Intervenção fisioterapêutica no pós imediato de acidente vascular encefálico em um hospital no sertão da Paraíba
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v19i5.2618Resumo
Diante das incapacidades do Acidente Vascular Encefálico, o fisioterapeuta atua no aperfeiçoamento do potencial de recuperação do paciente, fazendo-se necessária uma intervenção imediata. Com isso, objetivou-se analisar a atuação fisioterapêutica no pós-imediato de Acidente Vascular Encefálico em um hospital do sertão da Paraíba. Participaram da pesquisa 14 profissionais fisioterapeutas que trabalhavam na área vermelha do setor de urgência e emergência, na unidade de terapia intensiva (UTI) e nas enfermarias em um hospital no sertão paraibano. Os dados coletados foram obtidos através de um questionário que conteve questões sobre o nível de formação profissional, tempo de primeira intervenção fisioterapêutica após identificação do AVE, os recursos fisioterapêuticos utilizados e/ou priorizados por esses profissionais precocemente, a presença ou ausência de capacitação em Fisioterapia Neurológica, forma de encaminhamento para a fisioterapia, bem como, opiniões sobre a importância da assistência fisioterapêutica no pós-imediato de AVE e o conhecimento acerca das complicações secundárias ao AVE e sua prevenção. Dos profissionais estudados, 85,7% (n= 12) possui pós-graduação, sendo 50% (n=7) com especialização em Fisioterapia em UTI/Hospital, dentre os quais, 92,9% (n=13) não apresentam nenhuma capacitação ou curso direcionado ao conhecimento específico em Fisioterapia Neurofuncional; 64,3% (n= 9) foram formados em IES particular com tempo de formação entre 6 a 10 anos (35,7; n= 5). Todos os profissionais concordam que é necessária uma atuação fisioterapêutica precoce, sendo preconizado os recursos manuais, a cinesioterapia, posicionamento no leito e ajustes dos parâmetros ventilatórios. Sendo as complicações motoras e respiratórias as mais citadas dentre as complicações secundárias. Pode-se concluir que nenhum dos profissionais relatou nada a respeito das complicações sensitivas e que não apresentam capacitações para atendimento específico a esse coletivo, com isso verifica-se assim, a necessidade de educação permanente em saúde para a renovação desses conhecimentos e prestação de cuidado adequado.
Palavras-chave: acidente vascular encefálico, intervenção fisioterapêutica, pós imediato de acidente vascular encefálicoReferências
Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth. Tratado de Enfermagem médico-cirúrgica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2012.
Leite HR, Nunes APN, Corrêa CL. Perfil epidemiológico de pacientes acometidos por acidente vascular encefálico cadastrados na Estratégia de Saúde da FamÃlia em Diamantina. Fisioter Pesqui 2009;16(1).
O’ Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia - avaliação e tratamento. 3 ed. São Paulo: Manole; 2004.
Nonino F, Benedeti MR, Kreulich E. Orientações a cuidadores de pacientes hemiplégicos em fase aguda pós-episódio de acidente vascular encefálico (AVE). Rev Saúde e Pesqui 2008;1(3):287-93.
Bobath B. Hemiplegia no adulto: avaliação e tratamento. São Paulo: Manole; 1990.
Cancela DMG. O acidente vascular cerebral - classificação, principais consequências e reabilitação. Rev Psicol 2008:1-19.
Freitas MS. A atenção básica como Campo de Atuação da Fisioterapia no Brasil: as Diretrizes Curriculares resignificando a prática profissional [Tese]. Rio de Janeiro (RJ): Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 2006.
Souza MC, Bomfim AS, Souza JN, Batista TF. Fisioterapia e Núcleo de Apoio à Saúde da FamÃlia: conhecimento, ferramentas e desafios. O Mundo da Saúde 2013;37(2):176-84.
Silva EJA. Reabilitação após o AVC. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; 2010.
Marques OS, Nogueira SPBO. Efeitos da Eletroestimulação Funcional e Kabat na Funcionalidade do Membro Superior de Hemiparéticos. Rev Neurocienc 2011;4(19):694-701.
Marcucci FC, Cardoso NS, Berteli KS, Garanhani MR, Cardoso JR. Alterações eletromiográficas dos músculos do tronco de pacientes com hemiparesia após acidente vascular encefálico. Arq Neuropsiquiatr 2007;(65):5-900.
Feltrin MIZ, Sarmento JV, Costa D, Nozawa E. Perfil de fisioterapeutas brasileiros que atuam em unidades de terapia intensiva. Fisioter Pesqui 2008:15(2):177-82.
Badaró AFV, Guilhem D. Perfil sociodemográfico e profissional de fisioterapeutas e origem das suas concepções sobre ética. Fisioter Mov 2011;24(3):445-54.
Moreira C, Modenese F. Reportagem: Janelas de tempo: a eficácia do atendimento de emergência. Com Ciência 2009;(109).
Stiller K. Physiotherapy in intensive care: towards an evidence-based practice. Chest 2000;118.
Morin E. O método. 3 ed. Porto Alegre: Sulina; 2009.
Almeida MCV, Ribeiroe G, Mandesd RG. Conhecimento de Enfermeiros da Estratégia de Saúde da FamÃlia Acerca do Acidente Vascular Encefálico. Rev de Divulgação CientÃfica Sena Aires 2013;(1):19-26.
Brasil. Ministério da saúde. Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Acidente Vascular Cerebral. BrasÃlia DF; 2013.
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. D.O.U nº. 093 - de 21/05/87, Seção I, Págs. 7609. Resolução Coffito-37
Oliveira VR. Atuação fisioterapêutica no pós-imediato de acidente vascular encefálico (AVE). [Monografia]. João Pessoa (PB): Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ; 2012.
Valente SCF, Paula EB, Abranches M, Masiero D, Chamlian TR, Laccano SN, et al. Resultados da fisioterapia hospitalar na função do membro superior comprometido após acidente vascular encefálico. Rev Neurocienc 2006;14(3):122-6.
Haase VG, Lacerda SS. Neuroplasticidade, variação interindividual e recuperação funcional em neuropsicologia. Temas em neuropsicologia da SBP 2004;12(1).
Motta E, Natalio MA, Waltrick PT. Intervenção fisioterapêutica e tempo de internação em pacientes com Acidente Vascular Encefálico. Rev Neurocienc 2008;16(2):118-23.
Correa ACS, Silva JDS, Silva LVC, Oliveira DA, Cabral ED. Crioterapia e cinesioterapia no membro superior espástico no acidente vascular cerebral. Fisioter Mov 2010;23(4):555-63.
Bernhardt J, Dewey H, Thrift A, Collier J, Donnan G. A very early rehabilitation trial for stroke (AVERT): phase II safety and feasibility. Stroke 2008;39:390-6.
Fang Y, Chen X, Li H, Lin J, Huang R, Zeng J. A study on additional early physiotherapy after stroke and factors affecting functional recovery. Clin Rehabil 2003;17:608-17.
Mendes IS, Reis MCR, Souza DQ, Borges ACL, Freitas STT, Lima FPS et al. Métodos terapêuticos utilizados em sujeitos com deficiência sensório motora após disfunção vascular encefálica: revisão de literatura. Revista Univap 2012;18(31).
Perlini NMOG, Faro ACM. Cuidar de pessoa incapacitada por acidente vascular cerebral no domicÃlio: o fazer do cuidador familiar. Rev Esc Enferm USP 2005;39(2):154-63.
Valente SCF, Masiero D, Borges H. Resultados da fisioterapia hospitalar na função do membro superior comprometido após acidente vascular encefálico. Rev Neurociênc 2006;14(3):122-26.
Góis CMS, Araújo MCNV, Silva KC, Araújo ATC. Avaliação do conhecimento dos fisioterapeutas neurofuncionais acerca da SÃndrome de Pusher. Rev Neurocienc. 2011;19(4):595-601.
Bender L, McKenna K. Hemiplegic shoulder pain: defining the problem and its management. Disabil Rehabil 2001;10:698-705.
Ada L, Foongchomcheay A. Efficacy of electrical stimulation in preventing or reducing subluxation of the shouder after stroke: a meta-analysis. Aust J Phys 2002;48:257-67.
Monteiro NM, Guedes GAP, Júnior AMR. Análise da qualidade de vida dos pacientes internados em âmbito hospitalar: Importância da Fisioterapia. Revista Interdisciplinar de Estudos Experimentais 2009;1(4):7-12.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.