A influência do músculo í­liopsoas na mensuração do ângulo poplí­teo

Autores

  • Paulo Roberto Garcia Lucareli Unip SP

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v10i1.1497

Resumo

Introdução: Os músculos flexores da coxa e flexores da perna têm importante função nas atividades funcionais. Para avaliação do comprimento desses músculos são comumente descritos os testes de Thomas, ângulo poplí­teo (AP) e ângulo poplí­teo modificado (APmod). Objetivo: Avaliar se existem diferenças nas medidas entre os testes AP e APmod em indiví­duos saudáveis e verificar se há correlação entre esta possí­vel diferença com um encurtamento do músculo í­liopsoas do membro contralateral. Métodos: Foram avaliados 30 indiví­duos saudáveis de ambos os sexos com idade entre 18 e 25 anos, nos quais foram realizados os testes de Thomas, AP e APmod. Foi utilizada a fotogrametria computadorizada para quantificar os testes. Resultados: Após análise estatí­stica, não foi observada diferença entre os valores obtidos nos testes AP e APmod (p > 0,05), nem correlações entre os testes AP e APmod versus o teste de Thomas do membro contra-lateral em ambos os membros. Conclusão: Constatamos que os flexores da coxa contralateral não influenciam na avaliação do comprimento muscular dos isquiotibiais e que não há diferença na medida entre AP e APmod, quando avaliamos indiví­duos saudáveis. Sugerimos novos estudos que avaliem esta real influência em indiví­duos adultos jovens que apresentem encurtamento do músculo í­liopsoas.

Palavras-chave: músculo psoas, exame fí­sico, articulação do quadril, biomecânica.

Biografia do Autor

Paulo Roberto Garcia Lucareli, Unip SP

M.Sc.,  Docente do Curso de Fisioterapia - Unip SP, Centro Univ. São Camilo, Membro do Núcleo em Apoio í  Pesquisa em Análise de Movimento – NAPAM

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Publicado

2017-12-16

Edição

Seção

Artigos originais