Abordagem fisioterapêutica na reabilitação da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com prolapso genital
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v21i4.1462Palavras-chave:
prolapso genital, prolapso de órgãos pélvicos, fisioterapia, reabilitação, assoalho pélvicoResumo
Introdução: O assoalho pélvico tem como objetivo sustentar órgãos internos, principalmente o útero, a bexiga e o reto, porém qualquer alteração na cavidade pélvica pode resultar em disfunção dessa região e descida patológica dos órgãos, características dos prolapsos genitais. A fisioterapia melhora os sintomas relacionados ao prolapso genital, bem como a força muscular do assoalho. Objetivo: Identificar os procedimentos fisioterapêuticos mais utilizados e de melhor eficácia comprovada no tratamento dos prolapsos. Métodos: Foi realizado um levantamento de artigos científicos e teses em bancos de dados, nos quais foram encontrados 716 estudos. Destes, 9 foram selecionados, sendo 3 do tipo ensaio clínico randomizado controlado, 1 quase-experimental do tipo antes e depois e 5 do tipo revisão, publicados nos últimos 20 anos e relacionados ao tema proposto. Resultados: Participaram dos estudos clínicos 430 mulheres no total, que foram submetidas a intervenções como: cinesioterapia, exercícios hipopressivos e eletroestimulação transvaginal. Os estudos de revisão mencionam os efeitos do biofeedback e da cinesioterapia no manejo dos prolapsos. Conclusão: Das abordagens analisadas a cinesioterapia e os exercícios hipopressivos são os mais efetivos para o tratamento do prolapso genital, porém mais estudos são necessários para avaliar o real impacto desses recursos.
Referências
Baracho E. Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007. p.579.
Rodrigues AM, Oliveira LM, Martins KF, Roy CA, Sartori MGF, Girão MJBC et al. Fatores de risco para o prolapso genital em uma população brasileira. Rev Bras Ginecol Obstet 2009;31(1):17-21. doi: 10.1590/S0100-72032009000100004
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Indicadores sociodemográficos prospectivos para o Brasil 1991-2030. Rio de Janeiro: IBGE/UNFPA; 2006. [citado 5 fev 2008]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/publicacao_UNFPA.pdf 9
Netter FH. Atlas de Anatomia Humana. 6ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2015. p.531.
Dangelo JG, Fattini CA. Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos: com a descrição dos ossos, junturas, músculos, vasos e nervos. 2ª ed. São Paulo: Atheneu; 2009. p.493.
Silveira GPG. Ginecologia baseada em evidências. 2ª ed. São Paulo: Atheneu; 2008. p.633.
Civita V. Medicina e Saúde: Enciclopédia Ilustrada. Volume 1. São Paulo: Abril; p.239.
Frederickson HL, Wilkins-Haug L. Segredos em ginecologia e obstetrícia. 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul; 2000. p. 448.
Parker S. O livro do corpo humano: um guia ilustrado de sua estrutura, funções e disfunções. 4ª ed. São Paulo: Ciranda Cultural; 2012. p. 256.
Conceição JCJ. Ginecologia Fundamental. São Paulo: Atheneu; 2006. p. 294.
Polden M, Mantle J. Fisioterapia em Obstetrícia e Ginecologia. 1ª ed. São Paulo: Santos; 2002. p. 442.
Oliveira IM, Carvalho VCP. Prolapso de órgãos pélvicos: etiologia, diagnóstico e tratamento conservador, uma metanálise. Femina 2007;35(5):285-94.
Resende APM, Stopp L, Bernardes BT, Franco GR, Oliveira E, Girão MJBC et al. Prolapso genital e reabilitação do assoalho pélvico. Femina 2010;38(2):101-4.
Bernardes BT. Avaliação ultrassonográfica da área de secção transversal do músculo levantador do ânus de mulheres com prolapso genital submetidas ou não ao tratamento fisioterapêutico [Tese]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina; 2010.
Wiegersma M, Panman CMCR, Kollen BJ, Berger MY, Leeuwen YL, Dekker JH. Effect of pelvic floor muscle training compared with watchful waiting in older women with symptomatic mild pelvic organ prolapse: randomised controlled trial in primary care. BMJ 2010;349:73-8. doi: 10.1136/bmj.g7378
Bernardes APMR. Avaliação objetiva do impacto dos exercícios hipopressivos na reabilitação do assoalho pélvico de mulheres com prolapso genital: estudo piloto [Tese]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina; 2010.
Knorst MR, Cavazzotto K, Henrique M, Resende TL. Intervenção fisioterapêutica em mulheres com incontinência urinária associada ao prolapso de órgão pélvico. Rev Bras Fisioter 2012;16(2):102-7. doi: 10.1590/S1413-35552012000200004
Hozt FJE, Marques AA, Gallego HO. Utilidad del biofeedback perineal en las disfunciones del piso pélvico. Investig Andin 2015;31(17):17-170. doi: 10.33132/01248146.542
Filho ALS, Fonseca AMRM, Camillato ES, Cangussu RO. Análise dos recursos para reabilitação da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com prolapso e incontinência urinária. Fisioter Pesqui 2013;20(1):90-6. doi: 10.1590/S1809-29502013000100015
Cândido EB, Giarolla L, Fonseca AMRM, Monteiro MVC, Carvalho TS, Filho ALS. Conduta nos prolapsos genitais. Femina 2012;40(2):97-104.
Lima MIM, Lodi CTC, Lucena AA, Guimarães MVMB, Meira HRC, Lima LM et al. Prolapso genital. Femina 2012;40(2):69-77.
Costa TF, Resende APM, Seleme M, Stüpp L, Castro RA, Berghmans B et al. Ginástica hipopressiva como recurso proprioceptivo para os músculos do assoalho pélvico de mulheres incontinentes. Fisioter Bras 2011;12(5):365-9. doi: 10.33233/fb.v12i5.940
Korelo RIG, Gruber CR, Nagata AS, Huhnen EY, Dutra E, Santos EFN et al. Atuação da fisioterapia na síndrome do assoalho pélvico – vulvodínia e vaginismo – uma revisão da literatura. Fisioter Evid 2011;2(2):6-8.
Rodrigues BP. Abordagem fisioterapêutica na incontinência urinária de esforço na mulher idosa [Monografia]. Rio de Janeiro: Universidade Veiga de Almeida; 2008.
Moura JFAL, Marsal AS. Cinesioterapia para o fortalecimento do assoalho pélvico no período gestacional. Visão Universitária 2015;(3):186-201.
Grosse D. Reeducação perineal. Concepção, realização e transcrição em prática liberal e hospitalar. São Paulo: Manole; 2002. p. 108.
Metring NL, Cruz FCA, Takaki MR, Carbone Ébe SM. Efeitos das técnicas fisioterapêuticas utilizando a mecânica respiratória no assoalho pélvico: revisão sistemática. Rev Fisioter S Fun 2014;3(1):23-32.
Talasz H, Kremser C, Kofler M, Kalchschmid E, Lechleitner M, Rudisch A. Phase-locked parallel movement of diaphragm and pelvic floor during breathing and coughing - a dynamic MRI investigation in healthy females. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct 2011;22(1):61-8. doi: 10.1007/s00192-010-1240-z
Henscher U. Fisioterapia em Ginecologia. São Paulo: Santos; 2007. p.218.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Jenifer Emmanuelle Lopes de Araujo, Stephanie Susan dos Santos, Mônica Karina Postol
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
