Associação entre funcionalidade e tempo de permanência de pacientes críticos em UTI

Autores

  • Sarah Maria Ramos FAMERP
  • José Vinicius de Souza Vaceli FAMERP
  • Odete Mauad Cavenaghi FAMERP
  • Juliana Rodrigues Correia Mello FAMERP
  • Marcus Vinicius Camargo de Brito FAMERP
  • Murilo José Fernandes FAMERP
  • Lucas Lima Ferreira FAMERP

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v22i2.3896

Palavras-chave:

unidades de terapia intensiva; limitação da mobilidade, tempo de internação, fisioterapia

Resumo

Introdução: A imobilidade no leito de pacientes em unidades de terapia intensiva (UTI) favorece o maior tempo de permanência na unidade. Objetivos: Comparar a funcionalidade na admissão e na alta da UTI segundo a especialidade médica e correlacionar a funcionalidade na alta com o tempo de internação na UTI. Métodos: Estudo exploratório, longitudinal, realizado na UTI Geral de um hospital escola. Os pacientes foram divididos em grupos de acordo com a especialidade de internação: neurologia, pneumologia, gastroenterologia, politrauma e outros. O estado funcional prévio à internação foi obtido por meio da medida de independência funcional (MIF). Na alta foi aplicada a escala de mobilidade funcional em UTI (EMU). Resultados: Amostra de 174 pacientes, 53% do sexo masculino. O grupo politrauma apresentou idade significativamente menor que os outros grupos (p < 0,0001). O tempo médio de internação para os grupos neurologia e pneumologia apresentou correlação inversamente proporcional com p = 0 ,02 / r = -0,5 e p = 0,009 / r = -0,4 respectivamente. Não houve diferença significativa entre as médias da MIF na admissão (p = 0,11) e da EMU na alta (p = 0,24) entre as especialidades médicas em que os pacientes foram admitidos. Conclusão: Quanto maior o tempo de internação na UTI, menor a funcionalidade na alta em pacientes neurológicos e pneumopatas.

Biografia do Autor

Sarah Maria Ramos, FAMERP

Programa de Aperfeiçoamento em Fisioterapia Respiratória Adulto, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

José Vinicius de Souza Vaceli, FAMERP

Programa de Aperfeiçoamento em Fisioterapia Respiratória Adulto, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

Odete Mauad Cavenaghi, FAMERP

M.Sc., Programa de Aperfeiçoamento em Fisioterapia Respiratória Adulto, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

Juliana Rodrigues Correia Mello, FAMERP

Serviço de Fisioterapia, Unidade de Terapia Intensiva Geral, Hospital de Base, São José do Rio Preto, SP

Marcus Vinicius Camargo de Brito, FAMERP

Serviço de Fisioterapia, Unidade de Terapia Intensiva Geral, Hospital de Base, São José do Rio Preto, SP

Murilo José Fernandes, FAMERP

Serviço de Fisioterapia, Unidade de Terapia Intensiva Geral, Hospital de Base, São José do Rio Preto, SP

Lucas Lima Ferreira, FAMERP

Serviço de Fisioterapia, Unidade de Terapia Intensiva Geral, Hospital de Base, São José do Rio Preto, SP, Docente do curso de Fisioterapia da  União das Faculdades do Grandes Lagos (UNILAGO)

Referências

Muniz YA, Braide ASG, Morais MCS, Maciera CL, Brito MSR, Viana MCC. Estratégias de desmame da ventilação mecânica em uma unidade de terapia intensiva. ASSOBRAFIR Ciência 2015;6(1):31-9. doi: 10.47066/2177-9333/ac.19923

Silva VSP, Pacheco DF. A importância da mobilização precoce com o uso do cicloergômetro em pacientes críticos - Revisão sistemática. Revista de Divulgação Científica Sena Aires 2017[Internet];6(2):144-5. [cited 2019 Mar 12]. Available from: http://revistafacesa.senaaires.com.br/index.php/revisa/article/view/290/203

Silva APP, Maynard K, Cruz MR. Effects of motor physical therapy in critically ill patients: literature review. Rev Bras Ter Intensiva 2010;22(1):85-91. doi: 10.1590/S0103-507X2010000100014.

Sousa AMB. A importância das técnicas fisioterapêuticas empregadas na mobilização precoce em pacientes mecanicamente ventilados: uma revisão integrativa. REAS 2017;(Supl8):S591-S596.

Silva FRR, Souza TB, Dias MS, Silva APP, Oliveira KC, Oliveira MML, et al. Avaliação da capacidade funcional dos pacientes em uso de ventilação mecânica internados em uma Unidade de Terapia Intensiva. Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 2017;16(1):6-15. doi: 10.12957/rhupe.2017.33299

Mussalem MAM, Silva ACSV, Couto LCLV, Marinho L, Florencio ASM, Araújo VS, Silva, NF. Influência da mobilização precoce na força muscular periférica em pacientes na Unidade Coronariana. ASSOBRAFIR Ciência 2014;5(1):77-88. doi: 10.47066/2177-9333/ac.17530

Santos F, Mandelli PGB, Ostrowski VR, Tezza R, Dias JS. Relação entre mobilização precoce e tempo de internação em uma unidade de terapia intensiva. Rev Eletrônica Gestão & Saúde 2015;6(2):1394-07.

Kawaguchi YMF, Nawa RK, Figueiredo TB, Martins L, Pires-Neto RC. Perme Intensive Care Unit Mobility Score and ICU Mobility Scale: translation in to Portuguese and cross-cultural adaptation for use in Brazil. J Bras Pneumol 2016;42(6):429-34. doi: 10.1590/S1806-37562015000000301

Azevedo PMDS, Gomes BP. Effects of early mobilisation in the functional rehabilitation of critically ill patients: a systematic review. J Nurs Ref 2015;4(5):129-38. doi: 10.12707/RIV14035.

Soares AS, Soares A, Batista SF, Gonzaga RM, Assis EV. Benefícios obtidos com a mobilização precoce do paciente crítico em unidade de terapia intensiva. Congresso de Ciências da Saúde [Internet] 2016. Anais I Conbracis. Campina Grande: Realize, 2016. [cited 2019 Mar 12]. Available from: http://www.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/19022

Fonseca DP, Filho VJQ, Fréz AR, Ruaro JA, Pegoraro MB; Riedi DC. Impacto da deambulação associada à mobilização precoce em pacientes críticos: revisão sistemática. ConScientiae Saúde 2016[Internet];15(2):325-35. [cited 2019 Mar 12]. Available from: https://www.redalyc.org/pdf/929/92949791019.pdf

Maturana MJ, Antunes AL, Bento BTS, Ribas PRS, Aquim EE. Escalas de avaliação funcional em unidade de terapia intensiva (UTI): revisão sistemática. Rev Inspirar Mov Saúde 2017;13(2):21-9. [citado 2021 May 2]. Available from :https://www.inspirar.com.br/wp-content/uploads/2017/05/revista-inspirar-ms-42-516-2016.pdf

Riberto M, Miyazaki MH, Jucá SSH, Sakamoto H, Pinto PPN, Battistella LR. Validação da Versão Brasileira da Medida de Independência Funcional. Acta Fisiatr 2004;11(2):72-6. doi: 10.5935/0104-7795.20040003

Jesus FS, Paim DM, Brito JO, Barros IA, Nogueira TB, Martinez BP et al. Mobility decline in patients hospitalized in an intensive care unit. Rev Bras Ter Intensiva 2016;28(2):114-19. doi: 10.5935/0103-507X.20160025.

Favarin SS, Camponogara S. Perfil dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva adulto de um hospital universitário. Rev Enferm UFSM 2012;2(2):320-9. doi: 10.5902/217976925178

Freitas ERFS. Perfil e gravidade dos pacientes das unidades de terapia intensiva: aplicação prospectiva do escore APACHE II. Rev Latino-Am Enferm 2010;18(3):317-23. doi: 10.1590/S0104-11692010000300004.

Rodriguez AH, Bub MBC, Perão OF, Zandonadi G, Rodriguez MJH. Epidemiological characteristics and causes of deaths in hospitalized patients under intensive care. Rev Bras Enferm 2016;69(2):229-34. doi: 10.1590/0034-7167.2016690204i

Castro RR, Barbosa NB, Alves T, Najberg E. Perfil das internações em unidades de terapia intensiva adulto na cidade de Anápolis – Goiás – 2012. Revista de Gestão em Sistemas de Saúde 2016;2(5):115-24. doi: 10.5585/rgss.v5i2.243

Nogueira LS, Sousa RMC, Padilha KG, Koike KM. Clinical characteristics and severity of the patients admitted to the public and private ICUS. Texto Contexto Enferm 2012;21(1):59-67. doi: 10.1590/S0104-07072012000100007

Calles ACN, Junior ATO, Almeida CM, Oliveira EAB, Camilo LS. O impacto da hospitalização na funcionalidade e na força muscular após internamento em unidade de terapia intensiva. Interfaces Científicas - Saúde e Ambiente 2017;5(3):67-76. doi: 10.17564/2316-3798.2017v5n3p67-76

Oliveira ABF, Dias OM, Mello MM, Araújo S, Dragosavac D, Nucci A, et al. Factors associated with increased mortality and prolonged length of stay in an adult intensive care unit. Rev Bras Ter Intensiva 2010;22(3):250-6. doi: 10.1590/S0103-507X2010000300006

Silva SA, Valácio RA, Botelho FC, Amaral CFS. Reasons for discharge delays in teaching hospitals. Rev Saúde Pública 2014;48(2):314-21. doi: 10.1590/S0034-8910.2014048004971

Júnior BRVN, Martinez BP, Neto MG. Impact of hospitalization in an intensive care unit on range of motion of critically ill patients: a pilot study. Rev Bras Ter Intensiva 2014;26(1):65-70. doi: 10.5935/0103-507X.20140010

Peres NT, Faria ID, Teixeira APA, Coelho RR. Avaliação da independência funcional em pacientes críticos até 90 dias após alta da UTI. Fisioter Bras 2018;19(2):162-70. doi: 10.33233/fb.v19i2.1830

Martinez BP, Bispo AO, Duarte ACM, Neto, MG. Declínio funcional em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Rev Inspirar Mov Saúde 2013 [Internet];5(1):1-5. [citado 2021 May 2]. Available from: https://www.inspirar.com.br/wp-content/uploads/2014/10/declinio-funcional-artigo-327.pdf

Downloads

Publicado

2021-05-21

Edição

Seção

Artigos originais