Estadiamento do câncer de colo uterino em um hospital de referência
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v18i3.3086Abstract
Introdução: O câncer de colo do útero apresenta um dos mais altos potenciais de cura quando diagnosticado e tratado em estágios iniciais ou fases precursoras. O objetivo deste estudo foi avaliar o estadiamento clínico do câncer de colo uterino na época do diagnóstico, em um hospital de referência para câncer no Estado do Pará no período de 2001 a 2010. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, descritivo e analítico. A população alvo da pesquisa envolveu mulheres com diagnóstico de câncer de colo do útero constante no Registro Hospitalar de Câncer. As variáveis utilizadas incluíram: idade, ocupação, procedência, grau de instrução, diagnóstico histopatológico, estadiamento, local do tumor primário e desfecho. Resultados: As mulheres chegaram í unidade de referência com estadiamentos clínicos avançados (IIB e IIIB), com o carcinoma invasor contribuindo com a maioria dos casos. Os estadiamentos mais frequentes foram IIB, IIIB e IB. Apesar das campanhas de incentivo í prevenção, a ocorrência do câncer de colo uterino no estádio invasor ainda é muito alta, em detrimento dos casos de carcinoma in situ, os quais foram menos frequentes. Conclusão: As mulheres chegaram í unidade de referência em estágios avançados do câncer, principalmente nos estadiamentos IIB e IIIB. O carcinoma invasor é o tipo mais frequente contribuindo com 81,4% e o adenocarcinoma invasor com 7,1% do total das lesões malignas do colo. A maior parte das mulheres era maior de 40 anos de idade, de baixa escolaridade e oriundas da região metropolitana de Belém.
Palavras-chave: neoplasias do colo do útero, prevenção & controle, estadiamento de neoplasias, papillomaviridae.
References
Instituto Nacional de Câncer. Brasil. Estimativa 2016/2017: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2016.
American Joint Committee on Cancer. AJCC Cancer staging manual. 8nd. New-York: Springer; 2016.
Ceolin R, Nasi C, Paz AA, Linch GFC. Perfil de mortalidade por câncer de colo de útero no perÃodo de 2005-2014. Rev RECOM 2018; 8 (e1806). https://doi.org/10.19175/recom.v7i0.1806
Finocchario-Kessler S, Maloba M, Mabachi N, Ndikum-Moffor F, Bukusi E. Cervical cancer prevention and treatment research in Africa: a systematic review from a public health perspective. BMC Womens Health 2016;16(29):1-25. https://doi.org/10.1136/bmj.k4823
Arbyn M, Smith SB, Temin S, Sultana F, Castle P. Detecting cervical cancer and reaching underscreened women by using HPV testing on self samples: updated meta-analyses. BMJ Clinical Research 2018;363(k4823):1-21. https://doi.org/10.1136/bmj.k4823
Secretaria Estadual de Saúde (SESPA). 2017. [citado 2017 Dez 15]. DisponÃvel em: http://www.saude.pa.gov.br/?page_id=41
Cech LR. Tendência de mortalidade por câncer de colo do útero no estado do Maranhão no perÃodo de 1994 a 2014 [monografia]. São LuÃs: Universidade Federal do Maranhão; 2017.
Santos AV. Rastreamento citológico: progressão e regressão de lesões cervicais [Dissertação]. Porto Alegre: Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; 2017.
Cavalcante A, Simão G, Camargo I, Faria L, Moreira M, Ãlvares W. Relação da escolaridade com o número de mortes por câncer de colo uterino. ANAIS da 6ª amostra de saúde 2014;2(1): 924.
Carvalho LP, Walois VSS, Silva IP, Melo TMS. Câncer cervical: relação entre HPV e co-fatores no desdobramento da oncogênese. Rev Cient FASETE 2018;15(1):297-315.
Instituto Nacional de Câncer. Brasil. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: INCA; 2016.
Instituto Nacional de Câncer. Brasil. Atlas da mortalidade. Rio de Janeiro: INCA; 2019.
Gama DON, Silva MM, Carvalho RNC. Papiloma vÃrus humano: uma abordagem sobre prevenção e assistência. Rev Cient FASETE 2018;20(1):109-24.