Superlotação dos serviços de urgência e emergência hospitalar

Authors

  • Sergio Vital da Silva Júnior UFPB
  • Francisco de Assis Lacerda UFPB
  • Márcia Virgí­nia Di Lorenzo Florêncio UFPB
  • ngela Amorim de Araújo UFPB
  • Betânia Maria Pereira dos Santos UFPB
  • Ivanilda Lacerda Pedrosa UFPB

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v19i1.3912

Abstract

Objetivo: Descrever a concepção dos profissionais de saúde frente í  superlotação dos serviços de urgência e emergência hospitalar. Métodos: Estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado em um hospital de urgência e emergência em João Pessoa/PB. A amostra foi composta por 108 indiví­duos consoante aos critérios de inclusão e exclusão. Os dados empí­ricos foram analisados pelo Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0. Todos os aspectos éticos foram rigorosamente seguidos com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraí­ba. Resultados: Os profissionais de enfermagem e medicina estão em maior quantidade na equipe multiprofissional de saúde. A maioria dos participantes atua na área entre cinco e 10 anos. 95,4% dos entrevistados acreditam que a superlotação é um grave problema de saúde pública, 50,9% afirmam que os atendimentos clí­nicos e traumáticos geram superlotação, 47,2% afirmam que a superlotação ocorre em qualquer perí­odo da semana e 64,8% em qualquer perí­odo do dia. Conclusão: A superlotação hospitalar pode estar relacionada a problemas de gestão de riscos e ineficácia do sistema de prevenção de agravos, sendo importante o aprimoramento da prática assistencial e a gestão em saúde.

Palavras-chave: emergências, Enfermagem, hospitalização, segurança do paciente.

Author Biographies

Sergio Vital da Silva Júnior, UFPB

Mestre em Enfermagem. Enfermeiro. Universidade Federal
da Paraí­ba (UFPB). Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Agravos Infecciosos e Qualidade de Vida - UFPB.

Francisco de Assis Lacerda, UFPB

Enfermeiro, Coordenador do Ambulatório Geral do Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraí­ba

Márcia Virgí­nia Di Lorenzo Florêncio, UFPB

D.Sc., Enfermeira, Docente da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal da Paraí­ba

ngela Amorim de Araújo, UFPB

D.Sc., Enfermeira, Docente da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal da Paraí­ba

Betânia Maria Pereira dos Santos, UFPB

D.Sc., Enfermeira, Docente da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal da Paraí­ba

Ivanilda Lacerda Pedrosa, UFPB

D.Sc., Enfermeira, Docente da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal da Paraí­ba

References

Rodrigues GF, Castro TCS, Vitorio AMF. Segurança do paciente: conhecimento e atitudes de enfermeiros em formação. Revista Recien 2018;8(24):3-14. https://doi.org/10.24276/rrecien2358-3088.2018.8.24.3-14

World Health Organization: World Alliance for Patient Safety, Taxonomy: The Conceptual Framework for the International Classification for Patient Safety: final technical report [Internet]. Genebra: WHO; 2009 [citado 2020 Jan 21]. https://www.who.int/patientsafety/taxonomy/icps_full_report.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação Nº 3. Consolidação das normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde. Rede de Atenção às Urgências e Emergências [Internet]. 2019 [citado 2019 Dec 13]. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidacao/Matriz-3-Redes.html

Silva AT, Terra FS, Dázio EMR, Sanches RS, Resck ZMR. Os enfermeiros e a segurança do paciente na práxis hospitalar. Cogitare Enferm 2016;21(esp.):1-8. [citado 2019 Dec 13]. https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/45550

Freire AB, Fernandes DL, Moro JS, Kneipp MM, Cardoso CM, Lima SBS. Serviços de urgência e emergência: quais os motivos que levam o usuário aos pronto-atendimentos? Saúde (Santa Maria) 2015;41(1)195-200. https://doi.org/10.5902/2236583415061

Oliveira RJT, Hermida PMV, Copelli FHS, Santos JLG, Erdmann AL, Andrade SR. Care management in nursing within emergency care units Invest Educ Enferm 2015;33(3)406-14. https://doi.org/10.17533/udea.iee.v33n3a03

Brasil. Portaria Nº 2048, de 5 de novembro de 2002. Regulamenta os Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência; 2002 [citado 2020 Jan 21]. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html

Brasil. Portaria Nº 1863, de 29 de setembro de 2003. Institui a Política Nacional de Atenção às Urgências; 2003 [citado 2020 Jan 21]. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2003/prt1863_26_09_2003.html

Santos FPPG, Comassetto I, Porciúncula AIC, Santos RM, Ferreira FAS, Magalhães APN. Ortotanásia e distanásia: percepção dos profissionais de saúde de uma unidade de terapia intensiva. Cienc Cuid Saude 2016;15(2):288-96. https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v15i2.26017

Santos ETS, Freitas AAS, Mendonça IO, Silva DP, Oliveira DML. Acolhimento com avaliação e classificação de risco: frente a superlotação dos serviços hospitalares de urgência. Cadernos de Graduação 2018;5(1):187-202. https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernobiologicas/article/view/5760

Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 466/2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: MS; 2012. [citado 2020 Jan 13]. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html

Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena [internet]. 2020 [citado 2020 Jan 12]. https://hospitaldetrauma.pb.gov.br/perfil/

Sousa FS, Martins IM, Oliveira ADS, Cardoso SB, Rocha FCV, Cordeiro ECO. Avaliação do grau de superlotação de serviço hospitalar de urgência. Rev Enferm UFPI 2018;7(2):41-5. https://doi.org/10.1590/S0104-07072012000100025

Bellucci JA, Matsuda LM. Implantação do sistema acolhimento com classificação e avaliação de risco e uso do fluxograma analisador. Texto e Contexto Enferm 2012;21(1):217-25. https://doi.org/10.1590/S0104-07072012000100025

Santos EI, Alves YR, Gomes AMT, Silva ACSS, Mota DB, Almeida EA. Representações sociais da enfermagem elaboradas por profissionais de saúde não enfermeiros. Online Braz J Nurs 2016;15(2):146-56. http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/5294

Backes DS, Backes MS, Erdmann AL, Büscher A. O papel profissional do enfermeiro no Sistema Único de Saúde: da saúde comunitária à estratégia de saúde da família. Ciênc Saúde Coletiva 2012;17(1):223-30. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000100024

Pires A, Souza NVDO, Penna LHG, Tavares KFA, D’oliveira CAFB, Almeida CM. A formação de enfermagem na graduação: uma revisão integrativa da literatura Rev Enferm UERJ 2014;22(5):705-11. https://doi.org/10.12957/reuerj.2014.11206

Lima DP, Leite MTS, Caldeira AP. Redes de Atenção à Saúde: a percepção dos médicos trabalhando em serviços de urgência. Saúde Debate 2015;39(104):65-75. https://doi.org/10.1590/0103-110420151040348

Marques LR, Honorio LC, Marques AL. Burnout no trabalho do médico: o caso dos profissionais que atuam no serviço de atendimento de urgência e emergência na cidade de Belo Horizonte-MG. Revista Gestão & Tecnologia 2020;20(1):190-214. https://doi.org/10.20397/2177-6652/2020.v20i1.1623

Machado MH, Wermelinger M, Vieira M, Oliveira E, Lemos W, Filho WA et al. Aspectos gerais da formação da enfermagem: o perfil da formação dos enfermeiros, técnicos e auxiliares. Enferm Foco 2016;6(2/4):15-34. https://doi.org/10.21675/2357-707X.2016.v7.nESP.687

Gomes ATL, Ferreira Junior MA, Salvador PTCO, Bezerril MS, Chiavone FBT, Santos VEP. Segurança do paciente em situação de emergência: percepções da equipe de enfermagem. Rev Bras Enferm 2019;72(3):788-95. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0544

Freire GV, Araújo ETH, Araújo EB, Alves LS, Freire ACM, Sousa GF. Liderança do enfermeiro nos serviços de urgência e emergência: revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review 2019;2(2):2029-41. http://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/1542

Coronetti A, Nascimento ERP, Barra DCC, Martins JJ. O estresse da equipe de enfermagem na unidade de terapia intensiva: o enfermeiro como mediador. Arquivos Catarinenses de Medicina 2006;35(4):36-43. http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/394.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: Política Nacional de Humanização: documento base para gestores e trabalhadores do SUS. Brasília: Ministério da Saúde [internet] 2004 [citado 2019 Dec 7]. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_2004.pdf

Gaspar CC, Lima Júnior CJF, Sabiá CF, Vieira CPC, Magalhães DMS, Gomes HFG et al. Manual de acolhimento e classificação de risco. Secretaria de Saúde do Distrito Federal; 2019 [citado 2019 Dec 07]; Brasília. http://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/10/MANUAL-DE-ACOLHIMENTO-E-CLASSIFICA%C3%87%C3%83O-DE-RISCO-DA-REDE-SES-Web.pdf

Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen Nº 423/2012. Normatiza no Âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, a Participação do Enfermeiro na Atividade de Classificação de Riscos; 2012 [citado 2019 Dec 7]. http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-4232012_8956.html

Published

2020-03-22

Issue

Section

Original articles