Prevalência de deiscência da ferida operatória pós-dermolipectomias e pós-reconstrução mamária
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v16i2.286Resumo
Introdução: A deiscência da ferida operatória é uma das complicações mais encontradas pelos fisioterapeutas no pós-operatório de Cirurgia Plástica, e ao se determinar sua prevalência, área e tipo de cirurgia, pode-se planejar de forma mais adequada o tratamento fisioterapêutico. Objetivo: Verificar a prevalência de deiscência no pós-operatório de dermolipectomias e reconstrução mamária em um Serviço Público de Cirurgia Plástica. Métodos: Foram entrevistados todos os pacientes do ambulatório de Cirurgia Plástica do Hospital Ipiranga – Residência Médica, no período junho/2012 a agosto/2014 que realizaram abdominoplastia, mamoplastia, reconstrução mamária, braquioplastia e cruroplastia. As deiscências foram medidas com fita métrica para separar os que apresentaram deiscência menor que 1 cm². Os que tiveram ferida maior que 1 cm² foram avaliados por meio de fotografias padronizadas e analisadas pelo programa Image J® para se obter a área em cm². Foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis para as variáveis: procedimentos cirúrgicos, deiscências e tamanho da área das deiscências; de Friedman para comparações por tipo de cirurgia e Qui-Quadrado para associação entre fatores de risco e deiscências. Considerou-se o nível de significância de 5% (p < 0,05). Resultados: Participaram n = 224 pacientes, sendo 99,5% do gênero feminino, faixa etária média de 39,92 ± 10,9 anos, submetidos a abdominoplastia (n = 123, 54,91%), mamoplastia e reconstrução mamária (n = 79, 35,27%), braquioplastia (n = 13, 5,80%), cruroplastia (n = 9, 4,02%). As deiscências aconteceram em 35,26% (n = 79) dos pacientes, sendo menores que 1 cm2 em 49,57% (n = 59) e as maiores que 1 cm2 em 50,42% (n = 60). Dois pacientes necessitaram de reintervenção cirúrgica. Conclusão: A prevalência de deiscência da ferida operatória ocorreu em mais de 1/3 dos pacientes, distribuídas proporcionalmente em menores e maiores que 1 cm2 e mais frequentes após mamoplastias. As complicações e fatores de risco associados foram seroma e tabagismo, respectivamente.
Palavras-chave: deiscência da ferida operatória, abdominoplastia, mamoplastia, cirurgia plástica, Serviço Hospitalar de Fisioterapia.
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