Depressão em pacientes com sequela neurológica de acidente vascular encefálico

Autores

  • Hyalle Maria Militão Vieira FIP
  • Luma Letí­cia Santos Brilhante Borges FIP
  • Samara Campos de Assis FIP

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v19i5.2620

Resumo

A depressão é um dos transtornos de humor caracterizado por lentificação dos processos psí­quicos, humor depressivo, desinteresse, apatia, dificuldade de concentração e pensamentos de cunho negativo. É a complicação psiquiátrica mais frequente nos pacientes com acidente vascular encefálico (AVE). Esta pesquisa teve como objetivo identificar a possí­vel existência de depressão e o seu í­ndice nos pacientes que sofreram AVE atendidos em uma Clí­nica Escola de Fisioterapia e em um Centro de Reabilitação para Pessoas Portadoras de Deficiência de um municí­pio do sertão paraibano. Para isso, foi realizada uma pesquisa do tipo transversal, com abordagem quantitativa, no perí­odo de fevereiro a abril de 2013, utilizando o questionário clí­nico-epidemiológico e a Escala Geriátrica de depressão. Foram entrevistados 14 pacientes com sequela neurológica de AVE, com faixa etária acima de 30 anos, com maioria do gênero masculino. Após a aplicação da escala de depressão nestes pacientes, concluiu-se que a grande maioria 71,4% dos pacientes com sequela neurológica de AVE possuí­am sinais depressivos. O impacto psicológico gerado pelas limitações impostas pelo AVE pode ser condição suficiente para originar um quadro de depressão. A presença dos transtornos psicológicos é determinante na qualidade de vida do indiví­duo.

Palavras-chave: acidente vascular encefálico, depressão, epidemiologia.

Biografia do Autor

Hyalle Maria Militão Vieira, FIP

Discente do Curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Patos-FIP

Luma Letí­cia Santos Brilhante Borges, FIP

Fisioterapeuta graduada pelas Faculdades Integradas de Patos-FIP

Samara Campos de Assis, FIP

Docente do Departamento de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Patos/PB

Referências

Costa Schuster R, Cunha Polese J, Azevedo Silva SL, Perin V, Petterson Seben Y. Caracterização de internações hospitalares por acidente vascular encefálico na cidade de Passo Fundo-RS. ConScientiae Saúde 2009;8(4).

Radanovic M. Características do atendimento de pacientes com acidente vascular cerebral em hospital secundário. Arq Neurol 2005;58(1):99-106.

Benvegnu AB., Gomes LA, Souza CD, Cuadros TBB, Pavão LW, Ãvila SN. Avaliação da medida de independência funcional de indivíduos com seqüelas de acidente vascular encefálico (AVE). Rev Ciênc Saúde 2008;1(2):71-7.

Ovando AC, Michaelsen SM, Dias JA, Herber V. Treinamento de marcha, cardiorrespiratório e muscular após acidente vascular encefálico: estratégias, dosagens e desfechos. Fisioter Mov 2017;23(2).

Terroni LDMN, Leite CC, Tinone G, Fráguas Jr R. Depressão pós-AVC: fatores de risco e terapêutica antidepressiva. Rev Assoc Med Bras 2003;49(4):450-9.

Del Porto JA. Conceito e diagnóstico. Rev Bras Psiquiatr 1999;21:6-11.

O'sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia: avaliação e tratamento. São Paulo: Manole; 2004.

Organização Mundial da Saúde. Relatório sobre a saúde no mundo: Saúde mental: nova concepção, nova esperança; 2001.

Scalzo PL, Souza ES, Moreira AGO, Vieira DAF. Qualidade de vida em pacientes com acidente vascular cerebral: clínica de fisioterapia PUC Minas Betim. Revista Neurociências 2010;18(2):139-44.

Yamamoto FI. Doenças cerebrovasculares. Clínica Médica2009;6:407-30.

Oliveira Girardon Perlini NM, Mancussi, Faro AC. Cuidar de pessoa incapacitada por acidente vascular cerebral no domicílio: o fazer do cuidador familiar. Revista da Escola de Enfermagem da USP 2005;39(2).

De Almeida Fleck MP, da Silva Lima AFB, Louzada S, Schestasky G, Henriques A, Borges VR, Camey S. Associação entre sintomas depressivos e funcionamento social em cuidados primários à saúde.Rev Saúde Pública 2002;36(4):431-8.

Pereira ABCND, Alvarenga H, Pereira Júnior RS, Barbosa MTS. Prevalência de acidente vascular cerebral em idosos no Município de Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil, através do rastreamento de dados do Programa Saúde da Família. Cad Saúde Pública 2009:1929-36.

De Souza Oliveira, AR, de Sousa Costa AG, Carvalho de Sousa VE, Leite de Araujo T, Martins da Silva V, de Oliveira Lopes MV, Moreira Leitão Cardoso MVL. Escalas para avaliação da sobrecarga de cuidadores de pacientes com Acidente Vascular Encefálico. Revista Brasileira de Enfermagem 2012;65(5).

de Haan EH, Nys GM, Van Zandvoort MJ. Cognitive function following stroke and vascular cognitive impairment. Current Opinion in Neurology 2006;19(6):559-564.

Galhardo VÂC, Mariosa MAS, Takata JPI. Depressão e perfis sociodemográfico e clínico de idosos institucionalizados sem déficit cognitivo. Rev Med Minas Gerais 2010;20(1):16-21.

Marchiori Buss P. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência & saúde coletiva 2000;5(1).

Minayo MCDS, Buss PM, Hartz, ZMDA. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário; 2000.

Falavigna A, Teles AR, Vedana VM, Kleber FD, Mosena G, Velho MC, Roth F. Awareness of stroke risk factors and warning signs in southern Brazil. Arq neuro-psiquiatr 2009;67(4):1076-81.

Zinni JV. Acidente vascular cerebral. Rio de Janeiro: Universidade Camilo Castelo Branco; 2004.

McLean N, Pound P, Wolfe C, Rudd A. Qualitative analysis of stroke patients' motivation for rehabilitation. BMJ 2000;321(7268):1051-4.

Marot R. Depressão: transtornos relacionados por semelhança ou classificação, 2004.

Ostir GV, Markides KS, Peek MK, Goodwin JS. The association between emotional well-being and the incidence of stroke in older adults. Psychosomatic medicine 2001;63(2):210-5.

Bechara A, Damasio H, Damasio AR. Emotion, decision making and the orbitofrontal cortex. Cerebral córtex 2000;10(3):295-307.

Downloads

Publicado

2018-11-06