Diástase dos músculos retos abdominais em puérperas na fase hospitalar

Autores

  • Andréa Conceição Gomes Lima Novafapi

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v10i5.1566

Resumo

Introdução: Uma diástase do músculo reto abdominal (DMRA) de 3 cm ou mais em puérperas é considerada acima dos padrões de normalidade e poderão trazer maiores complicações como dores lombares, limitações funcionais e herniações das ví­sceras abdominais. Objetivo: Mensurar a DMRA em puérperas, na Maternidade do Hospital Satélite, e correlacionar com paridade, idade da puérpera, peso do recém nascido (RN) e sedentarismo. Material e métodos: Estudo transversal, observacional, com uma amostra de 30 puérperas, examinadas no mês de novembro de 2008 em relação í  paridade, ao sedentarismo e ao peso do RN. Resultados: A multiparidade foi o que apresentou uma maior relação ao aumento de DMRA, quando comparada ao grupo primigestas/secundigestas (p = 0,003). A média da DMRA em sedentárias foi de 3,7 cm e para as não sedentárias foi de 2,8 cm (p < 0,05). O peso do RN tem influência de 11,47% sobre a diástase (p < 0,067). A variável que mais evidenciou uma correlação positiva com o aumento da DMRA foi a faixa etária da gestante com influência de 42,99% sobre DMRA (p < 0,008).Conclusão: A paridade, a prática de atividade fí­sica, o peso do RN e, principalmente, a idade da gestante influenciam diretamente na variação do tamanho da DMRA durante o perí­odo de gestação.

Palavras-chave: parede abdominal, perí­odo pós-parto, fisioterapia.

Biografia do Autor

Andréa Conceição Gomes Lima, Novafapi

Ft. M.Sc.,  

Docente do curso de Fisioterapia da Novafapi

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Publicado

2017-12-16

Edição

Seção

Artigos originais