Humanização da assistência sob a ótica dos pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v10i5.3873Resumen
A complexidade da assistência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) gerada pela demanda de serviços e clientes que se encontram em risco iminente de morte contribui para presença de condutas, muitas vezes, impessoais, além de fatores geradores de estresse, desgaste físico e psicológico. Todavia, compete í equipe multiprofissional, especialmente í de enfermagem, promover assistência especializada e sistematizada aos pacientes críticos acolhendo-os, de maneira humanizada, nesta unidade tão crítica. Este estudo objetivou identificar os sentimentos vivenciados pelos pacientes que foram internados em uma UTI, após o período de hospitalização, identificando suas expectativas em relação ao atendimento da equipe médica e de enfermagem. Os resultados mostraram que, antes de ficarem hospitalizados em uma UTI, os pacientes percebiam a unidade como um ambiente propício para a espera da morte. Porém, após a internação, relataram sentir-se em um ambiente calmo, tranquilo, onde puderam descansar, mesmo com os sons emitidos pelos equipamentos. Evidenciou-se que a presença permanente do médico e da equipe de enfermagem faz com que os pacientes se sintam protegidos e acolhidos durante a hospitalização.
Palavras-chave: humanização, unidade de terapia intensiva, paciente.
Citas
Gomes AM. Enfermagem na unidade de terapia intensiva. São Paulo: EPU; 1998.
Ratton JLA, Serufo JC. Critérios de admissão e alta em unidade de tratamento. In: Ratton JLA, Couto RC. et al. Emergências médicas e terapia intensiva. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. p. 1-3.
Deslandes FS. Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar. Ciênc Saúde Coletiva 2004;9(1):7-14.
Bueno FS. Minidicionário da lÃngua portuguesa. São Paulo: FTD; 2000.
Matsuda LM, Silva N, Tisolin AM. Humanização da assistência de enfermagem: estudo com clientes no perÃodo pós-internação de uma UTI adulto. Acta Sci Health Sci 2003;25(2):163-170.
Brasil. Lei nº 3432, de agosto de 1998. Estabelece Critérios de Classificação para as Unidades de Tratamento Intensivo. Diário Oficial, BrasÃlia, 13 agosto. Seção 1.12. p.109-110.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Programa nacional de humanização da assistência hospitalar. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2001.
Bardin L. Análise de conteúdo. Traduzido por: Reto LA, Pinheiro A. Lisboa: Edições 70; 1977.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 3ª ed. São Paulo: Hucitec; 1994.
Hudak CM, Gallo BM. Cuidados intensivos de enfermagem: uma abordagem holÃstica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1997.
Novaes MAFP, Kühl SD. Aspectos psicológicos em UTI. In: Knobel E. Condutas no paciente grave. 2ª ed. São Paulo: Atheneu; 1998.
Guanaes A, Souza RP. Objetivos, conceito, histórico e filosofia. In: Magalhães AMPB, ed. Humanização em cuidados intensivos - AMIB. Rio de Janeiro: Revinter; 2003. p. 1-8.
Armelin MVAL. Apoio emocional às pessoas hospitalizadas [Dissertação]. Ribeirão Preto: EERP- USP; 2000.
Pessini L, Bertachini L, eds. Humanização e cuidados paliativos. 3ª ed. São Paulo: Loyola; 2006.
Silva CC. Apoio psicológico ao cliente hospitalizado: uma contribuição para o estudo [Dissertação]. Rio de Janeiro: UNIRIO; 1987.
Chama RC, Bittes Júnior A. Relacionamento interpessoal aluno-paciente: quando começar? In: Congresso Brasileiro de Enfermagem, 45, Recife, 1993. ANAIS. Recife, Ass Bras Enf-Seção Recife, 1994.
Pinho LB, Santos SMA. Fragilidades e potencialidades no processo de humanização do atendimento na unidade de terapia intensiva: um estudo qualitativo de abordagem dialética. Online Braz J Nursing 2007;6(1).
Leite RS, Nunes CV, Beltrame I. Humanização hospitalar: análise da literatura sobre atuação de enfermagem [Tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem; 2002.
Salicio DMBS, Gaiva MAM. O significado de humanização da assistência para enfermeiros que atuam em UTI. Rev Eletrônica Enferm 2006;8(3):370-76.
Knobel E. Condutas no paciente grave. 2ª ed. São Paulo: Atheneu; 1998.
Gomes LC, Fraga MNO. Doenças, hospitalização e ansiedade: uma abordagem em saúde mental. Rev Bras Enferm 1997;50(3):425-40.
Silva MJP. O papel da comunicação na humanização da atenção à saúde. Rev Bioética 2002;10(2):73-88.
Silva MJP. O amor é o caminho: maneiras de cuidar. São Paulo: Gente; 2000.
Bolela F, Jericó MC. Unidades de terapia intensiva: considerações da literatura acerca das dificuldades e estratégias para sua humanização. Esc Anna Nery Rev Enferm 2006;10(2):1-13.
Campos RO. Humanização da Assistência Hospitalar: um sonho em andamento. Rev SOBECC 2002;7(3):15-16.
Margherita A. Exemplo em segurança do paciente. Rev COREN 2007;69:10-11.
Vila VSC, Rossi LA. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva: muito falado e pouco vivido. Rev Latinoam Enfermagem 2002;2(10):137-144.
Silva LCL, Porto IS, Figueiredo NMA. Reflexões acerca da assistência de enfermagem e o discurso de humanização em terapia intensiva. Esc Anna Nery Rev Enf 2008;12(1):156-9.