Funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico de idosas fisicamente ativas
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v20i4.2446Resumo
Introdução: As atividades físicas leves ou moderadas e as vigorosas podem impactar nos distúrbios do assoalho pélvico de maneira bidirecional, uma vez que podem exercer papel protetor para perdas urinárias, bem como constituir-se em fator desencadeador. Estudos voltados í funcionalidade do assoalho pélvico e ao nível de atividade física de mulheres idosas ainda são escassos. Objetivo: Analisar a funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico (MAP) de idosas ativas fisicamente. Métodos: Pesquisa descritiva com 51 idosas (67,8 ± 5,2 anos) praticantes de atividade física. Inicialmente as idosas responderam a questões de uma ficha diagnóstica. Para avaliação funcional dos MAP foi utilizado o Esquema PERFECT. A avaliação do nível de atividade física foi realizada através do acelerômetro. As variáveis estudadas neste estudo foram analisadas descritivamente por meio de medidas de tendência central (média e desvio padrão ou mediana, conforme a natureza dos dados), frequência simples e porcentagem. Para comparar a funcionalidade do assoalho pélvico com a atividade física das idosas foi utilizado o teste ANOVA one-way. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: As idosas praticam atividade física em média há 10 ± 9,24 anos, 2 vezes na semana. As medianas dos componentes do assoalho pélvico foram: 3 para força, 2 segundos para resistência, 3 para repetição e 4 para fibras rápidas. Conclusão: Apesar de a força dos MAP ser considerada boa, não há relação entre atividade física e a funcionalidade do assoalho pélvico.
Palavras-chave: assoalho pélvico, atividade motora, idosas.
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