Preparando o corpo: respeito e ética no momento do fim da vida
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v10i1.3837Abstract
Objetivo: Compreender o significado da abordagem ética e do respeito no preparo do corpo após a morte por uma equipe de enfermagem. Material e métodos: Estudo qualitativo com inspiração fenomenológica, abordando a seguinte questão norteadora: "Qual o significado para você ao lidar com o preparo do corpo de um paciente após a morte?" Participaram deste estudo um enfermeiro e seis técnicos de enfermagem de hospital público do interior de Minas Gerais. Resultados: A análise de conteúdo resultou nas seguintes categorias temáticas: Significado da religiosidade no momento da despedida; Significado para os familiares de presenciar o momento da partida; Banalização da morte: automatismo no preparo do corpo; Respeito e a ética no preparo do corpo: o papel da Enfermagem. Conclusão: Conclui-se que o lidar com o corpo pós-morte é uma tarefa difícil, mas que não pode ser feita de forma mecanizada. Portanto, esta é uma questão que não poderá vigorar de forma isolada, tornando-se necessário o real envolvimento e compromisso dos profissionais e dos hospitais com a família e com a sociedade.
Palavras-chave: mortalidade, atitude frente í morte, análise ética, cuidados de enfermagem, Enfermagem.
Â
References
Pianucci A. Saber cuidar: procedimentos básicos em enfermagem. 7ª ed. São Paulo: Senac; 2007. 132p.
Bernieri J, Hirdes A. O preparo dos acadêmicos de enfermagem brasileiros para vivenciarem o processo de morte-morrer. Texto Contexto Enfermagem 2007;16(1):89-96.
Fernandes MEN, Fernandes AFC, Albuquerque ALP, Mota MLS. A morte em Unidade de Terapia Intensiva: percepções do enfermeiro. Rev RENE 2006;7(1):43-51.
Ribeiro MC, Baraldi S, Silva MJP. A percepção da equipe de enfermagem em situação de morte: ritual do preparo do corpo "pós-morte". Rev Esc Enfermagem USP 1998;32(2):117-23.
Bioética, ética e assistência de enfermagem na área oncológica – CapÃtulo 4 [citado 2010 Dez 14]. DisponÃvel em URL: www.inca.gov.br/enfermagem/docs/cap4.pdf
COREN. Conselho Regional de Enfermagem. CapÃtulo 4, artigo 32. Dispõe sobre os deveres dos profissionais de enfermagem, 2007. [citado 2008 Set 18]. DisponÃvel em: URL: http://www.coren-mg.org.br
Salimena AMO, Ferreira GC, Castro EAB, Bara VMFB. Morte: compreensão de enfermeiras oncológicas Enfermagem Brasil 2008;7(6):335-41.
Santana JCB, Sá AC, Zaher VL. Conflitos éticos do cuidar e do morrer nas unidades de terapia intensiva: visão de acadêmicos de enfermagem. REUOL 2008;2(4):297-304.
Graças EM. Pesquisa qualitativa e a perspectiva fenomenológica: fundamentos que norteiam sua trajetória. REME Rev Min Enferm 2000;1(4):28-33.
Batista KL, Campos, ACV, Barcelos KL, Dutra BS, Santana JCB. Percepções da equipe de enfermagem sobre a distanásia: é possÃvel morrer com dignidade? REUOL 2009;3:43-50.
Brasil. Ministério da Saúde. Resolução n.196, de 10 de outubro de 1996. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. BrasÃlia: MS; 1996.
Shimizu HE. Como os trabalhadores de enfermagem enfrentam o processo de morrer. Rev Bras Enfermagem 2007;60(3):257-62.
Salomé GM, Cavali A, Espósito VHC. Sala de emergência: o cotidiano das vivências com a morte e o morrer pelos profissionais de saúde. Rev Bras Enfermagem 2009;62(5):681-86.
Prochet TC. Compartilhando os sentimentos e os pensamentos sobre a morte e o processo de morrer. Enfermagem Brasil 2009;8(3):131-38.
Nascimento MAL, Moraes MP, Junior RG, Giannini EL. O cuidado de enfermagem com o corpo sem vida. Revista Texto Contexto Enfermagem 2007;16(1):168-71.
Silva ALL, Ruiz EM. Cuidar, morte e morrer: significações para profissionais de enfermagem. Estud Psicol (Campinas) 2003;20(1):15-25.
Jaques MEMR. Teoria e práxis: suas relações dialéticas (uma reflexão sobre enfermagem). Enfermagem Brasil 2009;8(3):119-21.
