Causas de não doação de órgãos por doadores potenciais em Unidade de Terapia Intensiva

Autores

  • José Ronaldo Alves dos Santos UFS

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v13i4.3695

Resumo

Estudo transversal longitudinal com o objetivo de verificar causas de não doação de órgãos e tecidos entre doadores potenciais abordados por Comissão de Transplantes. Foram analisados 573 registros de abordagem a doadores potenciais, no perí­odo de janeiro de 2007 aoutubro de 2008, com média global mensal de 26,10 casos/mês. A faixa etária com maior incidência de negativa de doação foi acima de 71 anos (22,34%). A doação de tecidos apresentou 81,33% de anuências com aumento crescente do total geral de 2007 para 2008. Anão doação ocorreu por recusa de familiares (6,80%), problemas logí­sticos e estruturais (0,17%), contraindicação médica (89,86%). Os doadores potenciais localizavam-se no centro cirúrgico (0,70%); home care (0,17%); pronto atendimento (4,19%); residência (0,17%); setor de internação (28,62%); Unidade de Terapia Intensiva (65,10%). Concluiu-se que as causas de não doação estão relacionadas com a idade dos potenciais doadores e com as patologias associadas a estes indiví­duos. Enfatiza-se a Unidade de Terapia Intensiva como setor com maior potencial de doação, exigindo preparo dos profissionais do setor, com ênfase no médico, por ser o profissional com maior ascendência sobre a famí­lia do doador.

Palavras-chave: conhecimentos, atitudes e prática em saúde, transplante de órgãos, doação dirigida de tecido.

Biografia do Autor

José Ronaldo Alves dos Santos, UFS

Doutorando, Docente do curso de Enfermagem, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Campus Lagarto

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Publicado

2014-10-10

Edição

Seção

Artigos originais