Efeitos do treino de equilíbrio na velocidade de marcha, mobilidade e qualidade de vida de indivíduos pós acidente vascular encefálico
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v21i1.2865Palavras-chave:
acidente vascular cerebral, equilíbrio postural, participação socialResumo
Introdução: O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura investigando os efeitos do treino de equilíbrio na velocidade de marcha, mobilidade e qualidade de vida de indivíduos hemiparéticos. Métodos: Foram realizadas buscas nas bases de dados Medline, Cinahl, Web of Science, Lilacs e PEDro, sem restrição em relação ao idioma e ano de publicação do estudo. Os artigos foram avaliados pelo título, resumo e posteriormente pelo texto completo e, enfim, selecionados em relação à elegibilidade por dois autores independentes. A qualidade metodológica dos estudos experimentais incluídos foi avaliada de acordo com a escala PEDro. Resultados: Oito artigos foram incluídos na presente revisão. A descrição dos resultados sugere que o treino de equilíbrio pode ser eficaz para aumentar a velocidade de marcha e melhorar a mobilidade de indivíduos hemiparéticos. Embora esses resultados sejam promissores, os estudos apresentam uma qualidade metodológica entre moderada a baixa. Além disso, os efeitos na participação social/qualidade de vida ainda são inconclusivos, uma vez que apenas um estudo avaliou essa variável. Conclusão: O treino de equilíbrio parece melhorar a velocidade de marcha e mobilidade de indivíduos hemiparéticos, porém o efeito na participação social ainda deve ser melhor investigado.
Referências
Ministério da Saúde. Diretrizes de Atenção í Reabilitação da Pessoa com Acidente Vascular Cerebral. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.
Park KT, Kim HJ. Effect of a circuit training program using obstacles on the walking and balance abilities of stroke patients. J Phys Ther Sci 2016;28:1194-8.
Schinkel-Ivy A, Wong, JS, Mansfield A. Balance confidence is related to features of balance and gait in individuals with chronic stroke. J Stroke Cerebrovasc Dis 2017;26:237-45. doi: 10.1016/j.jstrokecerebrovasdis.2016.07.022
Braun A, Herber V, Michaelsen SM. Relationship among physical activity level, balance and quality of life in individuals with hemi paresis. Rev Bras Med Esp 2012;18:30-4. doi: 10.1590/S1517-86922012000100006
Bae Y-H, Ko Y, Ha H, Ahn SY, Lee W, Lee SM. An efficacy study on improving balance and gait in subacute stroke patients by balance training with additional motor imagery: a pilot study. J Phys Ther Sci 2015;27:3245-8.
Obembe AO, Olaogun MO, Adedoyin R. Gait and balance performance of stroke survivors in South-Western Nigeria - A cross-sectional study. Pan African Med J 2014;17(Suppl 1):6. doi: 10.11694/pamj.supp.2014.17.1.3001
Ibrahimi N, Tufel S, Singh H, Maurya M. Effect of sitting balance training under varied sensory input on balance and quality of life in stroke patients. Ind J Physiother Occup Ther 2010;4:40-5.
Langhammer B, Lindmark B, Stanghelle JK. The relation between gait velocity and static and dynamic balance in the early rehabilitation of patients with acute stroke. Adv Physiother 2006;8:60-5. doi: 10.1080/14038190600621730
Rodrigues-Baroni JM, Nascimento LR, Ada L, Teixeira-Salmela LF. Walking training associated with virtual reality-based training increases walking speed of individuals with chronic stroke: systematic review with meta-analysis. Braz J Phys Ther 2014;18:502-12. doi: 10.1590/bjpt-rbf.2014.0062
Bayouk JF, Boucher JP, Leroux A. Balance training following stroke: effects of task-oriented exercises with and without altered sensory input. Int J Rehabil Res 2006;29:51-9. doi: 10.1097/01.mrr.0000192100.67425.84
Goljar N, Burger H, Rudolf M, Stanonik I. Improving balance in subacute stroke patients: a randomized controlled study. Int J Rehabil Res 2010;33:205-10. doi: 10.1097/MRR.0b013e328333de61
Lau RW, Yip SP, Pang MY. Whole-body vibration has no effect on neuromotor function and falls in chronic stroke. Med Sci Sports Exerc 2012;44:1409-18. doi: 10.1249/MSS.0b013e31824e4f8c
Lee SH, Byun SD, Kim CH et al. Feasibility and effects of newly developed balance control trainer for mobility and balance in chronic stroke patients: a randomized controlled trial. Ann Rehabil Med 2012;36:521-9. doi: 10.5535/arm.2012.36.4.521
Miklitsch C, Krewer C, Freivogel S, Steube D. Effects of a predefined mini-trampoline training programme on balance, mobility and activities of daily living after stroke: a randomized controlled pilot study. Clin Rehabil 2013;27:939-47. doi: 10.1177/0269215513485591
Yavuzer G, Eser F, Karakus D, Karaoglan B, Stam HJ. The effects of balance training on gait late after stroke: a randomized controlled trial. Clin Rehabil 2006;20:960-9. doi: 10.1177/0269215506070315
Cromwell RL, Newton RA. Relationship between balance and gait stability in healthy older adults. J Aging Phys Act 2004;12:90-100. doi: 10.1123/japa.12.1.90
Perry J, Garrett M, Gronley JK, Mulroy SJ. Classification of walking handicap in the stroke population. Stroke 1995;26:982-9. doi: 10.1161/01.str.26.6.982
Podsiadlo D, Richardson S. The timed Up & Go: a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc 1991;39:142-8. doi: 10.1111/j.1532-5415.1991.tb01616.x
Desrosiers J, Noreau L, Rochette A, Bravo G, Boutin C. Predictors of handicap situations following post-stroke rehabilitation. Disabil Rehabil 2002;24:774-85. doi: 10.1080/09638280210125814
Delboni MCC, Malengo PDC, Schmidt EPR. Relação entre os aspectos das alterações funcionais e seu impacto na qualidade de vida das pessoas com sequelas de Acidente Vascular Encefálico (AVC). Mundo Saúde 2010;34:165-75.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Letícia Costa Queiroz, Kênia Kiefer Parreiras de Menezes, Patrick Roberto Avelino

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.