Morbimortalidade hospitalar por traumatismo cranioencefálico na Bahia entre 2008 a 2017
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v18i5.3075Resumen
Introdução: Atualmente, tem-se observado uma mudança no perfil de causas de morte no Brasil, destacando-se o aumento das taxas de mortalidade por causas externas. Dentre elas, destaca-se o Traumatismo Cranioencefálico (TCE). Objetivo: Descrever os casos de internamentos, óbitos e custos hospitalares por TCE no estado da Bahia, no período de 2008 a 2017. Métodos: Estudo epidemiológico, descritivo e transversal, realizado com dados de morbimortalidade hospitalar por TCE. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação Hospitalar (SIH), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Foram registrados 64.134 internamentos por TCE. Ocorreu um total de 5.590 óbitos, com taxa de letalidade de 8,7%. A faixa etária com maior número de internações e óbitos foi de 20 a 39 anos, sendo o sexo masculino com a maior frequência. Os custos com serviços hospitalares foram de aproximadamente 65 milhões de reais nos anos analisados. Conclusão: Pode-se observar que a maior taxa de morbimortalidade em ambiente hospitalar por TCE no estado da Bahia, no período de 2008 a 2017, encontra-se na população de adultos jovens, em idade produtiva, do sexo masculino. Enfatizam-se os altos custos hospitalares pela internação e manutenção desses pacientes.
Palavras-chave: traumatismos craniocerebrais, hospitalização, epidemiologia, causas externas.
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