Feridas neoplásicas em pacientes com câncer de mama
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v17i6.2063Resumen
Objetivo: Traçar o perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico de pacientes com feridas neoplásicas, decorrentes do câncer de mama. Métodos: Trata-se de um estudo documental, retrospectivo e descritivo, com abordagem quantitativa, em que foram utilizados dados secundários-sociodemográficos, clínicos e terapêuticos - extraídos de prontuários de pacientes com feridas neoplásicas, no intervalo de janeiro de 2009 a dezembro de 2015. Resultados: Fizeram parte deste estudo 150 prontuários, destes, 147 eram mulheres (98,0%), com idade entre 20 e 59 anos (66,0%), casadas (41,3%), ensino fundamental incompleto (24,0%), agricultoras (25,3%) e aposentadas (24,7%). O tipo histológico carcinoma ductal invasivo se sobressaiu em 131 pacientes (87,3%), cujas lesões apresentavam aspecto de ulceração infiltrante (30,7%), dor (15,3%), sangramento (3,3%), odor (2,7%), exsudato (9,3%) e sinais de infecção (2,7%). Quanto í modalidade terapêutica, 63 pacientes (42,0%) se submeteram í mastectomia total, 102 (68,0%) realizaram radioterapia e 125 (83,3%) quimioterapia. Conclusão: Evidenciou-se a necessidade de implementar políticas públicas no tocante í prevenção do câncer de mama, a fim de diminuir o risco para adoecimento; educação em saúde para esses pacientes, visando reduzir complicações locais e sistêmicas; e criar estratégias efetivas para o registro das informações sociodemográficas, clínicas e terapêuticas completas do paciente em prontuários eletrônicos ou convencionais pelos profissionais de saúde.
Palavras-chave: epidemiologia, enfermagem oncológica, neoplasias cutâneas.
Citas
Brasil. Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativas 2016: incidência do câncer no Brasil. Rio de Janeiro: Inca; 2016.
Martins CA, Guimarães RM, Silva RLPD, Ferreira APS, Gomes FL, Sampaio JRC et al. Evolução da mortalidade por câncer de mama em mulheres jovens: desafios para uma polÃtica de atenção oncológica. Rev Bras Cancerol 2013;59(3):341-9.
Brasil. Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer. Tratamento e controle de feridas tumorais e úlceras por pressão no câncer avançado: série Cuidados Paliativos. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde; 2011.
Beh SY, Leow LC. Fungating breast cancer and other malignant wounds: epidemiology, assessment and management. Exp Rev Qual Life Cancer Care 2016;1(2):137-44. https://doi.org/10.1080/23809000.2016.1162660
Gethin G, Grocott P, Probst S, Clarke E. Current practice in the management of wound odour: an international survey. Int J Nurs Stud 2014;51(6):865-74. https://doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2013.10.013
Probst S, Arber A, Faithfull S. Malignant fungating wounds: the meaning of living in an unbounded body. Eur J Oncol Nurs 2013;17(1):38-45. https://doi.org/10.1016/j.ejon.2012.02.001
Azevedo IC, Costa RKS, Holanda CSM, Salvetti MG, Torres GV. Conhecimento de enfermeiros da Estratégia Saúde da FamÃlia sobre avaliação e tratamento de feridas oncológicas. Rev Bras Cancerol 2014;60(2):119-27.
Brasil. A.C. Camargo Câncer Center - Centro de diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa [Internet]. 2018. [citado 2017 Dez 12]. DisponÃvel em: http://www.accamargo.org.br/newsletter-atuacao/entenda-a-relacao-dos-hormonios-com-o-desenvolvimento-do-cancer-de-mama/355/
Pinheiro AB, Lauter DS, Medeiros GC, Cardozo IR, Menezes LM, Souza RMB, et al. Câncer de mama em mulheres jovens: análise de 12.689 casos. Rev Bras Cancerol 2013;59(3):351-9.
Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica. Estimativas de população 2015. Rio de Janeiro: IBGE; 2015.
Gozzo TO, Tahan FP, Andrade M, Nascimento TG, Prado MAS. Ocorrência e manejo de feridas neoplásicas em mulheres com câncer de mama avançado. Esc Anna Nery 2014;18(2):270-6.
Reyonlds H, Gethin G. The psychological effects of malignant fungating wounds. Ewna J 2015;15(2):29-32.
Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica. Projeção da população do Brasil: taxa de fecundidade total no perÃodo de 2000 a 2015. Rio de Janeiro: IBGE; 2016.
Lisboa IND, Valença MP. Caracterização de pacientes com feridas neoplásicas. Estima 2016;14(1):21-8.
Brasil. Ministério da Saúde. Lei n°12.732, de 22 de novembro de 2012. Dispõe sobre o primeiro tratamento de pacientes com neoplasia maligna comprovada e estabelece prazo para seu inÃcio. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2012.
Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Brasil avança no diagnóstico do câncer de mama. Rio de Janeiro: INCA; 2016.
Souza VB, Silva EN, Ribeiro ML, Martins WA. Hipertensão arterial no paciente com câncer. Arq Bras Cardiol 2015;104(3):246-52.
Gozzo TO, Moyses AMB, Silva PR, Almeida AM. Náuseas, vômitos e qualidade de vida de mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico. Rev Gaúcha Enferm 2013;34(3):110-6. https://doi.org/10.1590/S1983-14472013000300014
Peres VC, Veloso DLC, Xavier RM, Salge AKM, Guimarães JV. Câncer de mama em mulheres: recidiva e sobrevida em cinco anos. Texto Contexto Enferm 2015;24(3):740-7.
Wiermann EG, Diz MPED, Caponero R, Lages PSM, Araújo CZS, Bettega RTC et al. Consenso brasileiro sobre manejo da dor relacionada ao câncer. Rev Bras Oncol ClÃn 2015;10(38):132-43.
Jesus MV, Soratto MT, Ceretta LB, Schawalm MT, Zimermann KCG, Dagostim VS. As vivências da mulher com câncer frente a mastectomia. Rev Saúde Com 2013;9(3):195-206.Simões AR, Eiras M, GrilloIM. Desvio de posicionamento em radioterapia para patologias de cabeça e pescoço e próstata: revisão de literatura. Rev Saúde Tecnologia 2012;8:24-30.
Cruz FS; Rossato LG. Cuidados com o paciente oncológico em tratamento quimioterápico: o conhecimento dos enfermeiros da Estratégia Saúde da FamÃlia. Rev Bras Cancerol 2015;61(4):335-41.