Trauma raquimedular – perfil epidemiológico dos pacientes atendidos pelo serviço público do estado de Goiás nos anos de 2000 a 2003
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v6i2.1977Resumo
As fraturas de coluna são lesões que, se desprezadas no atendimento inicial, cursam com alta morbidade. Não é raro que pacientes sofram lesões medulares em decorrência de um socorro inicial inadequado ou de um primeiro atendimento hospitalar mal conduzido. Com o surgimento de equipes de resgate nos grandes centros urbanos, que adotam protocolos rígidos de prevenção de traumas raquimedulares (uso de colares cervicais, pranchas), espera-se que o número de lesões secundárias diminua. Todo politraumatizado deve ser examinado para afastar a hipótese de lesões vertebrais. No estado de Goiás, todos os pacientes com fraturas de coluna são encaminhados ao Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FMHC), da Universidade Federal de Goiás (UFG), cuja responsabilidade de tratamento é da equipe de Cirurgia da Coluna Vertebral da FMHC-UFG. O serviço de fisioterapia desta equipe realizou um levantamento epidemiológico dos pacientes com trauma raquimedular. Foram avaliados 632 pacientes no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2003, com faixa etária predominante de pacientes jovens com até 25 anos, sendo a maioria do sexo masculino. A principal etiologia de lesão medular foi acidente de trânsito (44%), o nível de lesão mais freqüente foi o tóraco-lombar (51%), o quadro sensitivo e motor permaneceu inalterado em 44% e o principal déficit foi a paraplegia (26%); 75% dos casos não apresentaram complicações e os primeiros socorros, em sua maioria (54%), foram prestados por leigos. O objetivo desta pesquisa é demonstrar a necessidade de elaborar e implantar campanhas educativas e preventivas, visando diminuir a incidência de pacientes vítimas de lesão medular.
Palavras-chave: lesão medular, epidemiologia, prevenção.
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