Ultrassonografia diafragmática como ferramenta de avaliação no desmame da ventilação mecânica

Autores

  • Iani dos Santos Lippi IFRJ
  • Juliana Teixeira Mendes UFRJ
  • Marco Orsini USS
  • Caroline Aguiar da Costa USS
  • Suzana Griffo Tavares HFSE
  • Eduardo Tavares Lima Trajano USS
  • Ricardo Gaudio de Almeida IFRJ
  • Tiago Batista da Costa Xavier IFRJ
  • Mauricio de Sant'Anna Jr UFRJ
  • Victor Hugo Bastos UFPI
  • Silmar Teixeira UFPI
  • Luciana Moisés Camilo UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v20i4.3221

Resumo

A ultrassonografia é uma ferramenta diagnóstica muito utilizada na unidade de terapia intensiva devido ao baixo custo, por não ser um procedimento invasivo, de rápido aprendizado e oferecendo toda a gama de informações sobre diferentes órgãos e tecidos. Nos últimos anos, tem sido publicado um número crescente de artigos sobre a avaliação do diafragma. A ultrassonografia pode ser uma ferramenta útil para avaliar a disfunção diafragmática em pacientes crí­ticos, porém, apesar de existir padronização da técnica e das variáveis analisadas, ainda não existe consenso sobre a utilização das medidas que podem ser influenciadas pelo posicionamento do transdutor, tipo de ventilação (espontânea ou mecânica controlada) e posição do paciente. Sendo assim, esta revisão reuniu os trabalhos mais atuais a fim de elucidarmos as formas de avaliação morfofuncional por ultrassonografia do diafragma pela comunidade cientí­fica e fornecer conhecimentos a cerca dessa ferramenta. As variáveis ultrassonográficas mais utilizadas pelos autores encontradas nesta revisão foram: 1) a espessura diafragmática (ED); 2) a fração de espessamento diafragmática (FED); 3) a excursão diafragmática (ExD). A utilização do ultrassom na avaliação da disfunção e atrofia diafragmática em pacientes ventilados mecanicamente parece estar bem estabelecida na literatura, porém, o uso dessas três variáveis na predição de sucesso de desmame e extubação apresentam resultados inconclusivos.

Palavras-chave: ultrassonografia diafragmática, desmame da ventilação mecânica, terapia intensiva; urgência.

Biografia do Autor

Iani dos Santos Lippi, IFRJ

Fisioterapeuta pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ)

Juliana Teixeira Mendes, UFRJ

Programa de Mestrado Profissional para Pesquisa Biomédica do Instituto de Biofí­sica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ)

Marco Orsini, USS

Universidade Iguaçu – (UNIG) e Programa de Mestrado em Ciências Aplicadas em Saúde (USS – Universidade de Vassouras), Programa de Pós Doutorado em Mapeamento Cerebral e Funcionalidade – UFPI

Caroline Aguiar da Costa, USS

Universidade de Vassouras, Programa de Mestrado em Ciências Aplicadas em Saúde (USS-PGCS)

Suzana Griffo Tavares, HFSE

 Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HFSE)  

Eduardo Tavares Lima Trajano, USS

Universidade de Vassouras, Programa de Mestrado em Ciências Aplicadas em Saúde (USS-PGCS)

Ricardo Gaudio de Almeida, IFRJ

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Docente do curso de Fisioterapia

Tiago Batista da Costa Xavier, IFRJ

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Docente do curso de Fisioterapia

Mauricio de Sant'Anna Jr, UFRJ

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Docente do curso de Fisioterapia, Programa de Mestrado Profissional para Pesquisa Biomédica do Instituto de Biofí­sica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ)

Victor Hugo Bastos, UFPI

Programa de Mapeamento Cerebral e Funcionalidade – UFPI

Silmar Teixeira, UFPI

Programa de Mapeamento Cerebral e Funcionalidade – UFPI

Luciana Moisés Camilo, UFRJ

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Docente do curso de Fisioterapia, Programa de Mestrado Profissional para Pesquisa Biomédica do Instituto de Biofí­sica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ)

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Publicado

2019-09-03