Vivências de enfermeiras no cuidado de pacientes com feridas neoplásicas

Autores/as

  • Débora Thaise Freires de Brito UFCG
  • Glenda Agra UFPB
  • Alana Tamar Oliveira de Sousa UFCG
  • Maria Vitória de Souza Medeiros UFG
  • Nilton Soares Formiga UNP
  • Marta Miriam Lopes Costa UFPB

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v16i5.1040

Resumen

Objetivo: Compreender as vivências de enfermeiras no cuidado de pacientes com feridas neoplásicas. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório, de natureza qualitativa, realizado com 20 enfermeiras de um hospital filantrópico que presta cuidados a pacientes com doença oncológica avançada. Os dados foram coletados no perí­odo de abril a junho de 2016, por meio de entrevistas norteadas por um roteiro semiestruturado e analisadas pela Técnica de Análise do Conteúdo de Bardin. Resultados: Identificaram-se as concepções acerca do cuidar na visão de enfermeiras assistenciais e observou-se que a oferta do cuidado humanizado obteve o maior percentual de respostas. As participantes percebem o cuidado como atitudes de zelo, desvelo, paciência, amor, dedicação e apoio, fazendo parte de uma assistência humanizada e ética. Conclusão: Evidenciou-se que as enfermeiras compreendem o cuidar como ciência e arte da Enfermagem, haja vista que realizam um cuidado humanizado, holí­stico e desenvolvem habilidades empáticas diante do sofrimento do paciente, promovendo ações de solicitude com vistas ao conforto fí­sico e psí­quico do paciente, proporcionando, assim, bem-estar e dignidade no processo de adoecimento e morte do mesmo.

Palavras-chave: oncologia, enfermagem oncológica, neoplasias cutâneas, epidemiologia.

Biografía del autor/a

Débora Thaise Freires de Brito, UFCG

Enfermeira, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus Cuité, Residente pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Famí­lia e Comunidade/PRMSFC, João Pessoa/PB

Glenda Agra, UFPB

Enfermeira, Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraí­ba (UFPB), Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da UFCG, campus Cuité, João Pessoa/PB

Alana Tamar Oliveira de Sousa, UFCG

Enfermeira, Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da UFCG, campus Cuité, João Pessoa/PB, ****Enfermeira, UFCG, campus Cuité, Junco do Seridó/PB

Maria Vitória de Souza Medeiros, UFG

Enfermeira, UFCG, campus Cuité, Junco do Seridó/PB

Nilton Soares Formiga, UNP

Psicólogo, Docente no programa de pós-graduação em psicologia organizacional e comportamento do consumidor na Universidade Potiguar (UNP)/Laureate International Universities João Pessoa (PB)

Marta Miriam Lopes Costa, UFPB

Enfermeira, Docente da Pós-Graduação em Enfermagem da UFPB, João Pessoa/PB

Citas

Ministério da Saúde. Brasil. Instituto Nacional do Câncer. Incidência do Câncer no Brasil. Estimativa 2014. Rio de Janeiro: INCA; 2014.

Ministério da Saúde. Brasil. Instituto Nacional do Câncer. Incidência do Câncer no Brasil. Estimativa 2016. Rio de Janeiro: INCA; 2016.

Woo Ky, Sibbald RG. Local wound care for malignant and palliative wounds. Adv Skin Wound Care 2010;23(9):417-28. doi: 10.1097/01.asw.0000383206.32244.e2

Ministério da Saúde. Brasil. Instituto Nacional do Câncer. Tratamento e controle de feridas tumorais e úlceras por pressão no câncer avançado. Série cuidados paliativos. Rio de Janeiro: INCA; 2011.

Gethin G, Grocott P, Probst S, Clarke E. Current practice in the management of wound odour: na internacional survey. Int J Nurs Stud 2013;51(6):865-74. doi: 10.1016/j.ijnurstu.2013.10.013

Lo SF, Hayter M, Hu MY, Tai CY, Hsu MY, Li YF. Symptom burden and quality of life in patients with malignant fungating wounds. J Advan Nurs 2012;68(6):1312-21. doi: 10.1111/j.1365-2648.2011.05839.x

Brasil. Ministério da Saúde. Resolução 501 de 09 de Dezembro de 2015. Regulamenta a competência da equipe de enfermagem no cuidado às feridas e dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.

Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.

Salomé GM, Espósito VHC. Vivências de acadêmicos de enfermagem durante o cuidado prestado às pessoas com feridas. Rev Bras Enferm 2008;61(6):822-7. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672008000600005.

Sales CA, Silva VA. A atuação do enfermeiro na humanização do cuidado no contexto hospital. Ciênc Cuid Saúde 2011;10(1):66-73. doi: http://dx.doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v10i1.14912

Ministério da Saúde. Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. O Humaniza SUS na atenção básica. Brasília (DF); 2009.

Chernicharo IM, Freitas FDS, Ferreira MA. Humanização no cuidado de enfermagem: contribuição ao debate sobre a Política Nacional de Humanização. Rev Bras Enferm 2013;66(4):564-70.

Agra G, Fernandes MA, Platel ICS, Freire MEM. Cuidados paliativos ao paciente portador de ferida neoplásica: uma revisão integrativa da literatura. Rev Bras Cancerol 2013;59(1):95-104.

Roselló FT. Antropologia do cuidar. Rio de Janeiro: Vozes; 2009.

Angione L. As noções aristotélicas de substância e essência. Campinas: Unicamp; 2008.

Lemos RCA, Jorge LLR, Almeida LS, Castro AC. Visão dos enfermeiros sobre a assistência holística ao cliente hospitalizado. Rev Eletr Enf 2010;12(2):354-9. doi: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v12i2.5544

Santana FR, Nakatani AYK, Freitas RAMM, Souza ACS, Bachion MM. Integralidade do cuidado: concepções e práticas de docentes de graduação em enfermagem do Estado de Goiás. Ciênc Saúde Coletiva 2010;15(supl-1):1.653-64.

Pires VMMM, Rodrigues VP, Nascimento MAA. Sentidos da integralidade do cuidado na saúde da família. Rev Enferm UERJ 2010;18(4):622-7.

Gabriel CS, Gabriel AB, Bernardes A, Rocha FLR, Miasso AI. Qualidade na assistência de enfermagem hospitalar: visão de alunos de graduação. Rev Gaúcha Enferm 2010;31(3):529-35. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472010000300017

Silva LWS, Francioni FF, Sena ELS, Carraro TE, Randunz V. O cuidado na perspectiva de Leonardo Boff, uma personalidade a ser (re)descoberta na enfermagem. Rev Bras Enferm 2005;58(4):471-5. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672005000400018.

Lima MPO. Significado do cuidado de enfermagem para enfermeiras no contexto hospitalar: uma visão interacionista [Dissertação]. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará; 2010.

Carvalho MVB. A morte: a arte de cuidar na despedida. In: Pokladek DDA. fenomenologia do cuidar: prática dos horizontes vividos nas áreas da saúde, educacional e organizacional. São Paulo: Vetor; 2004, 300 p.

Watanuki MF, Tracy R, Lindquist R. Therapeutic listening. In: Tracy R., Lindquist R. Complementary alternative therapies in nursing. New York: Springer; 2006. p. 45-55.

Mesquita AC, Carvalho EC. A Escuta Terapêutica como estratégia de intervenção em saúde: uma revisão integrativa. Rev Esc Enferm USP 2014;48(6):1127-36. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420140000700022

Maynart WH, Albuquerque MCS, Breda MZ, Jorge JS. A escuta qualificada e o acolhimento na atenção psicossocial. Acta Paul Enferm 2014;27(4):300-3. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201400051.

Brusamarello T, Capistrano FC, Oliveira VC, Mêrces NNA, Maftum MA. Cuidado a pessoas com transtorno mental e familiares: diagnósticos e intervenções a partir da consulta de enfermagem. Cogitare Enferm 2013;18(2):245-52. doi: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v18i2.32574

Pimentel PK, Coelho Junior N. Algumas considerações sobre o uso da empatia em casos e situações limite. Psic Clin 2009;21(2):301-14. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-56652009000200004.

Fernandes MA. Do cuidado da fenomenologia à fenomenologia do cuidado. In: Holanda AF, Peixoto AJ. Fenomenologia do cuidado e do cuidar – Perspectivas multidisciplinares. Curitiba (PR): Juruá; 2011. p.17-32.

Duarte MLC, Noro A. Humanização: uma leitura a partir da compreensão dos profissionais da enfermagem. Rev Gaúcha Enferm 2010;31(4):685-92. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472010000400011

Publicado

2017-12-15

Número

Sección

Artículos originales