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/passo_a_passo_dab2015.pdf
Nóbrega-Therrien SM, Souza PMM, Pinheiro FMC, Castro VS. Formação para a Estratégia Saúde da FamÃlia na Graduação em Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica 2015;39(1):112-8. https://doi.org/10.1590/1981-2712015v39n1e02212012
Tonelli BQ, Leal APR, Tonelli WFQ, Veloso DCMD, Gonçalves DP, Tonelli SQ. Rotatividade de profissionais da Estratégia Saúde da FamÃlia no municÃpio de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. RFO UPF 2018;23(2):180-5. https://doi.org/10.5335/rfo.v23i2.8314
Giovani MSP, Vieira CM. Longitudinalidade do cuidado diante da rotatividade de profissionais na Estratégia Saúde da FamÃlia. RECIIS Rev Eletr Com Inov Saúde 2013;7(4). https://doi.org/10.3395/reciis.v7i4.572
Domingues RMSM, Viellas EF, Dias MAB, Torres JA, Theme-Filha MM, Gama SGN et al. Adequação da assistência pré-natal segundo as caracterÃsticas maternas no Brasil. Rev Panam Salud Pública 2015;37(3):140-7. https://scielosp.org/pdf/rpsp/2015.v37n3/140-147/pt
Contiero AP, Cavalli HO, Marchioro AA, Ferreira EC, Caniatti MCCL, Breganó RM. Toxoplasmosis: an examination of knowledge among health professionals and pregnant women in a municipality of the State of Paraná. Rev Soc Bras Med Trop 2014;47(2):198-203. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0016-2014
Domingues RMSM, Leal MC. Incidência de sÃfilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sÃfilis: dados do estudo nascer no Brasil. Cad Saúde Pública 2016;32(6):e00082415. https://doi.org/10.1590/0102-311X00082415
Santos TMMG, Abreu APSB, Campos TG. Avaliação dos registros no cartão de pré-natal da gestante. Rev Enferm UFPE on line 2017;11(supl.7):2939-2945. https://doi.org/10.5205/reuol.11007-98133-3-SM.1107sup201715
Viellas EF, Domingues RMSM, Dias MAB, Gama SGN, Theme FMM, Costa JV. Assistência pré-natal no Brasil. Cad Saúde Pública 2014;30(suppl 1):85-100. https://doi.org/10.1590/0102-311X00126013
Nascimento AMR, Silva PM, Nascimento MA, Souza G, Calsavara RA, Santos AA. Atuação do enfermeiro da estratégia saúde da famÃlia no incentivo ao aleitamento materno durante o perÃodo pré-natal. Revista Eletrônica Acervo Saúde 2019;(21):e667. https://doi.org/10.25248/reas.e667.2019
Rodrigues EM, Nascimento RG, Araújo A. Protocolo na assistência pré-natal: ações, facilidades e dificuldades dos enfermeiros da Estratégia de Saúde da FamÃlia. Rev Esc Enferm USP 2011;45(5):1041-7. https://doi.org/10.1590/S0080-62342011000500002