Crochetagem miofascial no tratamento de cicatrizes de pacientes com sintomas musculoesqueléticos

Autores

  • Bruna Aparecida Iga UNIFAI
  • Francisco Martins Arrojo Junior UNIFAI
  • Gabriel Gustavo Andrade Chum UNIFAI
  • Ivan Luiz Pavanelli UNIFAI
  • Kelvin Anequini Santos UNISALESIANO
  • Paulo Roberto Rocha Júnior UNIFAI
  • Bruno Gonçalves Dias Moreno UNIFAI
  • Guilherme Batista do Nascimento UNIFAI

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v20i2.2845

Resumo

O Brasil apresenta altas taxas de cesariana, uma das maiores do mundo. Com essa predominância, ocorre consequentemente o aumento das cicatrizes. A técnica de crochetagem tem como objetivo tratar tensões musculares e fasciais, liberando aderências encontradas em patologias ortopédicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da crochetagem miofascial sobre a intensidade de dor, sensibilidade, amplitude de movimento e temperatura de superfí­cie, quando aplicada sobre cicatriz de cesariana. Para o estudo foram selecionadas 26 mulheres, matriculadas em cursos da área da saúde da universidade, com idade ≥ 18 anos, que realizaram tal cirurgia. As mesmas foram avaliadas e receberam aplicação da técnica, retornando no dia subsecutivo para a reavaliação. A flexibilidade foi avaliada pelo teste de "Teste do Sentar e Alcançar", avaliação da dor do local através da algometria e para análise térmica foi utilizado um sistema imageador. Os resultados demonstraram uma diminuição da intensidade de dor (p = 0,0001), dor ao movimento (p = 0,0001), flexibilidade (p = 0,01) e a avaliação da temperatura no local dos sintomas não teve alterações (p = 0,70). A crochetagem miofascial contribuiu para a diminuição da sensação de dor, assim como a sensibilidade vertebral correspondente ao dermátomo, e foi observado um ganho considerável na flexibilidade da amostra estudada.

Palavras-chave: sistema musculoesquelético, terapia manual, fáscia, cicatriz, cesárea.

Biografia do Autor

Bruna Aparecida Iga, UNIFAI

Graduada em Fisioterapia, Unifai, Centro Universitário de Adamantina/SP

Francisco Martins Arrojo Junior, UNIFAI

Graduado em Fisioterapia, Unifai, Centro Universitário de Adamantina/SP

Gabriel Gustavo Andrade Chum, UNIFAI

Graduado em Fisioterapia, Unifai, Centro Universitário de Adamantina/SP

Ivan Luiz Pavanelli, UNIFAI

Graduado em Fisioterapia, Unifai, Centro Universitário de Adamantina/SP

Kelvin Anequini Santos, UNISALESIANO

**Graduado em Fisioterapia, Unisalesiano, Lins/SP

Paulo Roberto Rocha Júnior, UNIFAI

Docente do Curso de Fisioterapia da Unifai, Centro Universitário de Adamantina/SP

Bruno Gonçalves Dias Moreno, UNIFAI

Docente do Curso de Fisioterapia da Unifai, Centro Universitário de Adamantina/SP

Guilherme Batista do Nascimento, UNIFAI

Doutor em genética e melhoramento animal pela UNESP de Jaboticabal/SP,  Docente do Centro Universitário de Adamantina/SP

Referências

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Publicado

2019-05-01

Edição

Seção

Caderno Osteopatia