Abordagem fisioterapêutica na incontinência urinária masculina pós-prostatectomia radical
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v15i2.329Resumo
A prostatectomia radical (PR) é o método de tratamento mais eficaz para o câncer de próstata, sendo a incontinência urinária (IU) uma complicação comum dessa cirurgia, o que compromete significativamente a qualidade de vida do homem. A fisioterapia destaca-se como um recurso que pode facilitar o processo de recuperação, e, em muitos casos, garantir a continência urinária. O presente estudo objetiva evidenciar a efetividade das diferentes modalidades fisioterapêuticas empregadas no tratamento da incontinência urinária após a prostatectomia radical. As buscas foram realizadas nas bases de dados Lilacs, Medline, Biblioteca Cochrane, Scielo, Pedro, Pubmed e Web of Science. Foram incluídos: artigos (ensaios clínicos prospectivos controlados e randomizados e ensaios clínicos randomizados) nos idioma inglês, espanhol e português, publicados de 2003 a 2012. Foram encontrados 43 artigos, apenas 08 preenchiam os critérios de inclusão, apresentando conteúdo relevante ao tema. Conclui-se que as diferentes modalidades fisioterapêuticas utilizadas para tratar a disfunção urinária (treinamento dos músculos do assoalho pélvico, eletroestimulação e biofeedback), sejam isoladas ou combinadas, trazem resultados satisfatórios no tratamento da incontinência após a prostatectomia radical. Essas técnicas aceleram a recuperação da continência urinária, com a melhoria da gravidade da incontinência, dos sintomas urinários e da qualidade de vida ao paciente.
Palavras-chave: prostatectomia, incontinência urinária, fisioterapia.
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