Treinamento do assoalho pélvico com ou sem eletroterapia no tratamento dos sintomas da hiperatividade do detrusor em mulheres com esclerose múltipla e mielopatia associada ao HTLV-I (HAM/TSP): um ensaio clínico randomizado
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v20i4.2555Resumo
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Introdução: A esclerose múltipla (EM) é a mais comum das doenças desmielinizantes, caracterizada pela localização de múltiplas placas de desmielinização na substância branca encefálica e medular. A mielopatia associada ao HTLV-I (HAM/TSP) é uma doença neurodegenerativa progressiva cuja resposta imune é exacerbada. Objetivo: Avaliar o efeito da eletroterapia na musculatura do assoalho pélvico (MAP) sobre os sintomas hiperatividade detrusora em mulheres com EM e HTLV-1. Métodos: Ensaio clínico randomizado e controlado com 4 meses de acompanhamento, no qual 20 mulheres em estágio moderado de EM ou HTLV-1 submetidas a um programa de treinamento da MAP associado ou não í eletroterapia. As variáveis analisadas foram: sintomas de bexiga hiperativa (BH) pelo questionário validado OAB v8, contração perineal pelo esquema PERFECT e índice de qualidade de vida por meio do questionário Qualiveen. Divididas em dois grupos, grupo controle (G2) e grupo tratamento (G1) que foi submetido a um protocolo de treinamento da MAP, realizado duas vezes por semana por 20 sessões e após este período de tempo todas as mulheres foram reavaliadas. Resultados: Sob-homogeneidade inicial observada nas variáveis pessoais e clínicas, o protocolo a que o grupo tratamento (G1) foi submetido resultou na melhora da contração voluntária (p ≤ 0,001), teste de esforço (p ≤ 0,001), reflexo cutâneo-anal (p ≤ 0,001), força de contração (p ≤ 0,001), sustentação (p ≤ 0,001), contrações rápidas (p ≤ 0,001), contrações lentas (p ≤ 0,001) e nos sintomas de bexiga hiperativa (p ≤ 0,001), em relação í comparação inicial. Os resultados comprovam a eficácia de exercícios de fortalecimento da MAP acompanhados por um fisioterapeuta e o uso de correntes eletroterápicas de média frequência para o tratamento da BH na Esclerose Múltipla e na mielopatia associada ao HTLV-1. Conclusão: O protocolo de eletroestimulação mostrou-se benéfico em pacientes com EM e HTLV-1, promovendo melhora da BH e grau de contração perineal.
Palavras-chave: bexiga hiperativa, modalidades de fisioterapia, assoalho pélvico.
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