O conhecimento de uma amostra da população masculina de Manaus sobre a política nacional de atenção integral í saúde do homem: atuação da enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v12i2.3737Abstract
Introdução: A Política Nacional de Atenção Integral í Saúde do Homem (PNAISH) foi criada com a finalidade de interferir na assistência í Saúde do Homem, modificando os seus padrões em termos de morbidade, mortalidade e aspectos socioculturais. A participação efetiva do homem nesse programa pode apresentar respostas percentuais significativas na promoção da sua saúde, com repercussões na sociedade. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o conhecimento e os motivos da não adesão por parte de uma amostra da população masculina da cidade de Manaus a PNAISH, reconhecer a atuação do enfermeiro neste programa e identificar as necessidades individuais e coletivas desta população. Material e métodos: A pesquisa foi do tipo quali-quantitativa baseada numa entrevista com 120 homens, com idade entre 20 e 59 anos, frequentadores de parques municipais em Manaus. Foi utilizado um questionário para as entrevistas, sendo que, posteriormente os dados foram avaliados estatisticamente a fim de se criar uma análise criteriosa das informações colhidas. Resultados: Sobre os principais problemas para o acesso í saúde preventiva, o maior índice foi em relação í demora no atendimento (31,3%), seguido por dificuldades relacionadas ao trabalho (25,2%). Dos entrevistados, 90% disseram ainda não terem recebido nenhum tipo de visita de profissionais de saúde para falar a respeito do programa e 79,2% declararam desconhecer a política. Também há indicativos de que a busca pelo atendimento em saúde ocorre em uma fase curativa, em sua maioria, não sendo priorizado nesta população o conceito de prevenção em relação aos agravos de saúde. Conclusão: Constatou-se a necessidade de haver estruturação no atendimento por parte dos profissionais de saúde, principalmente o enfermeiro, com intuito de atender as demandas de saúde da população masculina e redução dos índices de morbimortalidade relacionados aos seus agravos de saúde.
Palavras-chave: saúde do homem, educação em saúde, Enfermagem.
References
Carrara S, Russo JA, Faro L. A polÃtica de atenção à saúde do homem no Brasil: os paradoxos da medicalização do corpo masculino. Rev Saúde Coletiva 2009;19(3):659-78.
Brasil. Constituição (1988). Artigo 196. Dispõe sobre a saúde é direito de todos e dever do Estado. Constituição da República Federativa do Brasil. BrasÃlia: Senado Federal Subsecretária de Edições Técnicas, TÃtulo VIII, CapÃtulo II, Seção II, 1988.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamentos de Ações Programáticas Estratégicas. PolÃtica Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. BrasÃlia: MS; 2009.
Medeiros AP, Menezes MFB, Napoleão AA. Fatores de risco e medidas de prevenção do câncer de próstata: subsÃdios para a enfermagem. BrasÃlia. Rev Bras Enferm 2011;64(2):385-8.
Couto MT, Pinheiro TF, Valença O, Machin R, Silva GSN, Gomes R et al. O homem na atenção primária à saúde: discutindo (in)visibilidade a partir da perspectiva de gênero. Interface Comun Saúde Educ 2010;14(33)257-70.
Figueiredo W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção primaria. Ciênc Saúde Coletiva 2005;10(1):105-9.
Instituto Nacional De Câncer. Estimativa 2012: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2012.
Cardoso GS, Zuse CL. O conhecimento do homem a respeito do autocuidado: potencializando estratégias de prevenção de doenças e agravos à saúde. URI, Campos Santo Ângelo/RS. Vivências 2009;5(8):42-52.
Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica. Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro; IBGE; 2010.
Fontes WD, Barbosa TM, Leite MC, Fonseca RLS, Santos LCF, Nery TCL. Atenção à saúde do homem: interlocução entre ensino e serviço. Acta Paul Enferm 2010;24(3):430-3.
Hermann C. A cultura do masculino: fator de risco para a saúde do homem. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2011.
Leite DF, Ferreira IMG, Souza MS, Nunes VS, Castro PR. A influência de um programa de educação na saúde do homem. O Mundo da Saúde 2010;34(1):50-56.
Scheuer C, Bonfada ST. Atenção à saúde do homem: a produção cientÃfica de enfermeiros na atenção básica. Contexto & Saúde 2008;7(34).
Brasil. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen- 358/2009. [online]. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. BrasÃlia-DF, 15 de outubro de 2009. [citado 2012 Mai 3]. DisponÃvel em URL: http://site.portalcofen.gov.br/node/4384.
Mendonça VS, Andrade AN. A PolÃtica Nacional de Saúde do Homem: necessidade ou ilusão? Revista de Psicologia PolÃtica 2010;10(20):215-26.
Costa RG. Saúde e Masculinidade: reflexões de uma perspectiva de gênero. Revista Brasileira de Estudos da População 2003;20(1):80-92.
Figueiredo WS, Schraiber LB. Concepções de gênero de homens usuários e profissionais de saúde de serviços de atenção primária e os possÃveis impactos na saúde da população masculina. Rev Ciên Saúde Coletiva 2008;16:935-44.
Czeresnia D. O conceito de saúde e a diferença entre prevenção e promoção. In: Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003. p.39-53.
Brito RS, Santos DLA, Maciel PSO. Olhar masculino acerca do atendimento na estratégia saúde da famÃlia. Revista Rene 2010;11(4):135-42.
Secretaria Municipal de Saúde de Manaus. Prefeitura implanta a polÃtica de atenção à saúde do homem. NotÃcias. Manaus: Secretaria Municipal; 2010.