Correlação entre pressão plantar e força muscular respiratória

Autores

  • Ana Carolina Ansaloni UBM
  • Patricia Luciene da Costa Teixeira UBM

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v20i5.2562

Resumo

Existem evidências de que alterações posturais possam influenciar no funcionamento da caixa torácica. Além disso, para uma respiração adequada, é necessária boa postura e equilí­brio muscular. O objetivo do presente estudo foi verificar se existe correlação entre a pressão plantar e a força muscular respiratória, visto que ambas sofrem interferência das alterações posturais. Foram avaliados 30 funcionários de uma instituição de Ensino Superior do Médio Paraí­ba, com idade média de 43,43 ± 13,29 anos, subdivididos em 2 grupos: Grupo experimental (I) e Grupo Controle (II). O grupo I foi submetido a 30 sessões de treinamento muscular respiratório; e ao final da intervenção, ambos os grupos foram reavaliados. Os resultados mostraram que algumas pressões plantares sofreram interferência significativa, com p < 0,05 da força muscular respiratória (PImáx e PEmáx), após o protocolo de exercí­cio, confirmando nossa hipótese sobre a possí­vel associação entre a força muscular respiratória e a pressão plantar, pela correlação positiva apresentada por algumas variáveis avaliadas.

Palavras-chave: sistema respiratório, pressão expiratória máxima, pressão inspiratória máxima, postura e equilí­brio.

Biografia do Autor

Ana Carolina Ansaloni, UBM

Fisioterapeuta graduada pelo Centro Universitário de Barra Mansa

Patricia Luciene da Costa Teixeira, UBM

Graduação em Fisioterapia pela Universidade Católica de Petrópolis (1991). Especialização em Acupuntura pelo Instituto Brasileiro de Estudos Homeopáticos (1999), e em Fisioterapia aplicada í  Terapia Intensiva Respiratória e Cardiovascular pela Universidade Salgado de Oliveira (2002), Mestrado em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal Fluminense (2009). Tem experiência na área de Fisioterapia geral com ênfase em Fisioterapia cardiovascular e pulmonar, atuando principalmente no seguinte tema: exercí­cio fí­sico e áreas afeitas í  fisioterapia pneumofuncional e cardiorrespiratória em especial a fisiopatologia e tratamento. Atual Fisioterapeuta na PMVR. Docente convidada no curso de pós graduação em Enfermagem (UNIFOA) Volta Redonda (RJ), Docente no Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), Membro do comitê de ética em pesquisa em seres humanos (CEP) do Hospital Municipal Dr. Munir Rafful/ SMS e do Centro Universitário de Barra Mansa. Avaliador ad-hoc do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aní­sio Teixeira - INEP/MEC de cursos superiores de graduação presencial e EAD. Membro do grupo de pesquisa Laboratório de Podoposturologia UBM, do Centro Universitário de Barra Mansa.Revisora da Revista Valore.

Referências

Lianza S. Medicina de reabilitação. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. p.252-67.

Iunes DH, Cecílio MBB. Análise quantitativa do tratamento da escoliose idiopática com o método klapp por meio da biofotogrametria computadorizada. Rev Bras Fisioter 2010;14(2):40. https://doi.org/10.1590/S1413-35552010005000009

Bricot B. Sistematônico postural. In: Bricot B. Posturologia. 2 ed. São Paulo: Ãcone; 2001. p. 49-76.

Machado PG, Mezzomo CL. Relation of body posture, oral breath and nutritional status in children: a literature review. Rev CEFAC 2011;13(6):1109-18. https://doi.org/10.1590/S1516-18462011005000096

Simão SSS, Romero VU, Baraldil K, Oda AL, Viana CF, Chiappetta ALML et al. Avaliação clínica da relação entre postura, respiração e deglutição em paciente pós-acidente vascular cerebral na fase crônica: relato de caso. Rev CEFAC 2013;15(5):1371-8. https://doi.org/10.1590/S1516-1846201300050003

Gea J. La especie humana: un largo camino para el sistema respiratorio. Archivos de Bronconeumología 2008;44(5):263-70. https://doi.org/10.1157/13119942

Chen YC, Lou SZ, Huang C.Y.S. Effects of foot orthoses on gait patterns of flat feet patients. Clin Biomech 2010;25(3):265-70. https://doi.org/10.1016/j.clinbiomech.2009.11.007

Cantalino J, Mattos H. Comparação dos tipos de pé classificados por determinadas formas de avaliação clínica. Rev Ter Manual 2006;4(16):76-81.

Mcconnell AK, Copestake AJ. Maximum static respiratory pressures in healthy elderly men and women: issues of reproducibility and interpretation. Respiration 1999;66(3):251-8. https://doi.org/10.1002/ppul.10217

Neder JA, Andreoni S, Lerario MC, Nery LE. Reference values for lung function tests: II. Maximal respiratory pressures and voluntary ventilation. Braz J Med Biol Res 1999;32(6):719-27. https://doi.org/10.1590/S0100-879X1999000600007

Souza RB. Pressões respiratórias estáticas máximas. J Pneumol 2002;28(3):156-7.

Andersen ML, Tufik S. The effects of testosterone on sleep and sleep disordered breathing in men: Its bidirectional interaction with erectile function. Sleep Medicine Reviews 2008;12(5):365-79. https://doi.org/10.1016/ j.smrv.2007.12.003

Tsubaki A, Deguchi S, Yoneda Y. Influence of posture on respiratory function and respiratory muscle strength in normal subjects. J Phys Ther Sci 2009;21(1):71-4. https://doi.org/10.1589/jpts.21.71

Almeida VP, Guimarães FS, Moço VJR, Menezes SLS, Mafort TT, Lopes A et al. Correlação entre função pulmonar, postura e composição corporal em pacientes com asma. Rev Port Pneumologia 2013;19(5):204-10. https://doi.org/10.1016/j.rppneu.2013.03.004

Melvin JMA, Preece S, Nester CJ, Howard D. An investigation intoplantar pressure measurement protocols for footwear research. Gait and Posture 2014. https://doi.org/10.1016/j.gaitpost.2014.07.026

Nery MG, Santos LL. Avaliação baropodométrica dos agentes fiscais de trânsito da cidade de Passo Fundo/RS [monografia]. Passo Fundo: Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade de Passo Fundo; 2003.

Battistela LR, Lourenço FCD. Hemartroses recindivantes do tornozelo em hemofílicos – Diagnóstico funcional pela podobarometriadinâmica computadorizada e uso profilático de órteses para os pés – Relato de um caso. Acta Fisiatr 2002;8(1):34-44.

Arkipelago. Baropodometria – Avaliação computadorizada dos pés. 2016 [citado 2016 Ago 16]. Disponível em: http://www.arkipelago.com.br/categoria/1/1/Baropod%C3%B4metros

Tarantino AB. Doenças pulmonares. São Paulo: Guanabara Koogan; 2002. p. 482.

Almeida PHF, Barandalize D, Ribas DIR, Gallon D, Macedo ACB, Gomes ARS. Alongamento muscular: suas implicações na performance e na prevenção de lesões. Fisioter Mov 2009;22(3):335-43.

Durigon OFS. O alongamento muscular. Rev Fisioter Univ São Paulo 1995;2(1):40-4.

Mackenzie CS. Fisioterapia Respiratória em Unidade de Terapia Intensiva. São Paulo: Panamericana; 1988. p.87-92.

Pryor JA, Webber BA. Fisioterapia para problemas respiratórios e cardíacos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. p. 97-150.

Callegari-Jacques SM. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artmed; 2003. p.71-84.

Quirino CP, Teixeira GG, Leopoldino AA, Braz NFT, Vitorino DFM, Lima VP. Efeitos de um protocolo de exercícios baseados no método Pilates sobre variáveis respiratórias em uma população de jovens sedentários. Fisioter Bras 2012;13(2):13-5. https://doi.org/10.33233/fb.v13i2.526

Zanoni CT, Rodrigues CMC, Mariano D, Suzan ABBM, Boaventura LC, Galvão F. Efeitos do treinamento muscular inspiratório em universitários tagabistas e não tabagistas. Fisioter Pesqui 2012. https://doi.org/10.1590/S1809-29502012000200010

Freitas ERFS, Araujo ECLS, Alves KS. Influence of smoking on respiratory muscle strength in elderly. Fisioter Pesqui 2012;19(4):326-31. https://doi.org/10.1590/S1809-29502012000400006

Harik-Khan RI, Wise RA, Fozard JL. Determinants of maximal inspiratory pressure – the Baltimore longitudinal study of aging. American Journal Resp Critical Care Medicine 1998. https://doi.org/10.1164/ajrccm.158.5.9712006

Fung KP, Lau SP, Chow OKW, Lee J, Wong TW. Effects of overweight on lung function. American Review Resp Disease 1990;65(5):512-5.

Littleton SW, Tulaimat A. The effects of obesity on lung volumes and oxygenation. Respir Med 2017;124:15-20. https://doi.org/10.1016/j.rmed.2017.01.004

Schlederer JC, Simões FV, Barbosa FB, Suzumura DN, Paiva TM, Fernandes LC. Obesidade grau II leva a importantes alterações na capacidade cardiorrespiratória. Fisioter Bras 2017;18(3):276-83. https://doi.org/10.33233/fb.v18i3.1050

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Caracterização da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) - definição, epidemiologia, diagnóstica e estadiamento. J Bras Pneumol 2004;30(5):1-5.

Katz S, Arish N, Rokach A, Zaltsman Y, Esther-Lee M. The effect of body position on pulmonary function: a systematic review. BMC Pulm Med 2018;18(159):2-16. https://doi.org/10.1186/s12890-018-0723-4

Milanesi JM, Pasinato F, Berwig LC, Silva AMT, Corrêa ECR. Body posture and pulmonary function in mouth and nose breathing children: cross-sectional study. Fisioter Mov 2017;30(1):115-23. https://doi.org/10.1590/1980-5918.030.001.AO12

Collins LC, Hoberty PD, Walker JF, Fletcher EC, Peiris AN. The effect of body fat distribution on pulmonary function tests. Chest 1995;107(5):1298-1302. https://doi.org/10.1378/chest.107.5.1298

Hlavácek P, Kostelniková L. Comparison of plantar pressures distribution between obese and non-obese children. Proceedings of the Emed Scientific Meeting 2006. https://doi.org/10.1016/j.clinbiomech.2008.03.043

Filippin NT, Sacco ICN, Barbosa VLP, Lobo da Costa PHL. Estudo da distribuição das pressões plantares em crianças obesas: efeitos de um programa de intervenção. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte 2008;22(1):25-33. https://doi.org/10.1590/S1807-55092008000100002

Cardoso SR, Pereira JS. Análise funcional da complacência torácica na doença de Parkinson. Fisioter Bras 2001;2(1):41-8. https://doi.org/10.33233/fb.v2i1.624

Jerre G, Beraldo MA, Silva TJ, Gastaldi A, Kondo C, Leme F et al. Fisioterapia no paciente sob ventilação mecânica. Rev Bras Ter Intensiva 2007;33(2). https://doi.org/10.1590/S1806-37132007000800010

Downloads

Publicado

2019-10-24

Edição

v. 20 n. 5 (2019): Fisioterapia Brasil v20n5

Seção

Artigos originais

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a  Licença Creative Commons Attribution 4.0  que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capí­tulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.