Saberes e impactos da internação domiciliar: um estudo sob a ótica dos profissionais de saúde

Autores/as

  • Ana Paula Magalhães
  • Magno Conceição das Merces UNEB
  • Márcio Costa de Souza UNEB
  • Jaine Kareny da Silva UNEB
  • Mônica Oliveira Rios UNEB
  • Jessica Lane Pereira Santos UNEB

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v16i1.901

Resumen

Objetivo: Compreender os saberes e impactos assistenciais da Internação Domiciliar (ID) em um municí­pio do sudoeste baiano sob a ótica dos profissionais de saúde deste serviço. Material e métodos: Estudo qualitativo e descritivo realizado com 11 profissionais de saúde da ID. A coleta de dados foi realizada mediante entrevista semiestruturada nos meses de março e abril de 2014, com posterior análise de conteúdo segundo Bardin. Resultados: Os principais saberes estão relacionados ao conceito do programa de ID, critérios de inclusão dos usuários e a sua diferença em relação ao cuidado em ambiente hospitalar. Os principais impactos são: redução de reinternações hospitalares, aumento das vagas de leitos, maior participação dos familiares no cuidado, garantia da equidade e universalidade. Conclusão: O conhecimento da estrutura organizacional da ID pode auxiliar na melhor qualidade de assistência em domicí­lio, promovendo um cuidar pleno e efetivo.

Palavras-chave: profissionais da saúde, serviços de assistência domiciliar, saúde pública.

Biografía del autor/a

Ana Paula Magalhães

Enfermeira, Especialista em Educação Permanente em Movimento

Magno Conceição das Merces, UNEB

Enfermeiro e Biólogo, Doutorando em Ciências da Saúde, Professor Auxiliar da Universidade do Estado da Bahia, Salvador/BA

Márcio Costa de Souza, UNEB

Ft., Doutorando em Medicina e Saúde Humana, Professor Assistente da Universidade do Estado da Bahia, Salvador

Jaine Kareny da Silva, UNEB

M.Sc., Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem e Saúde, Professora Assistente da Universidade do Estado da Bahia - Campus XII/Guanambi

Mônica Oliveira Rios, UNEB

Enfermeira, Mestrado profissionalizante em Enfermagem, Professora Auxiliar da Universidade do Estado da Bahia - Campus XII/Guanambi

Jessica Lane Pereira Santos, UNEB

Enfermeira, Residente em Terapia Intensiva, Professora Auxiliar da Universidade do Estado da Bahia - Campus XII/Guanambi  

Citas

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.809, de 7 de dezembro de 2012. Estabelece a organização dos Cuidados Prolongados para retaguarda à Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) e às demais Redes Temáticas de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Ministério de Estado da Saúde; 2012.

Oliveira SG, Quintana AM, Budó MLD, Kruse MHL, Beuter M. Internação domiciliar e internação hospitalar: semelhanças e diferenças no olhar do cuidador familiar. Texto & Contexto Enferm 2012;21(3):591-9.

Mesquita SRAM, Anselmi ML, Santos CB, Hayashida M. Programa interdisciplinar de internação domiciliar de Marília-SP: custos de recursos materiais consumidos. Rev Latinoam Enferm 2005;13(4):555-61.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.529 de 19 de outubro de 2006. Institui a internação domiciliar no âmbito do SUS e dá outras providências. Brasília: Ministério de Estado da Saúde; 2006.

Brasil. Ministério da Saúde. Atenção domiciliar no SUS: resultados do laboratório de inovação em atenção domiciliar. Brasília: Ministério da Saúde/ Organização Pan-Americana da Saúde; 2014.

Martelli DRB, Silva MS, Carneiro J, Bonan PRF, Rodrigues LHC, Martelli-Júnior H. Internação domiciliar: o perfil dos pacientes assistidos pelo Programa HU em Casa. Physis 2011;21(1):147-57.

Bardin L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2012.

Lacerda MR, Oliniski SR, Giacomozzi CM. Familiares cuidadores comparando a internação domiciliar e a hospitalar. Fam Saúde Desenv 2004;6(2):110-8.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 963, de 27 de maio de 2013. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Ministério do Estado da Saúde; 2013.

Franco TB, Merhy EE. A produção imaginária da demanda e o processo de trabalho em saúde. In: Pinheiro R, Mattos RA, eds. Construção social da demanda: direito à saúde, trabalho em equipe, participação e espaços públicos. Rio de Janeiro: IMS-UERJ; 2005. p. 181-93.

Feuerwerker LCM, Merhy EE. A contribuição da atenção domiciliar para a configuração de redes substitutivas de saúde: desinstitucionalização e transformação de práticas. Rev Panam Salud Publica 2008;24(3):180-8.

Oliveira SG, Quintana AM, Denardin-Budó ML, Moraes NA, Lüdtke MF, Cassel PA. Internação domiciliar do paciente terminal: o olhar do cuidador familiar. Rev Gaúcha Enferm 2012;33(3):104-10.

Blois JM, Cartana MHF, Sasso GTMD, Martins CR. Home care as a possibility of art expression, creativity and access to technology: an analysis on the subject. Online Braz J Nurs 2008;7(1):385-91.

Giacomozzi CM, Lacerda MR. A prática da assistência domiciliar dos profissionais da estratégia de saúde da família. Texto & Contexto Enferm 2006;15(4):645-53.

Oliveira BRGD, Collet N, Vieira CV. Sofrimento psíquico da família de crianças hospitalizadas. Rev Bras Enferm 2006;59(6):769-74.

Shcwonke CRGB, Silva JRS, Casalinho ALD, Santos MC, Vieira FP. Internação domiciliar: Reflexões sobre a participação do cuidador/ família/ enfermeiro no cuidado. Ensaios e ciências: C. Biológicas, Agrárias da Saúde 2008;12(1):77-90.

Pereira MJB, Mishima SM, Fortuna CM, Matumoto S. Assistência Domiciliar – conformando o modelo assistencial e compondo diferentes interesses/necessidades do setor saúde. Rev Latinoam Enferm 2005;13(6):1001-10.

Leão AC, Souza MC, Valente GS, Viana LO. A formação do enfermeiro para a assistência de portadores de necessidades especiais, com paralisia cerebral submetido à internação domiciliar. Rev Enfermeira global 2009;(16):1-14.

Monteiro CP, Monteiro JL. Internação domiciliária. In: Duarte Y, Diogo M, eds. Atendimento domiciliário: um enfoque gerontológico. São Paulo: Atheneu; 2000. p. 584.

Lacerda MR, Giacomozzi CM, Oliniski SR, Truppel TC. Atenção à saúde no domicílio: modalidades que fundamentam sua prática. Saude Soc 2006;15(2):88-95.

Cotta RMM, Varela SMM, González AL, Cotta JS Filho, Real ER, Ricós AD. A hospitalização domiciliar: antecedentes, situação atual e perspectivas. Rev Panam Saúde Publica 2001;10(1):45-55.

DATASUS. Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES): Informação sobre número de leitos hospitalares (SUS). Brasília: Ministério da Saúde; 2014.

Santana CR, Alves ED. Estudo sobre os limites e possibilidades do programa de internação domiciliar em desospitalizar doentes portadores de doenças crônico degenerativas na regional de saúde do Paranoá. Rev Eletrônica Gestão & Saúde 2014;5(1):37-46.

Paz AA, Santos BRL. Programas de cuidado de enfermagem domiciliar. Rev Bras Enferm 2003;56(5):538-41.

Barata LRB, Tanaka OY, Mendes JDV. 15 anos de SUS: desafios e perspectivas. In: Conselho Nacional de Secretários e Saúde, organizador. Convergências e divergências sobre gestão e regionalização do SUS. Brasília: Conselho Nacional de Secretários e Saúde; 2004. p. 87-103.

Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Ciênc Saúde Coletiva 2010;15(5):2297-2305.

Publicado

2017-02-15

Número

Sección

Artículos originales