Verificação quantitativa do estilo de vida dos diferentes quadros da paralisia cerebral

Autores

  • Tatiana Monteiro USP

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v7i5.1925

Resumo

Este trabalho tem por objetivo quantiï¬ car a impacto da Paralisia Cerebral (PC) no estilo de vida de portadores, assim como fazer uma comparação entre os tipos diparéticos e tetraparéticos. Foram avaliados 17 indiví­duos portadores de PC, com idade variando de 3 a 13 anos, sendo 7 diparéticos e 10 tetraparéticos. Para tanto, utilizou-se o questionário de estilo de vida (Lifestyle Assessment Questionnaire-Cerebral Palsy). Os dados obtidos em cada grupo foram resumidos em médias, medianas, desvios padrão, erros padrão, valores mí­nimos e máximos. Para comparar os 2 grupos foram utilizados os testes T de Student para amostras independentes e o teste não paramétrico de Mann-Whitney (MW). O ní­vel de signiï¬ cância adotado foi 0,05. Os resultados mostraram que quando observado o Escore Dimensional, veriï¬ ca-se que na Independência Fí­sica e Mobilidade houve uma diferença estatí­stica signiï¬ cativa, onde os pacientes tetraparéticos apresentaram escores maiores (quanto maior o escore, maior o impacto no estilo de vida) em ambos no teste "T" e "MW" o valor foi < 0,001. Na Integração Social também se observa impacto maior no grupo dos tetraparéticos com teste "T" < 0,042 e teste "MW" < 0,038. Porém nos itens Escolaridade, Impacto Clí­nico e Impacto Econômico, não se observou diferença. Esta pesquisa mostrou que a PC acarreta impacto na vida da criança portadora e de seus pais. Os pacientes tetraparéticos, em geral, apresentaram um impacto maior o que corresponde í  observação clí­nica. È importante enfatizar a necessidade de trabalhos que quantiï¬ quem as diï¬ culdades do portador de PC, o que irá beneï¬ ciar a organização do programa terapêutico. Palavras-chave: paralisia cerebral, estilo de vida, diparético, tetraparético.

Biografia do Autor

Tatiana Monteiro, USP

Fisioterapeuta da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes, Especialista em Neuoropediatria (UFSCAR), Especialista em Fisioterapia Respiratória Pediatrica (Instituto da Criança pela Faculdade de Medicina da USP

Referências

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Publicado

2018-03-20

Edição

Seção

Artigos originais