Análise do custo direto do tratamento de Hepatite C sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde em município do Estado de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v16i6.1829Resumen
Introdução: O tratamento da hepatite C além de oneroso é complexo devido a necessidade de consultas com especialistas, acompanhamento sistemático multiprofissional, realização de exames, detecção precoce dos eventos adversos, técnicas de adesão, além da aquisição dos medicamentos. Objetivo: Analisar o custo direto do tratamento ambulatorial de hepatite C em um município do estado de São Paulo. Método: Estudo descritivo, transversal, realizado em um serviço ambulatorial público de referência para portadores de hepatite C em um município do interior do estado de São Paulo. A coleta de dados foi realizada por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos de Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS, Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS e relatórios financeiros da secretaria do município em estudo. Resultados: O custo do tratamento com a terapia dupla foi de R$ 26.338,41 (US$11.305), dos quais 57% relacionados aos medicamentos antivirais e 31% a manutenção do serviço de referência incluindo atendimento especializado, enquanto na terapia tripla o custo foi de R$62.871,23 (US$ 25.125,7), 83% com medicamentos antivirais e 13% em consulta médica especializada. Conclusão: Este estudo apontou que o custo da aquisição dos medicamentos antivirais para o tratamento da Hepatite C pela União (Ministério da Saúde) não representa o custo total real do tratamento, no entanto, corresponde a 57% do custo total na terapia dupla e 83% na terapia tripla.
Palavras-chave: hepatite C, protocolos clínicos, custos e análise de custo, custos diretos de serviços, Sistema Único de Saúde.
Diretos de Serviços e Sistema Único de Saúde (SUS).
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