O alongamento estático interfere no desempenho da força isométrica e ativação muscular durante o exercí­cio de cadeira extensora?

Autores

  • Felipe Heylan Nogueira de Souza Faculdade Maurí­cio de Nassau (UNINASSAU)

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v16i4.2

Resumo

O estudo teve como objetivo analisar os efeitos agudos do alongamento estático no desempenho da força isométrica e ativação muscular no exercí­cio de cadeira extensora. A amostra foi composta por 29 homens jovens, aparentemente saudáveis com idade 21,89 ± 3,35 anos. Os sujeitos foram submetidos a um protocolo de alongamento estático passivo durante 30 segundos e relaxado por 30 segundos (3 vezes), a intensidade foi controlada pela Escala de Esforço Percebido na Flexibilidade. A atividade eletromiográfica do vasto medial (VM), vasto lateral (VL) e reto femoral (RF), e o teste de contração isométrica voluntária máxima (CIVM) foram coletados durante o exercí­cio de cadeira extensora em quatro momentos: antes do alongamento, imediatamente após, e 15 minutos e 30 minutos de recuperação. Utilizou-se o teste t de Student pareado para comparar os valores de pré e pós-testes. Os resultados demonstraram que não houve diferença na CIVM após o alongamento (p > 0,05), no entanto, a ativação muscular do RF foi maior em 15 minutos e 30 minutos de recuperação (p < 0,05). Conclui-se que o alongamento estático com 30 segundos de duração, não afeta o desempenho da força muscular isométrica, apesar de aumentar a ativação muscular do RF após 15 minutos e 30 minutos.

Palavras-chave: eletromiografia, força muscular, exercí­cios de alongamento muscular.

Biografia do Autor

Felipe Heylan Nogueira de Souza, Faculdade Maurí­cio de Nassau (UNINASSAU)

Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Desportiva pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP) e Professor da Faculdade Maurí­cio de Nassau (UNINASSAU)

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Publicado

2016-04-23

Edição

Seção

Artigos originais