Prevalência de Diabetes Mellitus em idosos da zona rural no Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v17i4.990Resumen
Objetivo: Avaliar a prevalência de diabetes mellitus autorreferido em idosos residentes na zona rural. Métodos: Pesquisa quantitativa de caráter descritivo e delineamento transversal, com idosos de dez Unidades Básicas de Saúde com Estratégia de Saúde de Família, de julho a outubro de 2014. Resultados: Dos 820 idosos entrevistados, 139 referiram ter Diabetes Mellitus (DM), sendo 131 do tipo II. A prevalência de DM foi de 16,9%, 53,2% dos idosos estavam na faixa etária de 60 a 69 anos, 65,6% eram do sexo feminino, 87,8% de cor branca, 79,6% tinham renda de até dois salários mínimos e 43,9% tinham o ensino fundamental incompleto. Destaca-se o alto índice de peso em excesso, entre as complicações a retinopatia, a neuropatia e a nefropatia. A maioria dos idosos relatou sua autopercepção de saúde como boa ou ótima. Conclusão: Encontrou-se alta prevalência de DM, acima do índice mundial, bem como alto índice de complicações. Esta doença é desafiadora para os serviços de saúde. Ressalta-se a importância de profissionais de saúde manter conhecimentos acerca da doença, etiologia e sintomas, para que se possa intervir nos cuidados a esta patologia, bem como na prevenção de complicações.
Palavras-chave: Enfermagem, idoso, zona rural, diabetes mellitus.
Citas
International Diabetes Federation (IDF). Diabetes Atlas de la fid. 2015- Atualização. 8ª ed; 2017.
Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE). Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade Pelotas (RS)-2010. [citado 2018 Abr 3]. DisponÃvel em: http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php?codigo=431440&corhomem=3d4590&cormulher=9cdbfc
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Número do Diabetes no Brasil.[online] 2018. [ citado 2018 Abr 3]. DisponÃvel em: http://www.endocrino.org.br/numeros-do-diabetes-no-brasil/
World Health Organization (WHO). World health statistics 2012. [citado 2018 Abr 3]. DisponÃvel em: http://www.diabetes.org.br/ultimas/o-avanco-do-diabetes-no-mundo-segundo-a-oms
Matias COF, Matias COF, Alencar BR. Qualidade de vida em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2 atendidos em Unidades Básicas de Saúde de Montes Claros/MG. Revista Brasileira de Qualidade de Vida 2016;8(2):119-29.
Tavares DMS, Santos TG, Dias FA, Bolina AF, Ferreira PCS. Health and leisure among elderly rural diabetics with and without indications of depression. Rev Enferm UERJ 2015;23(4):548-55.
Llano PMP, Lange C, Casagranda LP, Santos F, Castro DSP, Pinto AH et al. Research experience developed with elderly who live in the countryside. J Nurs Health 2015;5(2):153-61.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 466, de 12 de dezembro de 2012: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2012.
Iser BPM, Stopa SR, Chueiri OS, Szwarcwald CL, Malta DC, Monteiro HOC et al. Self- reported diabetes prevalence in Brazil: results from National Health Survey 2013. Epidemiol Serv Saúde 2015;24(2):305-14.
Schimidt MI, Hoffmann JF, Diniz MFS, Lotufo PA, Griep RH, Bensenor IM et al. High prevalence of diabetes and intermediate hyperglycemia – The Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Diabetology & Metabolic Syndrome 2014;6:123.
Menezes TN, Sousa NDS, Moreira AS, Pedraza DF. Self-reported diabetes mellitus and associated Rev Bras Geriatr Gerontol 2014;17(4):829-39.
Brasil. Ministério da saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de doenças e agravos não transmissÃveis e promoção da saúde. Vigitel Brasil 2014: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não TransmissÃveis e Promoção da Saúde. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2015.
National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion. National Diabetes statistics reports, 2014. [online]. [citado 2018 Abr 3]. DisponÃvel em: http://www.cdc.gov/diabetes/pubs/statsreport14/national-diabetes-report-web.pdf
Brito IC, Lopes AA, Araújo LMB. Associação da cor da pele com diabetes mellitus tipo 2 e intolerância à glicose em mulheres obesas de Salvador, Bahia. Arq Bras Endocrinol Metab 2001;45(5):475-80.
Cortez DN, Reis IA, Souza DAS, Macedo MML, Torres HC. Complications and the time of diagnosis of diabetes mellitus in primary care. Acta Paul Enferm 2015;28(3):250-5.
Genz J, Haastert B, Müller H, Verheyen F, Cole D, Rathmann W et al. Socioeconomic factors and effect of evidence-based patient information about primary prevention of type 2 diabetes mellitus – are there interactions? BMC Res Notes 2014;7(1):541.
Rempel C, Haetinger C, Sehnem E. Reflexões de idosos sobre as relações entre o trabalho rural, problemas de coluna e postura corporal. Estud Soc Agric 2013;21(2):289-307.
Maia EM. Educação rural no Brasil: O que mudou em 60 anos? Revista da Associação Nacional de Educação 1982;1(3):5-11.
Caldas, ACS, Morais, MMP, Nunes, FDO, Dias RS, Sousa SMA. Characteristic of diabetic patients served in the ambulatory of a university hospital. Rev Pesq Saúde. 2018;18(1):41-44.
Jannuzzi FF, Cintra FA, Rodrigues RCM, São-João TM, Gallani MCBJ. Adesão medicamentosa e qualidade de vida em idosos com retinopatia diabética. Rev Latinoam Enferm 2014;22(5):902-10.
Stopa SR, César CLG, Segri NJ, Goldbaum M, Guimarães VMV, Alves MCGP. Self-reported diabetes in older people: comparison of prevalences and control measures. Rev Saúde Pública 2014;48(4):554-62.
Borges AM, Santos G, Kummer JA, Fior L, Molin VD, Wibelinger LM. Self- perceived health in elderly living in a city in Rio Grande do Sul state. Rev Bras Geriatr Gerontol 2014;17(1):79-86.
Mendes LL, Gazzinelli A, Velásquez-Meléndez G. Factors associated with insulin resistance in rural populations. Arq Bras Endocrinol Metab 2009;53(3):333-9.
Silva EV, Paniz VMV, Laste G, Torres ILS. The prevalence of morbidity and symptoms among the elderly: a comparative study between rural and urban areas. Ciênc Saúde Coletiva 2013;18(4):1029-40.
