Perfil sociodemográfico, clí­nico e terapêutico de pacientes com câncer em uso de opioides e com constipação intestinal

Autores

  • Glenda Agra UFCG
  • Ana Ester Dantas Lopes UFCG
  • Ana Paula Mendonça Falcone UFCG
  • Egberto Santos Carmo UFCG
  • Leonardo Lima Nascimento Silva Filho
  • Janislei Soares Dantas

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v17i3.1195

Resumo

O objetivo deste estudo foi descrever o perfil sociodemográfico, clí­nico e terapêutico de pacientes oncológicos em uso de opioides com constipação intestinal. Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal realizada em um hospital filantrópico da Paraí­ba em 2015, com 20 pacientes oncológicos em uso de opioides apresentando constipação intestinal. A pesquisa foi realizada a partir de um questionário semiestruturado, contendo questões objetivas e subjetivas baseadas nos Critérios de Roma III e Escala de Bristol. Para a análise dos dados foi adotada a estatí­stica descritiva, cujos dados foram discutidos í  luz da literatura. Os resultados revelam uma ocorrência da constipação intestinal maior em mulheres e está relacionada ao uso frequente de opioides, sobretudo de morfina. Portanto, vê-se a importância da constipação intestinal ser abordada pela equipe multiprofissional de forma a realizar ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando í  prevenção e ao tratamento, haja vista ser um sintoma que está relacionado aos fármacos prescritos, í  dieta e aos hábitos de vida.

Palavras-chave: neoplasia, analgésicos opioides, constipação intestinal.

Biografia do Autor

Glenda Agra, UFCG

Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande/PB, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraí­ba, Membro Adjunto da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.

Ana Ester Dantas Lopes, UFCG

Enfermeira, Universidade Federal de Campina Grande, campus Cuité, Paraí­ba (UFCG/PB)

Ana Paula Mendonça Falcone, UFCG

Nutricionista, Docente da Universidade Federal de Campina Grande, campus Cuité, Paraí­ba (UFCG/PB)

Egberto Santos Carmo, UFCG

Docente do Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Federal de Campina Grande, campus Cuité, Paraí­ba (UFCG/PB)

Leonardo Lima Nascimento Silva Filho

Enfermeiro, Especialista em Enfermagem em Nefrologia

Janislei Soares Dantas

Enfermeira, Especialista em Enfermagem Dermatológica

Referências

Agra G, Fernandes MA, Platel ICS, Barros NCB, Freire MEM. Constipação em pacientes com doença oncológica avançada em uso de opioides. Mundo da Saúde 2013; 37(4):472-8.

Caponero R, Jorge JMN, Melo AGC. Consenso brasileiro de constipação intestinal induzida por opoides. Rev Bras Cuidados Paliativos 2009;Supl1:1-34.

Marmo MCR, Caran EMM, Puty FCB, Morais MB. Avaliação do hábito intestinal em pacientes com câncer que utilizaram morfina para o controle da dor. Rev Dor 2012;13(3):243-8.

Shu-Yu, Chung-Yin L, Chien-Yi W, Hui-Ya, Joh-Jong H, Chia-Tsuan H et al. Symptom patterns of advanced cancer patients in a palliative care unit: longitudinal assessments of symptoms improvement. BMC Palliat Care 2016;15(1):32.

Lima MB, Pereira MCA. Constipação intestinal em pacientes tratados com opioides: uma revisão integrativa da literatura. Rev Bras Promoç Saúde 2017;30(2):275-82.

Feudtner C, Freedman J, Kang T, Womer JW, Dai D, Faerber J. Comparative effectiveness of senna to prevent problematic constipation in pediatric oncology patients receiving oipoids: a multicenter study detailed administered data. J Pain Symptom Manage 2014;48(2):272-80.

Consenso Nacional de Nutrição Oncológica / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação Geral de Gestão Assistencial, Hospital do Câncer I, Serviço de Nutrição e Dietética; organização Nivaldo Barroso de Pinho. – 2. ed. rev. ampl. atual. – Rio de Janeiro: INCA; 2015. 182p.

Collete VL, Araújo CL, Madruga STW. Prevalência e fatores associados à constipação intestinal: um estudo de base populacional em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad Saúde Pública 2010;26(7):1391-402.

Cruz FRN. Constipação intestinal: abordagem medicamentosa e não medicamentosa. Int J Nutrol 2014;7(1):15-20.

Klaus JH, Nardin V, Paludo J, Scherer F, Bosco SMD. Prevalência e fatores associados à constipação intestinal em idosos residentes em instituições de longa permanência. Revi Geriatr Gerontol 2015;18(4):835-43.

Ministério da Saúde. Brasil. Instituto Nacional do Câncer – INCA. Estimativas 2016 e 2017: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2016

Ferreira VTK, Prado MAS, Panobianco MS, Gozzo TO, Almeida AM. Caracterização da dor em mulheres após tratamento de câncer de mama. Esc Anna Nery 2014;18(1): 107-11.

Franco D, Tavares Filho JM, Cardoso P, Moreto Filho L, Reis MC, Boasquevisque CHR, et al. A cirurgia plástica na reconstrução da parede torácica: aspectos relevantes – série de casos. Rev Col Bras Cir 2015;42(6):366-71

Chumpitaz-Corredor D, Lara-Solares A. Existe correlación entre la dosis de opioide y el tempo de respuesta a metilnaltrexona. Rev Soc Esp Dolor 2012;19(1):11-7.

Galvez R, Provencio M, Cabo M, Pérez C, Pérez C, Canal J. Prevalencia y severidad de la disfunción intestinal inducida por opioides. Atención Primaria 2014;16(1):32-9.

Takemoto ML, Fernandes RA, Almeida GR, Monteiro RD, Colombini-Neto M, Bertola-Neto A. Health care resource use and costs in opioid-treated patients with and without constipation in Brazil. Value Health 2011;14:78-81.

Nunes BC, Garcia JBS, Sakata RK. Morfina como primeiro medicamento para tratamento da dor de câncer. Rev Bras Anestesiol 2014;64(4):236-40.

Dzierzanowski T, Cialkowska-Rysz A. Behavioral risk factors of constipation in palliative care patients. Support Care Cancer 2015;23:1787-93.

Ministério da Saúde. Brasil. Instituto Nacional de Câncer. Constipação intestinal no câncer avançado. Rio de Janeiro: INCA; 2009.

Downloads

Publicado

2018-07-16

Edição

Seção

Artigos originais