Perfil social-profissional de enfermeiros e médicos da Atenção Primária í  Saúde de uma microrregião geográfica

Authors

  • Lais Soares Santos UFV
  • Carla Elisia Souza UFV
  • Mickaela Cunha Monteiro UFV
  • Mara Rúbia Maciel Cardoso Prado UFV
  • Pedro Paulo do Prado Júnior UFV
  • Lilian Fernandes Arial Ayres UFV
  • Camila Mendes dos Passos UFV http://orcid.org/0000-0003-1230-2500

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v18i4.2756

Abstract

Resumo

Introdução: Profissionais de saúde de ní­vel superior são protagonistas das ações pactuadas na Atenção Primária í  Saúde, imprimindo e determinando diferentes direções no processo de trabalho em saúde. Enfermeiros e médicos, atuando em equipe, são atores centrais no processo de trabalho em saúde em ní­vel primário. Objetivo: Identificar o perfil social-profissional de enfermeiros e médicos da Atenção Primária í  Saúde de uma microrregião geográfica no estado de Minas Gerais, considerando a sua atuação no pré-natal de baixo risco. Métodos: Estudo transversal, quantitativo e de caráter censitário, realizado com 135 enfermeiros e médicos que atuam na Atenção Primária í  Saúde da microrregião geográfica. Os dados foram coletados por entrevista estruturada. Medidas de frequência absoluta e relativa foram utilizadas para descrição da população. O teste qui-quadrado de Pearson foi utilizado para verificar a diferença no perfil sócio profissional entre os profissionais. Considerou-se ní­vel de significância de p < 0,05. Resultados: Participaram do estudo 74 enfermeiros (54,8%) e 61 médicos (45,2%). Os profissionais de saúde investigados foram predominantemente jovens, mulheres, pós-graduados, com pouco tempo de experiência profissional e de atuação na unidade de trabalho. Conclusão: Os enfermeiros e médicos possuem perfil social-profissional semelhante, com diferença principalmente na instituição de graduação (pública e privada).

Palavras-chave: atenção primária í  saúde, saúde da famí­lia, pessoal de saúde.

Author Biographies

Lais Soares Santos, UFV

Graduanda em Enfermagem pelo Departamento de Medicina e Enfermagem (DEM), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa/MG

Carla Elisia Souza, UFV

Enfermeira pelo Departamento de Medicina e Enfermagem (DEM), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa/MG

Mickaela Cunha Monteiro, UFV

Enfermeira pelo Departamento de Medicina e Enfermagem (DEM), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa/MG

Mara Rúbia Maciel Cardoso Prado, UFV

Professora do Departamento de Medicina e Enfermagem (DEM), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa/MG

Pedro Paulo do Prado Júnior, UFV

Professor do Departamento de Medicina e Enfermagem (DEM), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa/MG

Lilian Fernandes Arial Ayres, UFV

Professora do Departamento de Medicina e Enfermagem (DEM), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa/MG

Camila Mendes dos Passos, UFV

Professor do Departamento de Medicina e Enfermagem (DEM), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa/MG, Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte/MG

References

Fertonani HP, Pires DEP, Biff D, Scherer, MDA. Modelo assistencial em saúde: conceitos e desafios para a atenção básica brasileira. Ciênc Saúde Coletiva 2015;20(6):1869-78. https://doi.org/10.1590/1413-81232015206.13272014

Damaceno AN, Bandeira D, Hodali N, Weiller TH. Acesso de primeiro contato na atenção primária à saúde: revisão integrativa. Rev APS 2016;19(1):122-38. https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/15624

Silva SA, Baitelo TC, Fracoll LA. Avaliação da Atenção Primária à Saúde: a visão de usuários e profissionais sobre a Estratégia de Saúde da Família. Rev Latinoam Enferm 2015;23(5):979-87. https://doi.org/10.1590/0104-1169.0489.2639

Göttems LBD, Pires MRQM. Para Além da Atenção Básica: reorganização do SUS por meio da interseção do setor político com o econômico. Saúde Soc 2009;18(2):189-98. https://doi.org/10.1590/s0104-12902009000200003

Pinto LF, Giovanella L. Do programa à Estratégia de Saúde da Família: expansão do acesso e redução das internações por condições sensíveis à atenção básica. Ciênc Saúde Coletiva 2018;23(6):1903-13. https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.05592018

Barros NF, Spadacio C, Costa MV. Trabalho interprofissional e as práticas integrativas e complementares no contexto da Atenção Primária à Saúde: potenciais e desafios. Saúde Debate 2018;42(1):163-73. https://doi.org/10.1590/0103-11042018s111

Nora CRD, Zobolib ELCP, Vieira M. Problemas éticos vivenciados por enfermeiros na atenção primária à saúde: revisão integrativa da literatura. Rev Gaúcha Enferm 2015;36(1):112-21. http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2015.01.48809

Vendruscolo C, Trindade LL, Rodrigues OCC, Adamy EK, Bum MLB. Introdutório para equipes de saúde da família: contribuições para o fortalecimento da atenção básica. Rev Enferm UFPE on line 2016; 10(9):3393-400. https://doi.org/10.5205/reuol.9571-83638-1-SM1009201627

Galavote HS, Zandonade E, Garcia ACP, Freitas PSS, Seidl H, Contarato PC et al. O trabalho do enfermeiro na atenção primária à saúde. Esc Anna Nery 2016;20(1):90-98. https://doi.org/10.5935/1414-8145.20160013

Santos FAPS, Enders BC, Santos VEP, Dantas DNA, Miranda LSMV. Integralidade e atenção obstétrica no Sistema Único de Saúde (SUS): reflexão à luz da teoria da complexidade de Edgar Morin. Esc Anna Nery 2016;20(4):e20160094. https://doi.org/10.5935/1414-8145.20160094

Muniz F, Rocha F, Ramos A, Nunes SF. Assistência de enfermagem no pré-natal de baixo risco na atenção primária. J Manag Prim Health Care 2018;9:e3. https://doi.org/10.14295/jmphc.v9i0.433

Tomasi E, Fernandes PAA, Fischer T, Siqueira FCV, Silveira DS, Thumé E et al. Qualidade da atenção pré-natal na rede básica de saúde do Brasil: indicadores e desigualdades sociais. Cad Saúde Pública 2017;33(3):e00195815. https://doi.org/10.1590/0102-311x00195815

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE. Censo Demográfico 2010. [citado 2016 Out 9]. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=317130&search=minas-gerais|vicosa|infograficos:-informacoes-completas

Morosini MVGC, Fonseca AF, Lima LD. Política Nacional de Atenção Básica 2017: retrocessos e riscos para o Sistema Único de Saúde. Saúde Debate 2018;42(116):11-24. https://doi.org/10.1590/0103-1104201811601

Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres/ Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília: Ministério da Saúde; 2016. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf

Ricci SS. Enfermagem materno-neonatal e saúde da mulher. Traduzido por: Azevedo MF. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2015.

Moreira IJB, Horta JA, Duro LN, Borges DT, Cristofari AB, Chaves J et al. Perfil sociodemográfico, ocupacional e avaliação das condições de saúde mental dos trabalhadores da Estratégia Saúde da Família em um município do Rio Grande do Sul, RS. Rev Bras Med Fam Comunidade 2016;11(38):1-12. https://doi.org/10.5712/rbmfc11(38)967

Moreira MCN, Gomes R, Ribeiro CR. E agora o homem vem?! Estratégias de atenção à saúde dos homens. Cad Saúde Pública 2016;32(4):e00060015. https://doi.org/10.1590/0102-311X00060015

Faria MGA, Acioli S, Gallasch CH. Perfil de enfermeiros fluminenses da estratégia de saúde da família participantes de um curso de especialização. Enferm Foco 2016;7(1):52-5. https://doi.org/10.21675/2357-707X.2016.v7.n1.667

Mendes CLA. Perfil do profissional médico na Estratégia de Saúde da Família no município do Rio de Janeiro: um modelo em transição [Tese]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; 2015.

Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas de Recursos Humanos em Saúde. Perfil da Enfermagem do Brasil – Relatório Final; 2015. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/perfilenfermagem/pdfs/relatoriofinal.pdf

Lima EFA, Sousa AI, Primo CC, Leite FMC, Souza MHN, Maciel EL. Perfil socioprofissional de trabalhadores de equipes saúde da família. Revista Enferm UERJ 2016;24(1):e9405. https://doi.org/10.12957/reuerj.2016.9405

Lombardi MR, Campos VP. A enfermagem no Brasil e os contornos de gênero, raça/cor e classe social na formação do campo profissional. Revista da ABET 2018;17(1):28-46. https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41162

Oliveira MCM, Lima TL, Baluta VH. A formação do profissional enfermeiro, no contexto das reformas de ensino no Brasil. Revista Grifos 2014;36(37):161-86. https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/grifos/article/view/2784/1766

Scherer MDA, Oliveira CI, Carvalho WMES, Costa MP. Cursos de especialização em Saúde da Família: o que muda no trabalho com a formação? Revista Interfaces 2016;20(58):691-702. https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0020

Sousa MST, Brandão IR, Feijão JR. A percepção dos enfermeiros sobre educação permanente em saúde no contexto da estratégia saúde da família de sobral (CE). Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia 2015;2(7):1-6. https://doi.org/10.16891/2317.434X.143

Brasil. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Passo a passos das ações do Departamento de Atenção Básica; 2015. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/passo_a_passo_dab2015.pdf

Nóbrega-Therrien SM, Souza PMM, Pinheiro FMC, Castro VS. Formação para a Estratégia Saúde da Família na Graduação em Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica 2015;39(1):112-8. https://doi.org/10.1590/1981-2712015v39n1e02212012

Tonelli BQ, Leal APR, Tonelli WFQ, Veloso DCMD, Gonçalves DP, Tonelli SQ. Rotatividade de profissionais da Estratégia Saúde da Família no município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. RFO UPF 2018;23(2):180-5. https://doi.org/10.5335/rfo.v23i2.8314

Giovani MSP, Vieira CM. Longitudinalidade do cuidado diante da rotatividade de profissionais na Estratégia Saúde da Família. RECIIS Rev Eletr Com Inov Saúde 2013;7(4). https://doi.org/10.3395/reciis.v7i4.572

Domingues RMSM, Viellas EF, Dias MAB, Torres JA, Theme-Filha MM, Gama SGN et al. Adequação da assistência pré-natal segundo as características maternas no Brasil. Rev Panam Salud Pública 2015;37(3):140-7. https://scielosp.org/pdf/rpsp/2015.v37n3/140-147/pt

Contiero AP, Cavalli HO, Marchioro AA, Ferreira EC, Caniatti MCCL, Breganó RM. Toxoplasmosis: an examination of knowledge among health professionals and pregnant women in a municipality of the State of Paraná. Rev Soc Bras Med Trop 2014;47(2):198-203. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0016-2014

Domingues RMSM, Leal MC. Incidência de sífilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo nascer no Brasil. Cad Saúde Pública 2016;32(6):e00082415. https://doi.org/10.1590/0102-311X00082415

Santos TMMG, Abreu APSB, Campos TG. Avaliação dos registros no cartão de pré-natal da gestante. Rev Enferm UFPE on line 2017;11(supl.7):2939-2945. https://doi.org/10.5205/reuol.11007-98133-3-SM.1107sup201715

Viellas EF, Domingues RMSM, Dias MAB, Gama SGN, Theme FMM, Costa JV. Assistência pré-natal no Brasil. Cad Saúde Pública 2014;30(suppl 1):85-100. https://doi.org/10.1590/0102-311X00126013

Nascimento AMR, Silva PM, Nascimento MA, Souza G, Calsavara RA, Santos AA. Atuação do enfermeiro da estratégia saúde da família no incentivo ao aleitamento materno durante o período pré-natal. Revista Eletrônica Acervo Saúde 2019;(21):e667. https://doi.org/10.25248/reas.e667.2019

Rodrigues EM, Nascimento RG, Araújo A. Protocolo na assistência pré-natal: ações, facilidades e dificuldades dos enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família. Rev Esc Enferm USP 2011;45(5):1041-7. https://doi.org/10.1590/S0080-62342011000500002

Published

2019-10-02

Issue

Section

Original articles