O cotidiano do trabalho em cuidados paliativos na percepção dos profissionais de saúde
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v11i5.3820Resumen
O objetivo foi identificar o recebimento de capacitação em cuidados paliativos, bem como conceito de finitude, sentimentos, fatores de interferência e mecanismos de superação e o tipo de relação interpessoal mantida. Pesquisa de campo e transversal com abordagem quali-quantitativa desenvolvida com 20 profissionais de saúde que trabalhavam diretamente com clientes em cuidados paliativos em um hospital filantrópico da capital paulista. Os resultados revelaram que, apesar da maioria não ter capacitação nessa área, foi unânime a afirmativa de sua importância. Consideram a finitude humana uma etapa a ser vivida com dignidade. A dor, angústia, medo e depressão foram as condições mais recordadas no atendimento dos clientes. As interferências cotidianas mais citadas foram a escassez de pessoal, material, tempo, desvalorização profissional e problemas comunicacionais. Os mecanismos de enfrentamento citados estavam ligados í humanização, ética e responsabilidade. A relação entre profissionais e binômio profissional-cliente foi avaliada como boa e favorável ao aprendizado.
Palavras-chave: cuidados paliativos, profissional de saúde, paciente terminal.
Citas
Hospital Santa Marcelina. Manual de Cuidados Paliativos: controle dos sintomas. 2ª ed. São Paulo: Hospital Santa Marcelina; 2008.
Breitbart W. As metas dos cuidados paliativos: além do controle dos sintomas. Palliata Cuidados de Suporte 2006;4(1):1-2.
Kruse M, Vieira R, Ambrosini L, Niemeyer F, Pacheco F da. Cuidados Paliativos: uma experiência. Revista HCPA 2007;27(2):49-52.
Bellato R, Araujo AP de, Ferreira HF, Rodrigues PF. A abordagem do processo de morrer e da morte feita por docentes em um curso de graduação em Enfermagem. Acta Paul Enferm 2007;20(3):255-63.
Silva RF da, Hortale VA. Cuidados paliativos oncológicos: elementos para o debate de diretrizes nesta área. Cad Saúde Pública 2006;22(10):2055-66.
Pessini L, Bertachini L. Humanização e cuidados paliativos. O conceito e a filosofia de cuidados paliativos. São Paulo: Loyola; 2004. p.181-186.
Brandão C. Câncer e cuidados paliativos: definições. Prática Hospitalar 2005;42(7):54-56.
Organização Mundial da Saúde (OMS) Definition of Palliative Care 2002. [citado 2011 Mai 13]. DisponÃvel em URL: http://www.who.int/cancer/palliative/definition/en/.
Taquemori LY, Sera CTN. Cuidado paliativo.Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo: São Paulo; 2008. p.55-7.
Thaller TS, Silva MJP, Possari JF. Identificação das fases do processo de morrer pelos profissionais de Enfermagem. Acta Paul Enferm 2006;19(2):144-9.
Figueiredo MT. Educação em cuidados paliativos, uma experiência brasileira. Mundo Saúde 1995;27(1):165-70.
Campos MA. O trabalho em equipe multiprofissional: Uma reflexão critica. J Bras Psiquiatr 1992;41(6):256-7.
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Definição e objetivo. [citado 2011 Mai 17]. DisponÃvel em URL: http://www.coffito.org.br
Silva MJP, Araujo MT, Firmino F. Cuidado Paliativo. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo; 2008. p.58-87.
Boemer MR. Sobre cuidados paliativos. Rev Esc Enferm USP 2009;43(3):500-1.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8ª ed. São Paulo: Hucitec; 2004.
Pimenta CAM, Mota DDCF. Educação em cuidados paliativos. In: Pimenta CAM, Mota DDCF, Cruz DALM, eds. Dor e cuidados paliativos. São Paulo: Manole; 2006. p.29-44.
International society of nurses cancer care (ISNCC). A core curriculum for palliative nursing. Mediate Health Consulting. 2aed. Cheshire UK; 2002.
Fredrickson BL. The role of positive emotions in positive psychology: the broaden-and-build theory of positive emotion. Am Psychol 2001;56:218-26.
Seligman MEP, Csikszentmihallyi M. Positive psychology: an introduction. Am Psychol 2000;55(1):5-14.
Camargo ALLS, Brandt RA. Transtornos factÃcios: desafio ético. Ed Cont Saúde 2008;6(4):188-90.
Martins LAN. Residência médica: estresse e crescimento. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2005.
Rego S, Palácios M. A finitude humana e a saúde pública. Cad Saúde Pública 2006;22(8):1755-60.
Prochet TC. Os sentimentos e os pensamentos sobre a morte e o processo de morrer. Enfermagem Brasil 2009;8(3):131-8.
Nogueira ACC, Oliveira CH, Pimentel V. O Profissional da Saúde e a Finitude Humana: a negação da morte no cotidiano profissional da assistência hospitalar. Revista Virtual Textos e Contextos 2006;5(2):1-12.
Singer PA, Bowman KW. Quality end-of-life care: a global perspective. BMC Palliat Care 2002;1(4):1-10.
Oliveira FT, Flavio DA, Marengo MO, Silva RHA. Bioética e humanização na fase final da vida: visão de médicos. Rev Bioét 2011;19(1):247-58.
Araujo MFS, Veras KFO. Processo e precarização do trabalho no programa de saúde da famÃlia. Revista Eletrônica de Ciências Sociais 2009;14:41-56.
Waldow VR. Cuidar expressão humanizadora da Enfermagem. 2a ed. Petrópolis: Vozes; 2007.
Boff L. Saber cuidar, ética do humano: compaixão pela Terra. 16a ed. Petrópolis: Vozes; 2009.