Atuação da fisioterapia em uma maternidade: percepção da equipe multiprofissional de saúde
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v16i1.291Resumo
Introdução: O campo de atuação da Fisioterapia é vasto tendo, atualmente, onze áreas de especializações, como a Fisioterapia em Saúde da Mulher. Nessa, o fisioterapeuta tem a oportunidade de atuar, entre outros, no período gestacional, durante o trabalho de parto e no puerpério, objetivando o bem estar da gestante/parturiente/puérpera. Objetivo: Identificar a percepção da equipe multiprofissional de saúde sobre a atuação da Fisioterapia em uma maternidade. Métodos: Estudo descritivo com abordagem qualitativa desenvolvida de agosto a novembro de 2011, com entrevistas gravadas com oito profissionais de saúde de uma maternidade em Santa Maria/RS. Resultados: A média de idade, tempo de serviço e formação profissional foi respectivamente de 37 anos, 14,84 anos e 14,78 anos. Evidenciou-se a percepção dos profissionais em relação í necessidade de se ter um fisioterapeuta na equipe, apesar de uns desconhecerem a atuação do mesmo. Outros dados identificados na análise foram os benefícios e as dificuldades da atuação dos fisioterapeutas como acalmar e tranquilizar a parturiente e a resistência de outros profissionais sobre a Fisioterapia. Notou-se também aspectos positivos e negativos do trabalho em equipe como benefício para as usuárias e a dificuldade de lidar com outros conhecimentos. Conclusão: A equipe de saúde nota a existência de benefícios na atuação da Fisioterapia, porém fazem-se necessários mais estudos sobre este tema para que se possa assim comprovar a necessidade e importância da atuação deste profissional nas maternidades brasileiras, já que hoje poucos fisioterapeutas ocupam este espaço.
Palavras-chave: Unidade Hospitalar de Ginecologia e Obstetrícia, modalidades de fisioterapia, saúde da mulher.
Referências
Cavalcante CCL, Rodrigues ARS, Dadalto TV, Silva EB. Evolução cientÃfica da fisioterapia em 40 anos de profissão. Fisioter Mov 2011;24(3):513-22.
Neves LMT, Aciole GG. Desafios da integralidade: revisitando as concepções sobre o papel do fisioterapeuta na equipe da Saúde da FamÃlia. Interface Comun Saúde Educ 2011;15(37):551-64.
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Definição de Fisioterapia, 2014. [citado 2014 Jul 19]. DisponÃvel em URL:http://www.coffito.org.br
Rodriguez MR. Análise histórica da trajetória profissional do fisioterapeuta até sua inserção nos Núcleos de Apoio a Saúde da FamÃlia (NASF). Comun Ciênc Saúde 2010;21(3):261-6.
Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região. Comissão Executiva nacional discute Especialidades. Rev Crefito-5 2011;33(8):01-36.
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Resolução Nº. 372/2009, 2009. [citado 2014 Jun19]. DisponÃvel em URL: http://www.coffito.org.br
Moreno AL. Fisioterapia em Uroginecologia. 2.ed. São Paulo: Manole; 2009.
Etianne MA, Waitman MC. Fisioterapia nas disfunções sexuais femininas. In: Moreno AL. Fisioterapia em Uroginecologia. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2009. p.201-10.
Ferreira CHJ. Fisioterapia na saúde da mulher: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011.
Souza ELBL. Fisioterapia aplicada à obstetrÃcia e aspectos de neonatologia: uma visão multidisciplinar. 2ª ed. Belo Horizonte: Health; 2009.
Beleza ACS, Carvalho GP. Atuação fisioterapêutica no puerpério. Revista Hispeci e Lema 2010;1(1):1-6.
Ministério da Saúde (BR). Apresentação [Internet]. BrasÃlia (DF): Ministério da Saúde; 2011. [citado 2011 Nov 8]. DisponÃvel em URL: http://portal.saude.gov.br/portal/saude
Ministério da Saúde (BR). PolÃtica Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: PrincÃpios e Diretrizes. 1ª .ed. 2.reimpreção. BrasÃlia (DF): Ministério da Saúde; 2009.
Petri FC. História e Interdisciplinaridade no processo de Humanização da Fisioterapia [Dissertação]. Santa Maria: UFSM; 2006.
Bauer MW, Gaskell G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: Um manual prático. 8ª ed. Petrópolis: Vozes; 2010.
Esser MAMS, Mamede FV, Mamede MV. Perfil dos profissionais de enfermagem que atuam em maternidades em Londrina, PR. Rev Eletrônica Enferm 2012;14(1):133-41.
Paz LS, Fensterseifer LM. Equipe de enfermagem e o acompanhante no parto em um hospital público de Porto Alegre. Revista Interdisciplinar Novafapi 2011;4(1):9-13.
Peduzzi M. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Rev Saúde Pública 2001;35(1):103-9.
Scherer MDA, Pires DEP, Jean R. A construção da interdisciplinaridade no trabalho da Equipe de Saúde da FamÃlia. Ciênc Saúde Coletiva 2013;18(11):3203-12.
Pinho MCG. Trabalho em equipe de saúde: limites e possibilidades de atuação eficaz. Ciências Cognição 2006;08:68-87.
Oliveira ERA, Fiorin BH, Lopes LJ, Gomes MJ, Coelho SO, Morra JS. Interdisciplinaridade, trabalho em equipe e multiprofissionalismo: concepções dos acadêmicos de enfermagem. Rev Bras Pesqui Saúde 2011;13(4):28-34.
Duarte ED, Dittz ES, Madeira LM, Braga PP, Lopes TC. O trabalho em equipe expresso na prática dos profissionais de saúde. Rev Eletronica Enferm 2012;14(1):86-94.
Rett MT, Bernardes NO, Santos AM, Oliveira MR, Andrade SC. Atendimento de puérperas pela Fisioterapia de uma maternidade pública humanizada. Fisioter Pesqui 2008;15(4):361-6.
Mazzali L, Gonçalvez RN. Análise do tratamento fisioterapêutico na diminuição da dor durante o trabalho de parto normal. Ensaios e Ciência 2008;12(1):7-17.
Bavaresco GZ, Souza RSO, Almeica B, Sabatino JH, Dias M. O fisioterapeuta como profissional de suporte à parturiente. Ciênc Saúde Coletiva 2011;16(7):3259-66.
Canesin KF, Amaral WN. Atuação fisioterapêutica para diminuição do tempo do trabalho de parto: revisão de literatura. Femina 2010;38(8):429-33.
Costa ES, Pinon GMB, Costa TS, Santos RCA, Nóbrega AR, Sousa LB. Alterações Fisiológicas na percepção de mulheres durante a gestação. Rev RENE 2010;11(2):86-93.
Oliveira CFP, Barros DJM, Araújo FAB, Costa ANS, Lima AB. A incidência de dores musculoesqueléticas na gestação. Rev CientÃfica do Unisalesiano 2010;1(2):225-36.
Gil VFB, Osis MJD, Faúndes A. Lombalgia durante a gestação: eficácia do tratamento com Reeducação Postural Global (RPG). Fisioter Pesq 2011;18(2):164-70.
Fabrin ED, Croda RS, Oliveira MMF. Influência das técnicas de fisioterapia nas algias posturais gestacionais. Ensaios e Ciência 2010;14(2):155-62.
Castro AS, Castro AC, Mendonca AC. Abordagem fisioterapêutica no pré-parto: proposta de protocolo e avaliação da dor. Fisioter Pesqui 2012;19(3):2010-214.
Santana LS, Gall RBS, Marcolin AC, Ferreira CHJ, Quintana SM. Utilização dos recursos fisioterapêuticos no puerpério: revisão da literatura. Femina 2011;39(5):245-50.
Bio ER. Intervenção Fisioterapêutica na assistência ao trabalho de parto [Dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 2007.
Romano FB, Marques ASA, Gonzaga LSV. Análise da intervenção fisioterapêutica na assistência ao trabalho de parto. Caderno de Ciências Biológicas da Saúde 2013;(2):1-19.
Santos LM, Pereira SSC. Vivências de mulheres sobre a assistência recebida no processo parturitivo. Physis 2012;22(1):77-97.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
