Associação entre funcionalidade e tempo de permanência de pacientes críticos em UTI
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v22i2.3896Palavras-chave:
unidades de terapia intensiva; limitação da mobilidade, tempo de internação, fisioterapiaResumo
Introdução: A imobilidade no leito de pacientes em unidades de terapia intensiva (UTI) favorece o maior tempo de permanência na unidade. Objetivos: Comparar a funcionalidade na admissão e na alta da UTI segundo a especialidade médica e correlacionar a funcionalidade na alta com o tempo de internação na UTI. Métodos: Estudo exploratório, longitudinal, realizado na UTI Geral de um hospital escola. Os pacientes foram divididos em grupos de acordo com a especialidade de internação: neurologia, pneumologia, gastroenterologia, politrauma e outros. O estado funcional prévio à internação foi obtido por meio da medida de independência funcional (MIF). Na alta foi aplicada a escala de mobilidade funcional em UTI (EMU). Resultados: Amostra de 174 pacientes, 53% do sexo masculino. O grupo politrauma apresentou idade significativamente menor que os outros grupos (p < 0,0001). O tempo médio de internação para os grupos neurologia e pneumologia apresentou correlação inversamente proporcional com p = 0 ,02 / r = -0,5 e p = 0,009 / r = -0,4 respectivamente. Não houve diferença significativa entre as médias da MIF na admissão (p = 0,11) e da EMU na alta (p = 0,24) entre as especialidades médicas em que os pacientes foram admitidos. Conclusão: Quanto maior o tempo de internação na UTI, menor a funcionalidade na alta em pacientes neurológicos e pneumopatas.
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