Vivenciando o climatério: aspectos socioeconômicos, físicos e emocionais
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v14i1.3702Resumen
Objetivo: Descrever as alterações físicas e emocionais e traçar o perfil socioeconômico das mulheres climatéricas atendidas por uma equipe de Saúde da Família do bairro São Bernardo, São Luís/MA. Métodos: Estudo descritivo, quantitativo, com 80 mulheres na faixa etária de 45 a 60 anos. A coleta de dados ocorreu nos meses de fevereiro a abril de 2011, sendo utilizado como instrumento um questionário com perguntas abertas e fechadas. Resultados: 47% das mulheres eram casadas, com ensino fundamental completo (50,2%) e trabalhavam no domicílio (75%). Das entrevistadas, 45% não possuíam definição clara acerca do climatério. Quanto às alterações físicas, verificaram-se ondas de calor (63,6%), esquecimento (52,5%), dores de cabeça (46%) e diminuição da frequência nas relações sexuais (48%). Os problemas de ordem emocionais referidos foram í ansiedade/irritabilidade (55%) e depressão com 25%. Conclusão: O estudo dessas alterações foi significativo, no sentido de buscar, continuamente, o aprimoramento do trabalho assistencial, considerando os aspectos relativos í mulher que vivencia essa nova fase de sua vida. Faz-se necessário desenvolver ações de educação em saúde no sentido de transmitir informações corretas para prevenir ou até mesmo amenizar tais sintomas, promovendo um estilo de vida saudável e condições de saúde e bem-estar.
Palavras-chave: Saúde da Família, climatério, perfil de saúde.
Citas
IBGE - 2010. História da Contagem da População. [citado 2013 Jun 20]. DisponÃvel em URL: http://www.valor.com.br/brasil/2868678/pelo-censo-casados-sao-maioria-mas-aumentou-quantidade-de-separados.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria e Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2008.
Sociedade Brasileira de Climatério (SOBRAC). Consenso brasileiro multidisciplinar de assistência à saúde da mulher climatérica. São Paulo: Segmento; 2003.
Sampaio Neto LF. Climatério: perÃodo de transição da vida das mulheres. São Paulo: PUC; 2007.
Almeida LHRB, Luz MHBA, Monteiro CFS. Ser mulher no climatério: uma análise compreensiva pela enfermagem. Rev Enfermagem UERJ 2007:15(3):370-75.
Santos LM, Campoy MA. Vivenciando a menopausa no ciclo vital: percepção de mulheres usuárias de uma unidade básica de saúde. O Mundo da Saúde São Paulo 2008;32(4):486-94.
Valença C, Filho JMN, Germano RM. Mulher no climatério: reflexões sobre desejo sexual, beleza e feminilidade. Saúde Soc São Paulo 2010;19(2):273-85.
Silva AR, Ferreira TF, Tanaka ACD. História ginecológica e sintomatologia climatérica de mulheres pertencentes a uma unidade de saúde pública do estado do Acre. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum 2010;20(3):778-86.
Gravena AAF, Rocha SC, Romeiro TC, Dell Agnolo C, Gil LM, Carvalho MDB, et al. Sintomas climatéricos e estado nutricional de mulheres na pós-menopausa usuárias e não usuárias de terapia hormonal. Rev Bras Ginecol Obstet 2013;35(4):178-84.
Gonçalves R, Merighi MAB. Reflexões sobre a sexualidade durante a vivência do climatério. Revista Latinoam Enferm 2009;17(2):160-6.
Badran AV, Araújo ALL, Nagae DKI, Takahashi LR, FormÃcola NR, Miyamoto WR, et al. Aspectos da sexualidade na menopausa. Arq Med Hosp Fac Cienc Med 2007;52(2):39-43.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria e Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2008.
Coelho DNP, Daher DV, Santana RF, Santo FHE. Percepção de mulheres idosas sobre sexualidade: implicações de gênero e no cuidado de enfermagem. Rev Rene 2010;11(4):163-73.
Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica. 2011. Renda familiar. [citado 2013 Jun 20]. DisponÃvel em: URL: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2019.
IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego 2003-2011. [citado 2013 Jun 20]. DisponÃvel em: URL: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_Trabalho_Perg_Resp_2012.pdf
Almeida LHRB, Luz MHBA, Monteiro CFS. Ser mulher no climatério: uma análise compreensiva da vivência de mulheres pela enfermagem. Rev Enferm UERJ 2009;15(3):370-5.
De Lorenzi DRS, CatanI LB, Moreira K, ÃrticoI GR. Assistência à mulher climatérica: novos paradigmas. Rev Bras Enferm 2009;62(2):287-93.
Silva RM, Araújo C. B, Silva ARV. Alterações biopsicossociais da mulher no climatério. Revista Brasileira em Promoção à Saúde 2003;16(1/2):28-33.
Polisseni ÃF, Araujo DAC, Polisseni F, Mourão Junior CA, Polisseni J, Fernandes ES, et al. Depressão e ansiedade em mulheres climatéricas: fatores associados. Rev Bras Ginecol Obst 2009;31(1):28-34.
Araújo ZMSS, Saraiva KRO. Autoestima de mulheres hipertensas que vivenciam o climatério. Revista Brasileira em Promoção da Saúde 2004;17(1):31-6.
Machado VSS, Valadares ALR, Paiva LC, Moraes S, Pinto Neto AM. Morbidades e fatores associados em mulheres climatéricas: estudo de base populacional em mulheres com 11 anos ou mais de escolaridade. Rev Bras Ginecol Obstet 2012;34(5):215-20.
MartÃnez MD, González-Arratia NI, Barneveld JO, DomÃnguez-Espinosa AC. Factores psicosociales predictores de la satisfacción con la vida en la perimenopausia y posmenopausia. Aquichán 2012;12(3):298-307.
Lopes MEL, Costa SFG, Gouveia EML, Evangelista CB, Oliveira AMM, Costa KC. Assistência à mulher no climatério: discurso de enfermeiras. Rev Enferm UFPE 2013;7(1):665-71.
Soares GR, Simoes SMF, Silveira KLF, Halász FC, Antunes EC. O viver de mulheres no climatério: revisão sistemática da literatura. Enfermeria Global 2012; 25:52-463.
Oliveira DM, Jesus MCP, Merighi MAB. O climatério sob a ótica de mulheres assistidas em uma Unidade de Saúde da FamÃlia de Juiz de Fora - Minas Gerais. Revista de APS 2008;11(1):42-53.