Autocuidado do homem pós-alta hospitalar: perspectivas para o cuidado de enfermagem numa abordagem domiciliar
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v19i5.3660Abstract
Introdução: O adoecimento e a hospitalização vivenciados por homens requerem a ampliação de sua autopercepção sobre o processo saúde-doença, e o período pós-alta hospitalar demanda adaptações e reabilitação, gerando necessidades individuais de autocuidado. Objetivo: Discutir a demanda de autocuidado domiciliar de homens no período pós-alta hospitalar í luz da Teoria de Orem. Métodos: Pesquisa exploratória, qualitativa, realizada com oito homens no período pós-alta hospitalar de um hospital público de Minas Gerais. Coletaram-se dados de caracterização e entrevistas individuais em profundidade. Realizou-se análise de conteúdo (adensamento teórico - Pearson ≥ 70) com apoio dos Softwares SPSS versão 24 e NVivo Pro11®. Foram atendidos os requisitos ético-legais. Resultados: Foram categorias: 1) Trajetória do autocuidado masculino e reflexões sobre estilo de vida prévio e 2) Redimensionamento de condutas diante das exigências terapêuticas vivenciadas e reflexões sobre as perspectivas de autocuidado. Elas foram discutidas í luz de atividades, requisitos e exigências terapêuticas de autocuidado na perspectiva de Orem. Conclusão: O autocuidado de homens no domicílio após alta hospitalar foi retratado por experiências que agregaram conhecimentos/informações sobre o processo saúde-doença, cujas práticas envolvem a autovalorização da saúde, com promessas de adesão ao tratamento e a hábitos de vida saudáveis.
Palavras-chave: autocuidado, saúde do homem, alta do paciente, enfermagem domiciliar, teoria de enfermagem.
References
Freitas ER, Berardinelli LMM, Santo FHS, Coelho MJ. Nursing care pratices in the context of male policy. Journal of Nursing UFPE online 2018;12(2):424-32. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i2a25155p424-432-2018
Malta DC, Minayo MCS, Soares Filho AM, Silva MMA, Montenegro MMS, Ladeira RM et al. Mortality and years of life lost by interpersonal violence and self-harm: in Brazil and Brazilian states: analysis of the estimates of the Global Burden of Disease Study, 1990 and 2015. Rev Bras Epidemiol 2017;20(1):142-56. https://doi.org/10.1590/1980-5497201700050012
Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilância em Saúde (SCVS). Departamento de Análise de Situação de Saúde (DASS). Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissÃveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 /MS/SVS/DASS. – BrasÃlia: MS, 2011. 160 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde). DisponÃvel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf
Santos FNP, Baldissera VDA, Toledo RF. Pub Talk: participation, education and men’s health promotion. Esc Anna Nery,2019;23(3):1-7. https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2019-0006
Bidinotto DNPB, Simonetti JP, Bocchi SCM. Men’s health: non-communicable chronic diseases and social vulnerability. Rev Latinoam Enferm 2016;24:e2756. https://doi.org/10.1590/1518-8345.0735.2756
Brasil. Ministério da Saúde (MS). Portaria n° 1.944 de 27 de agosto de 2009. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a PolÃtica Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH). BrasÃlia: MS, 2009. DisponÃvel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1944_27_08_2009.html
Pereira J, Klein C, Meyer DE. PNAISH: an analysis of its educative dimension from the gender perspective. Saúde e Soc 2019;28(2):132-46. https://doi.org/10.1590/S0104-12902019170836
Moura EC, Gomes R, Pereira GMC. Perceptions about men’s health in a gender relational perspective, Brazil, 2014. Cienc e Saúde Coletiva 2017;22(1):291-300. https://doi.org/10.1590/1413-81232017221.17482015
Barros CT, Gontijo DT, Lyra J, De Lima LS, Monteiro EMLM. If the man takes care of his own health, it will seem contradictory to the work: The relation between masculinities and health care for young men in vocational training. Saúde Soc 2018;27(2):423-34. https://doi.org/10.1590/s0104-12902018166057
Orem DE, Fawcett J, Trust HFH. Dorothea Orem: self-care framework. Athens, OH: FITNE; 2005.
Melo LD, Arreguy-Sena C, Gomes AMT, Parreira PMD, Pinto PF, Rocha JCCC. Social representations elaborated by elderly people about being elderly or aged: structural and procedural approaches. Revista de Enfermagem da UFSM 2020;10(53:1-20. https://doi.org/10.5902/2179769238464
Minayo MCS. Sampling and saturation in qualitative research: consensuses and controversies. Revista Pesquisa Qualitativa 2017;5(7):1-12. DisponÃvel em: https://editora.sepq.org.br/index.php/rpq/article/view/82
Bardin L. Análise de Conteúdo. Reimpressão da Edição revista e actualizada de 2009. Lisboa: Edições 70;2018. 288p.
Andrade CAO, Freitas DM, Costa JD, Costa SM. Brazilian public policies and access to health services: bioethics reflection. RENOME 2018;7(1):17-31. DisponÃvel em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renome/article/view/1215
Aguiar RS, Santana DC, Santana PC. The perception of family health strategy nurses on men’s health. RECOM 2015;5(3):1844-54. https://doi.org/10.19175/recom.v5i3.872
Mendonça FAC, Moreira TMM, Sampaio LRL, Brasil MBBL, Arruda CN, Diogenes KCBM, Braide ASG. Associations between male lifestyle and health promotion actions. Motricidade 2018;14:355-61. DisponÃvel em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-107X2018000100055
Silveira CLG, Melo VFC, Barreto AJR. Attention to the health of men in primary health care: an integrative review. Rev Enferm UFPE 2017;11(3):1528-9. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v11i3a13998p1528-1535-2017
Carneiro LMR, Santos MPA, Macena RHM, Vasconcelos TB. Comprehensiveness in men’s health care: a challenge in primary care. Revista Brasileira em Promoção da Saúde 2016;29(4):554-63. https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p554
Trilico MLC, Oliveira GR, Kijimura MY, Pirolo SMP. Male discourses on the prevention and promotion of men's health. Trabalho, Educação e Saúde 2015;13(2):381-95. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sip00015
Oliveira MM, Daher DV, Silva JLL, Andrade SSCA. Men’s health in question: seeking assistance in primary health care. Ciênc Saúde Coletiva 2015;20(1):273-78. https://doi.org/10.1590/1413-81232014201.21732013
Lemos AP, Ribeiro C, Fernandes J, Bernardes K, Fernandes R. Men's health: the reasons for men to reach out to health services. Rev Enferm UFPE on line 2017;11(11):4546-53. https://doi.org/10.5205/reuol.11138-99362-1-SM.1111sup201714
Solano LC, Bezerra MAC, Medeiros RS, Carlos EF, Carvalho FPB, Miranda FAN. Man’s access to health services in primary care. Rev Fund Care Online 2017;9(2):302-08. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2017.v9i2.302-308
Moreira MCN, Gomes R, Ribeiro CR. “Are men coming to the clinic now?!†Healthcare strategies for men. Cad Saúde Pública 2016;32(4):e00060015. https://doi.org/10.1590/0102-311X00060015
Pereira APN, Arreguy-Sena C, Queiroz ABA, Dutra HS, Melo LD, Krempser P. Representações sociais de enfermeiros da atenção primária sobre registros de enfermagem em prontuários. Enfermagem Brasil 2020;18(6):759-66. https://doi.org/10.33233/eb.v18i6.3219