Visão de acadêmicas da área da saúde a respeito da anticoncepção de emergência
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v10i6.3882Resumen
Trata-se de um estudo tipo pesquisa-ação, tendo como objetivo mostrar a visão de acadêmicas da área da saúde a respeito da anticoncepção de emergência (AE). Foi desenvolvido com 15 acadêmicas de uma universidade de Santa Catarina por meio de entrevista individual associada ao processo dialógico de cuidar-educar. Teve como referencial as Diretrizes do Ministério da Saúde, o Manual dos Direitos Sexuais e Reprodutivos: uma prioridade do governo e o Caderno Direitos Sexuais e Reprodutivos: Anticoncepção de Emergência. Surgiram 6 categorias de análise: conhecimento a respeito da AE; AE vista como segurança í mulher; a relação da pílula AE com o aborto; os cursos, a mídia e os serviços de saúde como fonte de informação; a AE representando risco para a saúde; preocupação com a venda e distribuição indiscriminada da AE. Foi identificado que as acadêmicas têm a visão de que o uso da AE deve ser somente como última alternativa e de forma criteriosa, a fim de evitar uma possível gravidez indesejada. Evidenciou-se desconhecimento ou pouca informação sobre a pílula, talvez em virtude do desinteresse das mesmas pela não utilização. Constatou-se que os cursos de graduação, em sua maioria, não estão oferecendo informações necessárias no que se refere í AE, deixando lacunas na informação, o que pode ser prejudicial para o profissional.
Palavras-chave: anticoncepção de emergência, conhecimento, saúde da mulher, cuidar-educar.
Citas
Ministério da Saúde. Anticoncepção de emergência: perguntas e respostas para profissionais de saúde. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2006.
Figueiredo R, Bastos S. Contracepção de emergência: atualização, abordagem, adoção e impactos em estratégias de DST/AIDS. São Paulo: Instituto de Saúde; 2008.
Ministério da Saúde. Anticoncepção de emergência: perguntas e respostas para profissionais de saúde. 2a ed. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2010.
Ministério da Saúde. Anticoncepção de emergência: perguntas e respostas para profissionais de saúde. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2005.
Ministério da Saúde. Cartilha dos direitos sexuais e reprodutivos: uma prioridade do governo. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2005.
Figueiredo R, Andalaft Neto J. Uso de contracepção entre adolescentes e jovens. Rev SOGIA-BR 2005;6(2):11.
Salmeron NA, FucÃtalo AR. Programa de saúde da famÃlia: o papel do enfermeiro na área de saúde da mulher. Saúde Coletiva 2008;4(19):25-9.
Dyniewicz AM. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. São Paulo: Difusão; 2007.
Mimayo MCS, ed. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 3a ed. Petrópolis: Vozes; 1994.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996: dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos [online]. [citado 2011 Mar 22]. DisponÃvel em: URL: http://www.datasus.gov.br/conselho/resol96/RES19696.htm.
Conselho Regional de Enfermagem. Série cadernos de enfermagem: consolidação da legislação e ética profissional. Florianópolis: Quorum Comunicação; 2010. 136p.
Minayo MCS. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 26a ed. Petrópolis: Vozes; 2007.
Aquino DS. Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade? Ciênc Saúde Coletiva 2008;13:733-6.
Saito MI, Leal MM. Adolescência e contracepção de emergência: fórum 2005. Rev Paul Pediatr 2007;25(2):180-6.