Barreiras de comunicação com surdos no atendimento em saúde: um estudo descritivo.

Autores/as

  • Rodrigo Sousa de Miranda UFRJ
  • Carla de Oliveira Shubert Universidade Estácio de Sá
  • Nébia Maria Almeida de Figueiredo UNIRIO
  • Edicléa Mascarenhas Fernandes UERJ
  • Teresa Tonini UNIRIO
  • Wiliam César Alves Machado UNIRIO

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v19i1.2055

Resumen

Objetivo: Identificar as barreiras de comunicação enfrentadas pelas pessoas surdas quando são atendidas por profissionais de saúde. Métodos: Estudo descritivo, qualitativo, realizado no 1º semestre de 2013, com 24 surdos. Coleta de dados a partir de grupo focal e análise temática de conteúdo. Resultados: Da análise dos dados emergiram as seguintes categorias temáticas: O enfrentamento da surdez: lembranças e possí­veis causas; Ajuda e dependência de ouvintes; Construindo alternativas para se comunicar com a equipe; e Necessidade de intérprete para facilitar a comunicação com a equipe. Conclusão: Os profissionais não estão preparados para se comunicar com pacientes surdos. É preciso investir no ensino da Lí­ngua de Sinais Brasileira nos cursos de formação dos profissionais de saúde, além da presença de intérprete de Libras nessas unidades, para facilitar a comunicação entre profissionais e surdos.

Palavras-chave: pessoas com deficiência auditiva, linguagem de sinais, barreiras de comunicação, assistência í  saúde.

Biografía del autor/a

Rodrigo Sousa de Miranda, UFRJ

Mestre em Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem – PPGENF. Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – EEAP. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Carla de Oliveira Shubert, Universidade Estácio de Sá

Mestre em Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem – PPGENF. Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – EEAP. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Nébia Maria Almeida de Figueiredo, UNIRIO

Professora Emérita. Departamento de Enfermagem Fundamental – DEF. Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – EEAP. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO.

Edicléa Mascarenhas Fernandes, UERJ

Pedagoga, Doutora em Ciências. Instituto Osvaldo Cruz. Professora Adjunta. Faculdade de Educação. Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

Teresa Tonini, UNIRIO

Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva. Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Professora Associada. Departamento de Enfermagem Fundamental – DEF. Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – EEAP. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Wiliam César Alves Machado, UNIRIO

Enfermeiro, Professor e Orientador Acadêmico no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem - PPGENF - Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Enfetmagem e Biociências - PPGENFBIO - Doutorado. Escola de
Enfermagem Alfredo Pinto, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

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Publicado

2020-03-22

Número

Sección

Artículos originales