Estudo exploratório dos distúrbios musculoesqueléticos em cirurgiões-dentistas da Associação Brasileira de Odontologia - Regional Missioneira da cidade de Santo Ângelo/RS
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v10i4.1535Resumo
O objetivo do presente estudo foi investigar o perfil sócio-demográfico e possíveis alterações musculoesqueléticas dos cirurgiões-dentistas e verificar se eles têm informações ergonômicas quanto aos cuidados com a postura corporal e sobre o seu ambiente de trabalho. Trata-se de um levantamento de dados, envolvendo 38 profissionais que atuam em consultório particular, formados em diversas especialidades. Para a coleta dos dados utilizou-se um questionário, que teve por objetivo investigar os sintomas osteomusculares, os aspectos ocupacionais e hábitos de vida. Os resultados revelaram a presença de dor, principalmente na coluna e membros superiores. As atividades ocupacionais que exigem inclinação do tronco, postura estática e/ou manter os membros superiores elevados foram consideradas pelos cirurgiões-dentistas como as tarefas mais fatigantes em relação aos distúrbios musculoesqueléticos. A maioria (89%) refere ter conhecimento sobre orientações ergonômicas preventivas. Os dados da pesquisa evidenciaram que os cirurgiões-dentistas necessitam de orientações para mudanças nas posturas adotadas no trabalho odontológico que exigem sobrecargas, a fim de evitar as dores por problemas musculoesqueléticos e posturais decorrentes da profissão.
Palavras-chave: saúde ocupacional na odontologia, transtornos musculoesqueléticos, orientação ergonômica, fisioterapia.
Â
Referências
Nicoletti S. SESC on line. LER [online];1999. [citado 1999 Out 19]. DisponÃvel em URL: http://sesc.uol.com.br
Miyamoto ST, Salmasco C. Fisioterapia preventiva atuando na ergonomia e no stress do trabalho. Rev Fisioter Univ São Paulo 1999;6(1):83-91.
Brasil. Ministério do Trabalho. Manual de legislação, segurança e medicina do trabalho. 27a ed. São Paulo: Atlas; 1997.
Lee P. The economic impact of musculoskeletal disorders. Qual Life Res 1994;3(1):85-91.
NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH). Musculoskeletal disorders and workplace factors. Cincinnati: National Institute for Occupational Safety And Health; 1997.
Ribeiro HP. LER: conhecimento, práticas e movimentos sociais. São Paulo: FSP – Universidade de São Paulo; 1997.
Ministério da Saúde. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2001.
Oliveira CR. Lesões por Esforços Repetitivos (LER). Rev Bras Saud Ocup 1991;19(73):59-85.
Yeng LT, Teixeira MJ, Romano MA, Barboza HFG. Distúrbios osteomusculares relacionados com o trabalho. In: Lianza S, ed. Medicina de Reabilitação. 3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. p. 420-31.
Verderi E. Educação postural e qualidade de vida. Revista Digital, Buenos Aires 2002;8(51).
Knopplich J. Viva bem com a coluna que você tem. 25a ed. São Paulo: Ibrasa; 1996.
Figlioli M, Porto FA. Postura de trabalho em Odontologia. Publicações CientÃficas 1986;12(10).
Santos Filho SB, Barreto SM. Atividades e prevalência de dor osteomuscular em cirurgiões dentistas de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: contribuição ao debate sobre os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Cad Saúde Pública 2001; 17(1):181-193.
Ohashi MM. O perfil do cirurgião-dentista frente à ergonomia e a análise do seu ambiente de trabalho no municÃpio de São Paulo [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2002.
LER – O mal dos movimentos contÃnuos. Robrac 1998;7(23):4-5.
Castro SL, Figlioli MD. Ergonomia aplicada a dentÃstica. Avaliação da postura e posições de trabalho do cirurgião-dentista e da auxiliar odontológica em procedimentos restaurados. JBC J Bras Clin Este Odontol 1999;3(14):56-62.
Rucker LM, Sunell S. Ergonomic risk factors associated with clinical dentistry. J Calif Dent Assoc 2002;30(2):139-148.
Kawase PR. Constrangimento postural ocupacional determinada pelo equipamento odontológico [dissertação]. Santa Catarina: Universidade Federal de Santa Catarina; 2006; p.141.
Barbosa ECS, Souza FMB, Cavalcanti AL, Lucas RSCC. Prevalência de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho em cirurgiões-dentistas de Campina Grande - PB. Pesqui Bras Odontopediatria ClÃn Integr 2004;4(1):19-24.
Cruz ALC, Silveira ADS, Costa ICC. Importância da ergonomia e sua influência sobre as doenças ocupacionais da prática odontológica. Robrac 2005;14(37):26-30.
Lalumandier JA, Mophee SD, Parrott CB, Vendemia M. Musculoskeletal pain: prevalence, and differences among. Dental office personnel. Gen Dent 2001;49(2):160-66.
Ferreira MC, Mendes AM. Trabalho e riscos de adoecimento: o caso dos auditores- fiscais da Previdência Social Brasileira. BrasÃlia: LPA; 2003.
Abrahão JI. Ergonomia: modelo, métodos e técnicas. BrasÃlia: Instituto de Psicologia UNB, 1993.
Djerassi E. Some problems of the occupational diseases of dentists. Int Dent J 1971; 21(2):252-69.
Barboza HFG, Silva AC, Feller C, Gorab R. Lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho na prática odontológica. Atualização na clÃnica odontológica: módulos de atualização. São Paulo: Artes Médicas; 2000. p. 511-33.
Ferreira RC. Agentes de carga no trabalho em odontologia e principais formas de prevenção. Belo Horizonte: Ministério da Saúde; 1997b.
Mesomo JC. Gestão de qualidade na saúde - PrincÃpios básicos. São Paulo: Terra; 1994.
Baú LMS. Fisioterapia do trabalho: ergonomia reabilitação legislação. Curitiba: Clã do Silva; 2002.
Hales TR, Bernard BP. Epidemiology of work-related musculoskeletal disorders. Orthop Clin North Am 1996;27(4):679-709.
Maffat M, Vickery S. Manual de manutenção e reeducação postural. São Paulo: Artmed; 2002.
Moraes RAS, Nascimento NM. Fisioterapia na empresas. Rio de Janeiro: Taba Cultural; 2000.
Silva CM. A ergonomia na odontologia. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 1994. p. 137-46.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
