Recursos fisioterapêuticos nas disfunções miccionais em injúrias espinhais congênita

Autores

  • Daisy Mary Carvalho Kosmaliski Uniritter
  • Magda Patrí­cia Furlanetto Uniritter

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v21i3.4040

Palavras-chave:

incontinência urinária, fisioterapia, meningomielocele, espinha bífida e meningocele

Resumo

Malformações congênitas são alterações morfológicas com origem no desenvolvimento embrionário e podem ser devido a causas genéticas, ambientais ou ambas. Em indivíduos que sofrem de injúrias espinhais congênitas, a bexiga neurogênica (BN) é um dos acometimentos com maior impacto na vida diária e o principal objetivo urológico é melhorar o manejo urinário e a continência social, para diminuir altas pressões vesicais e prevenir danos renais. Esta condição reflete diversas repercussões, como a diminuição na qualidade de vida, progressão para procedimentos invasivos, lesão renal e ao óbito. Objetivo: Revisar sistematicamente os estudos publicados nos últimos 10 anos a respeito da atuação da fisioterapia na incontinência urinária (IU) nas injúrias espinhais congênitas. Métodos: Revisão sistemática de literatura realizada através de busca, entre os anos de 2009 a 2019, nas bases de dados eletrônicas PubMed, Bireme e PEDro. Resultados: Não houve grande conformidade em relação às técnicas utilizadas, mas sim em relação aos desfechos analisados, sendo verificado estudos sobre IU na espinha bífida. Conclusão: A fisioterapia mostrou-se benéfica para os casos de IU nas injúrias espinhais congênitas, melhorando os parâmetros urodinâmicos e o desfecho no diário miccional.

Biografia do Autor

Daisy Mary Carvalho Kosmaliski, Uniritter

Fisioterapeuta graduada pelo Centro Universitário Ritter dos Reis – Uniritter, Porto Alegre, RS, Brasil

Magda Patrí­cia Furlanetto, Uniritter

D.Sc., Orientadora, Profª da Disciplina de Fisioterapia Urogenital do Centro Universitário Ritter dos Reis - Uniritter, Porto Alegre, RS, Brasil

 

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Publicado

2020-08-31