Efeitos da ginástica laboral sobre a força de preensão palmar e queixas de dores musculares em auxiliares de produção de uma indústria alimentícia
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v9i5.1684Resumo
A ginástica laboral (GL) consiste em exercícios específicos de alongamento e relaxamento, atuando de forma preventiva e terapêutica entre os trabalhadores. Uma das classes mais acometidas pela dor muscular é o auxiliar de produção, com o principal movimento de preensão palmar. O objetivo deste estudo consistiu em verificar registros de queixas musculares no serviço de saúde da fábrica, e avaliar a força de preensão palmar após a realização da GL, nos auxiliares de produção. A amostra foi constituída por 55 trabalhadores, divididos aleatoriamente em 2 grupos: grupo teste (GT) com n = 28, submetidos a 45 sessões de GL, e um grupo controle (GC), n = 27, não realizando nenhuma intervenção. Na coleta de dados utilizou-se a dinamometria de preensão palmar, e o número de registros de queixas musculares em ambos os grupos. Verificou-se, uma redução de 26,25% no número de queixas de dores musculares no GT em relação ao GC. Na dinamometria, foi observado um aumento significativo de 4,78 Kgf (p = 0,0042) na mão direita, e 4,84 (p = 0,0077) na mão esquerda após a GL realizada pelo GT, quando comparada com o GC. A GL, quando aplicada de forma adequada, regularmente e associada í ergonomia, pode ser eficaz na prevenção das doenças e dores musculares ocupacionais.
Palavras-chave: preensão palmar, dor, ergonomia, ginástica laboral.
Referências
Benito GA, Schimitt M. Satisfação no trabalho. Anais do 4º Congresso Latino Americano de Ergonomia; 2001.
Dul J, Weerdmeester B. Ergonomia prática. São Paulo: Edgard Blucher; 2000.p.15-21.
Oliveira CR. Lesões por esforços repetitivos (LER). Rev Bras Saúde Ocup 1991;19(73):59-85.
Gil HJC, Walsh ISP, Pereira ECL, Manfrim GM, Perez L. IndivÃduos portadores de LER acometidos há 5 anos ou mais: um estudo da evolução da lesão. Rev Bras Fisioter 1999;3(2):79-86.
Pereira ER. Fundamentos da ergonomia e fisioterapia do trabalho. Rio de Janeiro: Taba Cultural; 2000.p.56-63.
Sato L. LER: Objeto de estudo e pretexto para a construção do campo de trabalho e saúde. Cad Saúde Pública 2001;17(1):147-152.
James FR, Large RG, Bushinell JA. Epidemiology of pain in New Zeland. Pain 1991;44:279-83.
Teixeira MJ, Figueiró JB. Dor – epidemiologia e evolução histórica da dor. São Paulo: Moreira Júnior; 2001.p. 51-55.
Wisner A. Por dentro do trabalho. Ergonomia: método e técnica. São Paulo: FTD/Oboré; 1987. p.11-28.
Grandjean E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Porto Alegre: Bookman; 1998. p.49-80.
Alves S, Vale A. Ginástica laboral: caminho para uma vida mais saudável no trabalho. Revista CIPA 1999;20(232):30-34.
Dias MM. Ginástica laboral. Revista Proteção 1994;29:124-125.
Bertoncello D, Almeida A, Alem MER, Walsh IAP, Coury HJCG. Importância da intervenção preventiva da fisioterapia na readequação ergonômica e análise biomecânica de um posto de trabalho. Fisioter Mov 1999;12(2):89-97.
Barbosa LG, Tomamaso MC, Vilela J. Fisioterapia e qualidade de vida no UNIFOA: o saber servindo ao bem fazer. Fisioter Brasil, 2001;2(6):386-389.
Longen WC. Ginástica laboral na prevenção de LER/DORT? Um estudo reflexivo em uma linha de produção [tese]. Santa Catarina: UFSC; 2003.
Brandão JS. Desenvolvimento psicomotor da mão. Rio de Janeiro: Enelivros; 1984.p. 223-231.
Fernandes LFRM, Araújo MS, Mateus JPC, Medalha CC, Shimano CC, Pereira GA. Comparação de dois protocolos de fortalecimento para preensão palmar. Rev Bras Fisioter 2002;7(1):17-23.
Blair V. Função da mão. In: Durward BR, Baer GD, Rowe PJ. Movimento funcional humano - mensuração e análise. São Paulo: Manole; 2001. p.158-179.
D'Avila I, Hammes TS, Stroher F, Tessari A, Policastro J. Programa de prevenção e promoção da saúde na qualidade de vida dos funcionários do setor de serviços gerais da universidade luterana do Brasil. ï›citado 2003 Set 19ï. DisponÃvel em: URL: http:// www.eps.ufsc.br/ergon/revista/artigos/rita.PDF
Diefenbach N. O corpo de conhecimento: Reflexões em ginástica laboral. ï›citado 2003 set 22ï. DisponÃvel em: URL:http:// www.wgate.com.br/fisioweb
Martins MC. Ginástica laboral no escritório. São Paulo: Fontoura; 2001. p. 50-69.
Polito E, Bergamaschi EC. Ginástica laboral: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint; 2002. p. 25-76.
Pinto ACC, Souza RP. A ginástica laboral como ferramenta para a melhoria da qualidade de vida no setor de cozinha em restaurantes. ï›citado 2003 Out 13ï. URL: DisponÃvel em: http:// www.eps.ufsc.br/ergon/revista/artigos/rita.PDF.
Kisner C, Colby LA. ExercÃcios terapêuticos. 3a ed. São Paulo: Manole; 1998.p.55-57.
Addley K. Ginástica no trabalho, estilo de vida. Occup Med 2001;51(7):439-449.
Hamill I, Knutzen KM. Bases biomecânicas do movimento humano. São Paulo: Manole; 1999. p. 91-101.
Vicente LP, Gallinaro AL. Avaliação da força de preensão palmar dos alunos de quarto e primeiro anos do curso de fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo. Fisioter Bras 2002;3(1):30-35.
Mathiowetz V, Rennells C, Donahoe L. Effect of elbow position on grip and key pinch strength. J Hand Surg 1984;10:694-700.
Moreira D, Godoy JRP, Silva WJ. Estudo sobre a realização da preensão palmar com a utilização do dinamômetro: Considerações anatômicas e cinesiológicas. Fisioter Bras 2001;2(5):295-300.
Smith LK. Punho e mão. In: Smith LK. Cinesiologia ClÃnica de Brunnstrom. 5a ed. São Paulo: Manole; 1997.p. 294-325.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
