Influência da eletroestimulação parassacral e do biofeedback manométrico, na incontinência urinária por hiperatividade do detrusor como sequela de mielite transversa aguda
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v16i2.282Resumo
Objetivo: Analisar a influência da eletroestimulação (EE) parassacral e do biofeedback manométrico em uma mulher com incontinência urinária motivada por hiperatividade do detrusor como sequela de mielite transversa aguda. Método: Estudo de caso, com paciente do sexo feminino, 54 anos, cadastrada no ambulatório de Fisioterapia Uroginecológica da Clínica de Fisioterapia da Universidade Santa Cecília, em Santos/SP. Para avaliar a musculatura do assoalho pélvico, foi utilizada a escala de Oxford. Para sintomas urinários, foi utilizado o diário miccional, e para a confirmação do diagnóstico, foi empregado o estudo urodinâmico. A intervenção foi realizada 2 vezes por semana durante 10 sessões. Para a EE foi utilizado o Dualpex-Uro e os parâmetros foram: 20 minutos, 10 Hz, 250 microssegundos e intensidade variando de acordo com a sensibilidade da paciente. Após a EE, a paciente realizou 10 minutos de biofeedback manométrico. Resultados: Houve aumento de 39,6 ml de urina eliminada enquanto a paciente estava acordada e aumento de 58 ml durante a madrugada, totalizando 97,6 ml de volume urinado. Em relação í frequência urinária, houve redução de 2,7 micções enquanto a paciente estava acordada e 2,3 micções durante a madrugada. A força muscular do assoalho pélvico aumentou de 3 para 4 na escala de Oxford. Conclusão: Foi observado que o biofeedback aumentou a conscientização da paciente e a força dos músculos do seu assoalho pélvico. A eletroestimulação mostrou-se eficaz na inibição do músculo detrusor, contribuindo para o aumento do volume urinado e a redução da frequência urinária da paciente com bexiga hiperativa.
Palavras-chave: bexiga urinária hiperativa, mielite transversa, biorretroalimentação psicológica, estimulação elétrica nervosa transcutânea.
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