Avaliação biofotogramétrica da mobilidade toracoabdominal de recém-nascido após fisioterapia respiratória

Autores

  • Danielle Cristina Gomes UFRN
  • Gentil Gomes da Fonseca Filho UFRN
  • Ana Gabriela de Figueiredo Araujo UFRN
  • Valeria Lidyanne Silva Gomes UFRN
  • Nailton Benjamim de Medeiros Júnior UFRN
  • Bárbara Emmily Cavalcanti UFRN
  • Cristiane Aparecida Moran UNIFESP
  • Silvana Alves Pereira UFRN

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v19i1.2179

Resumo

Introdução: Considerando a alta complacência da caixa torácica em recém-nascidos, as manobras de fisioterapia, quando aplicadas sobre o tórax, devem ser corretamente indicadas e avaliadas, por meio de instrumentos fidedignos e não invasivos, a fim de assegurar a sua eficácia e segurança. Objetivo: Avaliar a mobilidade toracoabdominal pela biofotogrametria (MT) em recém-nascidos após as manobras de vibrocompressão (VC) e Reequilí­brio Toracoabdominal (RTA). Métodos: A análise foi realizada em 40 recém-nascidos, com idade > 37 semanas, em posição supina, membros superiores em flexão, abdução e rotação externa e quadril flexionado. Cada recém-nascido realizou um tipo de manobra (VC ou RTA) e foi filmado por 60 segundos antes e após a terapia, por uma câmera digital perpendicular ao plano de movimento. A análise biofotogramétrica foi realizada pelo Software AutoCAD® e os resultados foram convertidos para unidades métricas (cm2). Resultados: A manobra de RTA aumentou a amplitude do movimento toracoabdominal e a VC diminuiu. A diferença média da mobilidade toracoabdominal, entre o antes e depois, para estas duas manobras, foi de +0,20 cm2 no RTA e –1,72 cm2 na VC, entretanto não apresentaram diferença estatisticamente significativa. Conclusão: As manobras de RTA e VC apresentaram resultados antônimos sobre a mobilidade toracoabdominal, entretanto esta diferença não foi estatisticamente significativa.

Palavras-chave: mecânica respiratória, fotogrametria, recém-nascido, modalidades de Fisioterapia.

Biografia do Autor

Danielle Cristina Gomes, UFRN

Ft., Discente do curso de Mestrado em Ciências da Reabilitação da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, FACISA/UFRN, Santa Cruz/RN

Gentil Gomes da Fonseca Filho, UFRN

Ft., Discente do curso de Mestrado de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN/RN

Ana Gabriela de Figueiredo Araujo, UFRN

Discente do curso de Mestrado em Ciências da Reabilitação da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, FACISA/UFRN, Santa Cruz/RN

Valeria Lidyanne Silva Gomes, UFRN

Discente do curso de fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, FACISA/UFRN, Santa Cruz/RN

Nailton Benjamim de Medeiros Júnior, UFRN

Ft., Discente do curso de Mestrado de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN/RN

Bárbara Emmily Cavalcanti, UFRN

Ft., Discente do curso de Mestrado de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN/RN

Cristiane Aparecida Moran, UNIFESP

Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP/SP

Silvana Alves Pereira, UFRN

Ft., D.Sc., Docente do curso de Fisioterapia e Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação e Saúde Coletiva da FACISA, Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN – FACISA/UFRN, Santa Cruz/RN

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Publicado

2018-03-17

Edição

Seção

Artigos originais