Avaliação da qualidade de vida e dos sintomas de stress em mulheres menopausadas com disfunção da articulação temporomandibular

Autores

  • Cláudia Maria Peres Cecom/Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v9i2.1620

Resumo

A literatura tem relatado que mulheres com sintomas de disfunção temporomandibular (DTM) podem apresentar depressão, ansiedade e stress pela constância da sintomatologia de desconforto e dor. O objetivo geral foi: avaliar a qualidade de vida (QV) e os sintomas de stress em mulheres menopausadas com DTM que freqüentavam o serviço do Centro de Saúde da Comunidade (CECOM)/ Coordenadoria de Serviços Sociais (CSS) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e os objetivos especí­ficos foram: verificar se apresentavam ou não stress, qual a fase de stress, quais os sintomas de stress e como e quanto a QV delas foi alterada. Selecionamos 30 mulheres voluntárias da UNICAMP, com idades entre 38 e 65 anos, diagnosticadas como portadoras da sintomatologia de DTM e com menopausa clinicamente comprovada. Foram avaliadas através de uma ficha de anamnese, do Questionário de Qualidade de Vida SF-36 (QQV SF-36) e do Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL). Os resultados mostraram que as mulheres apresentaram dor crônica, sendo 73% das dores nos músculos masseter e escaleno, 63% dor nas Articulações Temporomandibulares (ATMs), 56% nas ATMs e nos músculos pterigóideo lateral e pterigóideo medial, 50% no ângulo da mandí­bula e 46% no músculo rombóide. Quanto í  QV os piores escores foram relacionados com aspectos fí­sicos, dor e vitalidade. A fase de stress com maior escore, 46,67%, foi a fase de resistência e os sintomas de stress com maior porcentagem foram os psicológicos com 43,33%.

Palavras-chaves: menopausa, stress, disfunção da articulação temporomandibular, dor, qualidade de vida.

Biografia do Autor

Cláudia Maria Peres, Cecom/Unicamp

Cecom/Unicamp

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Publicado

2018-01-24

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Artigos originais