Efeito de um programa de exercí­cios resistidos na força muscular respiratória do idoso

Autores

  • Mayara Leal Almeida Costa FIP

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v19i5.2603

Resumo

O processo de envelhecimento acarreta diversas modificações que determinam a perda da capacidade de adaptação do indiví­duo ao meio ambiente. A força muscular respiratória (FMR) é comumente mensurada por meio da pressão e da mudança de volume pulmonar ou pelo deslocamento das estruturas da parede torácica. A atividade fí­sica proporciona ao idoso diversos benefí­cios, como melhora da capacidade respiratória. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos que programas de exercí­cios resistidos proporcionam na força muscular respiratória dos idosos. A pesquisa do tipo quase experimental, com pré e pós-testes e a coleta de dados aconteceu nas instalações de uma Clí­nica Escola de Fisioterapia na cidade de Patos PB, com 14 idosos. Os instrumentos usados para coleta de dados foram: questionário biodemográfico e manovacuômetro, para avaliar a força muscular respiratória. Quanto aos resultados, identificou-se idade média de 71,14 anos, sendo 11 mulheres e 3 homens. Na avaliação da força da musculatura respiratória, a amostra apresentou maiores valores pós-treino na PImáx (53,00) e PEmáx (44,50) quando comparados aos valores pré-treino, identificando ganho no condicionamento (PImáx = 24,86; PEmáx = 14,36). Por conseguinte, pode-se inferir que a prática de exercí­cios resistidos, durante dois meses, pode melhorar a força muscular respiratória de idosos.

Palavras-chave: idoso, força muscular, exercí­cios respiratórios, treinamento de resistência, fisioterapia.

Biografia do Autor

Mayara Leal Almeida Costa, FIP

Fisioterapeuta. Doutoranda em Ciências da Saúde pela FCMSCSP, Mestra pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - Lisboa. Professora titular do Curso de Bacharelado em Fisioterapia das Faculdades Integradas de Patos – FIP

Referências

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico de 2000. Rio de Janeiro; 2000.

Papaléo Netto M. Tratado de gerontologia. 2 ed. São Paulo: Atheneu; 2007. 912p.

American Thoracic Society/European Respiratory Society. ATS/ERS. Statement on respiratory Muscle Testing. Am J Respir Crit Care Med 2002;166:518-624.

Dias RM, Chauvet PR, Siqueira HR, Rufino R. Testes de Função Pulmonar – Do Laboratório à Aplicação Clínica com 100 Exercícios para Diagnóstico. São Paulo: Atheneu; 2001. 211p

Troosters T, Gosselink R, Decramer M. Respiratory muscle assessment. Eur Respir Mon 2005;31(4):57-71.

Caromano FA, Candeloro JM. Fundamentos da hidroterapia para idosos. Arq Ciênc Saúde Unipar 2001;5(2):187-95.

Corazza MA. Terceira idade e Atividade Física. São Paulo: Phorte; 2001.

Lima RM, Oliveira RJ, Silva VAP. Efeitos do treinamento resistido sobre a capacidade cardiorrespiratória de indivíduos idosos. Rev digital Efdeportes Buenos Aires 2005;10(84).

Moura MLS, Ferreira MC, Paine PA. Manual de elaboração de projetos de pesquisa. Rio de Janeiro: UERJ; 1998.

Pescatello LS, Arena R, Riebe D. ACM’s Guidelines for exercise testing and prescription. 7 ed. Philadelphia: Lippincott Wiliams & Wilkins; 2005.

Levin J. Estatística aplicada a ciências humanas. 2 ed. São Paulo: Harbra; 1978. 392p.

Michelin E, Coelho CF, Burini RC. Efeito de um mês de destreinamento sobre a aptidão física relacionada à saúde em programa de mudança de estilo de vida. Rev Bras Med Esporte 2008;14:192-6.

Belini MAV. Força muscular respiratória em idosos submetidos a um protocolo de cinesioterapia respiratória em imersão e em terra. [TCC]. Cascavel: Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde; 2004.

Maciel ACC, Guerra RO. Influência dos fatores biopsicossociais sobre a capacidade funcional de idosos residentes no Nordeste do Brasil. Rev Bras Epidemiol 2007;10(2):178-89.

Weineck J. Fundamentos gerais da biologia do esporte para a infância e adolescência. In: Weineck J, ed. Biologia do esporte. São Paulo: Manole; 1991. p. 246-64.

Nóbrega ACL, Freitas EV, Oliveira MABO, Leitão MB, Lazzoli JK, Nahas RM, et al. Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: atividade física e saúde no idoso. Rev Bras Med Esporte 1999;5(6):207-11.

Cader SA, Vale RGS, Monteiro N, Pereira FFP, Dantas EHM. Comparação da PImáx e da qualidade de vida entre idosas sedentárias, asiladas e praticantes de hidroginástica. Fitness & Performance Journal 2006;5(2):101-8.

Silva AH. Idosos de Ilpis: análise da capacidade funcional e aptidão funcional. [Dissertação]. Florianópolis: Universidade do Estado de Santa Catarina; 2009.

Gonçalves LHT, Alvarez AM, Sena ELS, Santana LWS, Vicente FR. Perfil da família cuidadora de idosos doente/fragilizado do contexto sociocultural de Florianópolis, SC. Rev Texto Contexto Enferm 2006;15(4):570-7.

Fonseca NT, Contato C. Análise da mecânica respiratória antes e após o uso do threshold em indivíduos idosos. Rev Mineira de Ciências da Saúde 2010;(2):101-8.

Simões M, Simões LC, Vieira MJ. A review of current and emergent biofilm control strategies. Food Science and Technology 2010;43(4):573-83.

Brandt AC, Ricieri DV, Griesbach LE. Repercussões respiratórias da aplicação da técnica de isostretching em indivíduos sadios. Fisioter Bras 2004;5:103-10.

Mendonça LN, Matte DL. Influência da atividade física na capacidade pulmonar de idosos. [Monografia]. Graduação em Fisioterapia; 2002.

Downloads

Publicado

2018-11-06