Queixas dolorosas em participantes no método mãe canguru

Autores

  • Jacqueline Maria Gomes Pessoa da Silva Faculdade Maurí­cio de Nassau
  • Maria do Amparo Andrade UFPE
  • Eduardo José Nepomuceno UFPE
  • Carolina Maria Pires Cunha UFPE
  • Juliana Netto Maia UFPE

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v19i1.2177

Resumo

O método mãe canguru (MMC) propõe que o contato pele a pele da mãe com o bebê ajude no desenvolvimento do recém-nascido de baixo peso (RNBP). No entanto estas mães podem apresentar queixas musculoesqueléticas. Assim este trabalho teve como objetivo mensurar através da escala visual analógica (EVA) as principais queixas dolorosas em participantes do MMC e verificar a correlação entre estas queixas com idade e peso do RNBP. Estudo realizado com 26 mulheres com RNBP internadas no alojamento canguru. Aplicou-se uma ficha de avaliação em dois momentos, primeiro na admissão e depois no sétimo dia de internamento. A puérpera era questionada sobre desconforto musculoesquelético, e quantificava através da EVA. Observou-se que 46,16% relataram alguma queixa álgica no momento da admissão e, no sétimo dia, este percentual foi de 50%. O local mais acometido foi a região lombar com 66,7% e 61,3% nos dois momentos da análise sendo classificada como uma dor moderada para 100% e 84,6% respectivamente, houve correlação entre aumento da dor e ganho do peso do recém-nascido. O MMC parece não interferir no surgimento e agravamento da dor musculoesquelética. Porém puérperas apresentam desconforto muscular importante que pode aumentar de acordo com o ganho de peso do RNBP, sendo o MMC benéfico para o recém-nascido. Um acompanhamento adequado destas mulheres pode ajudar na adesão ao método.

Palavras-chave: método canguru, dor, perí­odo pós-parto.

Biografia do Autor

Jacqueline Maria Gomes Pessoa da Silva, Faculdade Maurí­cio de Nassau

Ft., Graduada pela Faculdade Maurí­cio de Nassau

Maria do Amparo Andrade, UFPE

Prof. Departamento Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco

Eduardo José Nepomuceno, UFPE

Prof. Departamento Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco

Carolina Maria Pires Cunha, UFPE

Prof. Departamento Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco

Juliana Netto Maia, UFPE

Prof. Departamento Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco

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Publicado

2018-03-17

Edição

Seção

Artigos originais