Incontinência urinária e disfunções sexuais em mulheres climatéricas de um grupo de promoção í saúde
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v19i3.2428Resumo
No climatério, ocorrem alterações urogenitais na mulher que podem levar í ocorrência de incontinência urinária (IU) e de disfunções sexuais femininas (DSF). Estas são consideradas problemas de saúde pública, pois podem levar í diminuição da qualidade de vida das mulheres neste período. Diante disso, o objetivo deste estudo foi analisar a ocorrência e as características de IU e DSF em mulheres climatéricas de um grupo de promoção í saúde de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma pesquisa quantitativa transversal, com abordagem exploratória e descritiva, realizada com mulheres acima dos 50 anos de idade pertencentes a um grupo de promoção í saúde. Foram utilizados o International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), o Female Sexual Function Index (FSFI) e uma ficha de identificação das participantes. Foram investigadas 23 mulheres (66,17 ± 7,04 anos). Destas, 6 (26,08%) possuíam IU e/ou 17 (73,91%) mulheres apresentavam algum tipo de disfunção sexual, no qual disfunções do desejo, excitação e orgasmo foram os mais citados. A frequência e a quantidade da perda urinária foram baixas. Supõe-se que, nesse grupo, a alta prevalência de DSF e a baixa ocorrência de IU sejam influenciadas por fatores psicossociais e emocionais.
Palavras-chave: climatério, incontinência urinária, comportamento sexual.
Referências
Hoffmann M, Mendes KG, Canuto R, Garcez AS, Theodoro H, Rodrigues AD et al. Padrões alimentares de mulheres no climatério em atendimento ambulatorial do Sul do Brasil. Ciênc Saúde Coletiva 2015;20(5):1565-74.
Zhao Z, Wang H, Jessup JA, Lindsey SH, Chappell MC, Groban L. Role of estrogen in diastolic dysfunction. Am J Physiol Heart Circ Physiol 2014;306: H628-H640.
Parker WP, Griebling TL. Nonsurgical treatment of urinary incontinence in elderly women. Clin Geriatr Med 2015;31:471-85.
Abrams P, Cardozo L, Fall M, Griffiths D, Rosier P, Ulmsten U et al. The standardization of terminology of lower urinary tract function: report from the standardization subcommittee of the International Continence Society. Neurourol Urodyn 2002;21(2):167-78.
Weschenfelder AJ, Strelow CS, Arruda GT, Froelich MA, Pivetta HMF, Braz MM. Prevalência de incontinência urinária e seu impacto sobre a qualidade de vida de idosos: estudo comparativo entre meio urbano e meio rural. Rev Kairós 2016;19(3):67-77.
Dufour S, Vandyken B, Forget M-J, Vandyken C. Association between lumbopelvic pain and pelvic floor dysfunction in women: A cross sectional study. Musculoskelet Sci Pract 2017;9(34):47-53.
Cruz EF, Nina VJS, Figuerêdo ED. Climacteric Symptoms and Sexual Dysfunction: Association between the Blatt-Kupperman Index and the Female Sexual Function Index. Rev Bras Ginecol Obstet 2017; 39(2):66-71.
Jorge LB, Poltronieri D, Zanella AK, Bós AJG, Latorre GS. Impacto do sobrepeso na disfunção sexual feminina: revisão da literatura. Femina 2015;43(6).
Santos JL, Leão APF, Gardenghi G. Disfunções sexuais no climatério. Reprodução & Climatério 2016;31(2):86-92.
Faria CA, Menezes AMN, Rodrigues AO, Ferreira ALV, Bolsas CN. Incontinência urinária e noctúria: prevalência e impacto sobre qualidade de vida em idosas numa Unidade Básica de Saúde. Rev Bras Geriatr Gerontol 2014;17(1):17-25.
Gonçalves CCM, Bógus CM. Participação social, planejamento urbano e promoção da saúde em Campo Grande (MS). Trab Educ Saúde 2017;15(2):617-40.
Tamanini JTN, Dambros M, D'Ancona CAL, Palma PCR, Rodrigues NJN. Validação para o português do "International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form" (ICIQ-SF). Rev Saúde Pública 2004;38(3):438-44.
Pacagnella RC, Martinez EZ, Vieira EM. Validade de construto de uma versão em português do Female Sexual Function Index. Cad Saúde Pública 2009;25(11):2333-44.
Costa TF, Silva CR, Muniz LF, Mota LMH. Prevalência de disfunção sexual entre pacientes acompanhadas na coorte BrasÃlia de artrite reumatoide inicial. Rev Bras Reumatol 2015;55(2):123-32.
Bocardi DAS, Baldon VP, Driusso P. Influência do envelhecimento sobre a função e atividade eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico de mulheres nuligestas. Revista Univap 2016;22(40):567.
Leitner M, Moser H, Eichelberger P, Kuhn A, Radlinger L. Evaluation of pelvic floor muscle activity during running in continent and incontinent women: An exploratory study. Neurourol Urodyn 2017;36(6):1570-6.
OMS - Organização Mundial da Saúde. Obesity – Presenting and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation on obesity. Genebra; 1998.
Swenson CW, Kolenic GE, Trowbridge ER, Berger MB, Lewicky-Gaupp C, Margulies RU et al. Obesity and stress urinary incontinence in women: compromised continence mechanism or excess bladder pressure during cough? Int Urogynecol J 2017;28(9):1377-85.
Hakimi S, Aminian E, Alizadeh Charandabi SM, Bastani P, Mohammadi M. Risk factors of overactive bladder syndrome and its relation to sexual function in menopausal women. Urologia 2018;85(1):10-4. doi: 10.1177/0391560317750484.
Nygaard IE, Shaw JM. Physical activity and the pelvic floor. Am J Obstet Gynecol 2016;214:164-71.
Zezi B, Camargo HS, Souza JC. Prevalência e impacto da incontinência urinária na qualidade de vida em mulheres no perÃodo pós-menopausa. FisiSenectus Unochapecó 2016;4(2):12-21.
Cruz EF, Nina VJS, Figuerêdo ED. Climacteric Symptoms and Sexual Dysfunction: Association between the Blatt-Kupperman Index and the Female Sexual Function Index. Rev Bras Ginecol Obstet 2017;39(2):66-71.
Almeida AAB, Oliveira CDB, Freitas FFQ, Sousa KA, Carolino MTS, Dantas RCO. Influences of climacteric in female sexual activity. Rev RENE 2016;17(3):422-6.
Alves ERP, Leite GO, Calazans JCC, Costa AM, Santos SR, Dias MD. Produção cientifica sobre a sexualidade de mulheres no climatério: revisão integrative. Rev Pesqui Cuid Fundam 2015;7(2):2537-49.
Andac T, Aslan E. Sexual Life of Women in the Climacterium: a community-based study. Health Care Women Int 2017;38(12):1344-55. doi:10.1080/07399332.2017.1352588.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.