Avaliação da funcionalidade de pacientes com sequelas de acidente vascular cerebral através da escala de Rankin

Autores

  • Manuela Carla de Souza Lima Daltro FIP

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v19i5.2622

Resumo

O AVC ocasiona alterações sensoriais e cognitivas. Grande parte dos sobreviventes possuem deficiências neurológicas e funcionais significativas, com perda da independência e da autonomia. Uma avaliação funcional permite acompanhar a evolução do paciente em seu processo de reabilitação, ocasionando a melhora das intervenções fisioterapêuticas e a verificação dos ganhos. O objetivo foi avaliar a funcionalidade de pacientes com sequelas de AVC através da escala de Rankin. Consiste em um estudo observacional e quantitativo composto por 50 pessoas com sequelas de AVC residentes nas cidades de Condado e São Mamede/PB. Foram coletadas variáveis sociodemográficas e clí­nicas e aplicada a Escala de Rankin para avaliação da funcionalidade. Os dados foram avaliados pelo SPSS (22.0) e apresentados através de estatí­stica descritiva. Prevaleceram na amostra mulheres (54%), brancas (48%), agricultoras (38%), com baixa escolaridade (46%) e renda mí­nima (72%). O tipo de AVC predominante foi o isquêmico (28%) com igual representatividade do hemisfério acometido e sequelas motoras (70%). A avaliação através da escala de Rankin mostrou uma incapacidade leve (32%). Por meio deste estudo foi possí­vel notar a importância de ferramentas práticas de avaliação como a escala de Rankin que permite, traçar um plano de reabilitação objetivando recuperação motora máxima.

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral, Escalas, Fisioterapia.

Biografia do Autor

Manuela Carla de Souza Lima Daltro, FIP

Fisioterapeuta especialista em unidade de terapia intensiva (UTI), fisioterapia neurofuncional da criança e do adolescente, Mestre e Doutoranda pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, docente do curso de fisioterapia das Faculdades Integradas de Patos (FIP)

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Publicado

2018-11-06