Análise da hidroterapia em mulheres com dor lombar e relação com as atividades da vida diária
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v15i4.352Resumo
A hidroterapia é um método de tratamento utilizado na lombalgia, pois os efeitos térmicos e mecânicos da água são benéficos ao organismo. O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da hidroterapia, através da Técnica Bad Ragaz, em mulheres com dor lombar crônica. Trata-se de estudo exploratório descritivo e transversal com abordagem qualitativa e quantitativa dos dados, realizado na Clínica de Terapias Integradas, localizada em Fortaleza/CE, no período de agosto a outubro de 2011, com mulheres acometidas de dor lombar crônica e atendidas na referida clínica, que se submeteram ao tratamento de hidroterapia com a Técnica de Bad Ragaz. Utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturada, contendo características sociodemográficas, percepções em relação aos efeitos da hidroterapia e o instrumento Escala Analógica de Dor. Para análise dos dados, utilizou-se a estatística descritiva que foi apresentada em percentuais e os dados da entrevista foram organizados segundo análise de conteúdo de Bardin. Os resultados encontrados mostraram presença de lombalgia crônica em várias mulheres e, segundo relato das mesmas, a dor apresenta níveis de intensidade variável e interfere significativamente na realização das atividades diárias e na autonomia das pacientes, principalmente no trabalho, na realização de atividades domésticas e de vestimenta pessoal. As principais causas de dor lombar encontradas foram o ganho de peso, postura inadequada durante as atividades rotineiras e a prática de atividades como empurrar móveis ou levantamento de peso. Dores lombares, durante a gestação e após parto, também foram relatadas. Concluiu-se que o tratamento de hidroterapia alivia significativamente os sintomas da lombalgia e a importância de um bom relacionamento do cliente com o fisioterapeuta na adesão ao tratamento.
Palavras-chave: hidroterapia, dor lombar, autonomia pessoal.
Â
Referências
Appel F. Coluna vertebral: conhecimentos básicos. Porto Alegre: Age; 2002.
Pinkallsky A, Thuler PAT, Brech GC, Cunha BMC. Os benefÃcios do Watsu no tratamento da dor crônica e qualidade de vida de pacientes fibromiálgicos. Fisioter Bras 2011;12(1):4-8.
Evcik D, Kizilay B, Gokçen E. The effects of balneotherapy on fibromyalgia patients. Rheumatol Int 2002;22(2):56-9.
Prescinotti AA, Pereira CFJ, Santos JR, Sebben ML, Bonzanini M, Casário NR. Fisioterapia aquática: aplicação dos princÃpios do Método Watsu na fibromialgia. Fisioter Pesqui 2005;12:452.
Mason VL, Skevington SM, Osborn M. Development of a pain and discomfort module for use with the WHOQOL – 100. Qual Life Res 2004;13:1139-52.
Gimenes RO, Santos EC, Silva TJPV. Watsu no tratamento da Fibromialgia: estudo piloto. Rev Bras Reumatol 2006;46(1):75-6.
Silva MC, Fassa AG, Valle NCJ. Dor lombar em uma população adulta do sul do Brasil: Prevalência e fatores associados. Cad Saúde Pública 2004;20(2):377-85.
Simmonds MJ. Fisiologia do exercÃcio clÃnico, afecções musculoesqueléticas, neoplásicas, imunológicas e hematológicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002.
Campion MR. Hidroterapia: princÃpios e prática. 1a ed. São Paulo: Manole; 2000.
Cole AJ, Morris DM, Ruoti RG. Reabilitação aquática. São Paulo: Manole; 2000.
Accacio LMP, Sacchelli T. Conceito Halliwick. In: Monteiro CG, Gava MV, eds. Fisioterapia aquática. São Paulo: Manole; 2007. p.67-74.
Garret G. Métodos dos anéis de Bad Ragaz. In: Ruot RG, Morris DM, Cole AJ. Reabilitação aquática. São Paulo: Manole; 2000. p. 319-22.
Dull H. Watsu. In: Ruot RG, Morris DM, Cole AJ. Reabilitação aquática. São Paulo: Manole; 2000. p. 367-83.
Pinkallsky A, Thuler PAT, Brech GC, Cunha BMC. Os benefÃcios do Watsu no tratamento da dor crônica e qualidade de vida de pacientes fibromiálgicos. Fisioter Bras 2011;12(1):4-8.
Carvalho DS, Kowacs PA. Avaliação da intensidade de dor. Migrâneas cefaleias 2006;9(4):164-8.
Sousa FF, Silva JA. A métrica da dor (dormetria): problemas teóricos e metodológicos. Revista Dor 2005;6(1):469-513.
Bardin L. Análise de conteúdo. 3a ed. Lisboa: Edições 70; 2004.
Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Resolução Nº 196 de 10 de outubro de 1996: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. BrasÃlia: MS; 1996.
Almeida ICGB, SA KNS, Silva MS. Prevalência de dor lombar crônica na população da cidade de Salvador. Rev Bras Ortop 2008;43(3):96-102.
Marinho ISF. Jesus GT. Causas de lombalgia em grupos de pessoas sedentárias e praticantes de atividades fÃsicas. Revista Digital EFDesportes 2006;10(92).
Helfenstein Júnior M, Goldenfun MA, Siena C. Lombalgia ocupacional. Rev Assoc Med Bras 2010;56(5):583-9.
Cordeiro V. Eficácia da hidroterapia no tratamento conservador da hérnia de disco lombar. Fisio&Terapia 2002.
Bottega FH, Fontana RT. A dor como quinto sinal vital: utilização da Escala de Avaliação por Enfermeiros de um Hospital Geral. Texto e Contexto Enferm 2010;19(2):283-90.
Dull H. Watsu Freesing the body in water. 1a ed. Middetown: Harbin Springs; 2000.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.