Adesão de idosos hipertensos ao tratamento farmacológico
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v18i2.2500Resumo
Introdução: O aumento da população idosa leva ao consequente aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, responsáveis pelas maiores causas de morbimortalidade mundial. Dentre as doenças crônicas a Hipertensão Arterial Sistêmica é responsável por aproximadamente 7,6 milhões de mortes ao ano no mundo. Objetivo: Sintetizar os principais resultados de pesquisas e analisar criticamente as evidências científicas relativas ao tema adesão do paciente idoso hipertenso ao tratamento farmacológico. Métodos: Revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Bases de Dados de Enfermagem (BDENF), por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): idosos, hipertensão e adesão í medicação, os quais foram integrados por meio do operador lógico booleano "AND", no período de 2010 a 2018, norteado pela seguinte questão: Quais fatores estão associados a não adesão dos idosos ao tratamento farmacológico anti-hipertensivo? Resultados: Dentre os artigos identificados, 12 estudos fizeram parte da amostra do estudo, as categorias que permitiram uma melhor apresentação das evidências científicas sobre adesão do paciente idoso hipertenso ao tratamento farmacológico foram: grau de instrução, situações estressantes, falta de vínculo com o profissional. Conclusão: Constatou-se que os fatores associados a não adesão dos idosos ao tratamento farmacológico foram: o grau de instrução, déficit cognitivo e síndrome da fragilidade; a falta de sintomas da doença, a politerapia, péssima caligrafia dos prescritores e a falta de vínculo com o profissional de saúde; bem como a presença de sintomas depressivos e eventos estressantes da vida.
Palavras-chave: idosos, hipertensão, adesão í medicação.
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